As dez músicas mais esquisitas gravadas pelo Rush durante sua carreira

Saiu no Ultimate Classic Rock: O primeiro épico longo do Rush foi "The Fountain of Lamneth" de 1975, uma peça de fantasia e aventura de 20 minutos com uma narrativa confusa, estrutura musical fragmentada e um solo de bateria inserido aleatoriamente. Foi uma jogada audaciosa na época, mas foi apenas um aquecimento para as jornadas de longa duração que viriam em álbuns posteriores, como "2112", "A Farewell to Kings" e "Hemispheres".

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Para o Rush, essas experiências não eram estranhas, pois eles buscavam explorar novos territórios além do hard rock virtuoso que os caracterizava antes de "Caress of Steel". Ao longo das décadas, o Rush passou por mudanças significativas em seu estilo. Na metade dos anos oitenta, o vocal poderoso de Geddy Lee havia amaciado consideravelmente, e os fãs puderam apreciar elementos como riffs de reggae em "Digital Man", sons sintetizados presentes em praticamente todo o período, e até mesmo colaborações com Aimee Mann em músicas como "Time Stand Still".

Mesmo sendo uma banda conhecida por sua variedade musical, o Rush teve momentos incomuns, seja através de letras inesperadas ou com arranjos que desafiavam as convenções de qualquer outra banda. Não que o resultado tenha ficado ruim, longe disso, há inclusive casos onde esta falta de convenção gerou uma pequena obra-prima. Mas em outros o resultado final acabou sendo duvidoso. E é isso que vamos explorar a seguir, em matéria que pode ser vista na íntegra, com muito mais detalhes, no original em inglês publicado pelo Ultimate Classic Rock.

Dez músicas estranhas lançadas pelo Rush ao longo de sua trajetória

10 - "I Think I'm Going Bald" (do álbum Caress of Steel" de 1975) (youtube)

O próprio título já denuncia sobre o que trata a música, embora Neil Peart geralmente escrevesse letras sobre assuntos grandiosos.

09 - "Natural Science" (do álbum "Permanent Waves" de 1980) (youtube)

Uma das músicas favoritas de Geddy Lee, "Natural Science" é estruturada em três seções distintas, que formam um labirinto com reviravoltas fascinantes.

08 - "Leave That Thing Alone" (do álbum "Counterparts" de 1993) (youtube)

Geddy Lee e Neil Peart não eram totalmente estranhos ao groove, e seus ritmos aqui são profundamente envolventes - mas eles soam como uma combinação estranha para os acordes de órgão pulsantes e os solos de guitarra dramáticos e estridentes de Lifeson.

07 - "Red Lenses" (do álbum "Grace Under Pressure" de 1984) (youtube)

Musicalmente, "Red Lenses" atira para todos os lados: riffs com levadas bueseiras, sintetizadores proeminentes, rápidas passagens de vocal e bateria eletrônica.

06 - "Tai Shan" (do álbum "Hold Your Fire" de 1987) (youtube)

"É de se esperar que você faça algo ruim em seus três ou quatro primeiros discos", disse Geddy Lee à Blender em 2009, "mas mesmo em nosso período intermediário, fizemos essa música chamada 'Tai Shan', usando um poema que Neil escreveu sobre escalar uma montanha na China".

05 - "Scars" (do álbum Presto de 1989) (youtube)

A maioria das linhas de baixo do Rush se recusa a ficar parada, continuamente tecendo novas frases melódicas e sensações rítmicas. O groove repetitivo em "Scars" faz o oposto, repetindo sem parar um riff mediante uso de um sequenciador.

04 - "The Necromancer" (do álbum "Caress of Steel" de 1975) (youtube)

"À medida que traços cinzentos da aurora tingem o céu oriental / Os três viajantes, homens de Willowdale / Emergem da sombra da floresta", entoa uma voz profunda e alterada, uma narração estranha para um épico de fantasia de doze minutos que alterna de forma um tanto chocante leveza e peso. (Obs.: o redator aqui do Whiplash.Net ADORA este álbum, e não se conforma por ele ser tão renegado).

03 - "Bravest Face" (do álbum "Snakes & Arrows" de 2007) (youtube)

Neil Peart foi imediatamente tocado pela melancolia de "Bravest Face". "Fiquei especialmente empolgado com o quão diferente de tudo o que havíamos feito antes", disse o baterista, descrevendo a música como "fresca e vital, mas enraizada em alguns fluxos musicais mais profundos".

02 - "Double Agent" (do álbum Counterparts de 1993) (youtube)

"Estávamos surtando, é o que acontecia conosco!" disse Lee certa vez, ao descrever a mentalidade do Rush para essa "experiência total de autoindulgência".

01 - "Roll the Bones" (do álbum "Roll the Bones" de 1991) (youtube)

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Mais conhecida como "aquela em que Geddy faz rap". Nada mais é especialmente notável em "Roll the Bones": há algum órgão raramente utilizado e Peart ataca sua bateria com uma intensidade de funk-metal.