Produtor do Thin Lizzy achou que Phil Lynott fosse morrer durante gravação de "Black Rose"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 11 de maio de 2023
Lançado em abril de 1979, "Black Rose" é considerado um dos melhores trabalhos da banda irlandesa Thin Lizzy. O disco é o sucessor de "Bad Reputation" (lançado em 1977) e foi produzido por Tony Visconti, que teve um pouco de dor de cabeça durante as gravações, como ele mesmo relatou durante entrevista concedida à Classic Rock.
"Mentalmente, todos estavam otimistas. Mas, ao mesmo tempo, sentados no sofá do estúdio, estavam três traficantes. Um cara vendendo heroína, outro cara vendendo cocaína e o terceiro cara vendendo haxixe. Era assim todas as noites", relembrou o produtor, que segundo o guitarrista Scott Gorham, era quem segurava o rojão da banda.
"Tony estava tentando controlar tudo. Ele era a voz da calma e da razão, deixando-nos saber se passávamos dos limites", afirmou Scott.
A farra causou problemas, principalmente ao baixista/vocalista Phil Lynott. Em certo momento, Tony achou que o lendário e talentoso frontman havia batido com as dez.
"Quando Phil ficou acamado por três dias, fiquei com muito medo. Pensei seriamente que ele fosse morrer em seu quarto de hotel. Quando ele saiu, tive uma conversa sincera com ele sobre seu abuso de drogas, mas ele me garantiu, como sempre, que tinha tudo sob controle."
Apesar de toda a tensão e do abuso de drogas, "Black Rose" foi gravado e acabou se tornando um dos grandes trabalhos do grupo. O disco apresenta ótimas músicas, como "Got To Give Uip", "Waiting For An Alibi", "Sarah" e "Do Anything You Want To".
E no final das contas, os abusos acabaram levando Phil Lynott anos depois. O genial frontman morreu em janeiro de 1986, aos 36 anos, vítima de insuficiência cardíaca e pneumonia devido a uma septicemia eventualmente potencializada pelo uso de drogas e álcool.
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