Como resolver de vez problema de cover tirar espaço de metal autoral, segundo influencer
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de julho de 2023
O fenômeno das bandas cover é muito forte no Brasil e certamente é mais fácil lotar um show de tributo ao Iron Maiden do que encher um evento apenas com grupos que fazem som autoral. Mas como resolver esse problema?

Em entrevista ao The Bridge Cast, Raphael Casotto, influencer do metal fenômeno no Instagram e TikTok, refletiu sobre como mudar esse cenário. Para ele, as bandas autorais precisam mudar a mentalidade e aceitar conviver com as cover, pelo menos no começo.
"Tem esse formato que junta no mesmo evento bandas covers e autorais, porém a galera do autoral não costuma gostar muito dessa combinação. Por outro lado, é estranho ver a banda cover como a atração principal do evento.
Uma ideia interessante seria criar um festival com covers, que certamente atrairia o público, mas também incluir bandas autorais no meio. Quem sabe assim descobriríamos algo novo e surpreendente? Talvez uma banda brasileira que muitos ainda não conhecem. Afinal, não podemos depender apenas do impulsionamento no Instagram, é fundamental participar de eventos ao vivo.
Num primeiro momento, é provável que o destaque seja para as bandas covers. Afinal, as pessoas tendem a ser um pouco preguiçosas quando se trata de pesquisar e conhecer coisas novas, fora o fato de termos muitas bandas boas no cenário. É como ter uma bandeja repleta de opções, é impossível comer tudo de uma vez, não é mesmo? O Brasil possui uma cena musical independente muito rica e diversificada, o que torna impossível consumir tudo.
Entretanto, a ideia de unir bandas autorais e covers em um mesmo evento é benéfica. É importante superar a mentalidade de que os artistas autorais não devem se misturar com os covers".
A discussão cover x autoral
Recentemente, em entrevista ao Podihhcast, o renomado produtor Rick Bonadio também compartilhou sua opinião a respeito do espaço destinado para bandas cover. A transcrição foi de Mateus Ribeiro.
"Eu acho que banda cover tem uma função que é muito digna. Por exemplo: o cara não conseguiu fazer um trabalho autoral, porque fazer um trabalho autoral é difícil. Difícil conseguir uma gravadora, os produtores são uns malas que não investem, não acreditam… difícil pra caramba. É um jogo muito difícil.
Aí o cara quer viver de música. Porra, ele não pode ter uma banda cover? Aí vem o meu lado defensor dos músicos e dos oprimidos, que eu tenho um pouco. Não muito, mas eu tenho um pouco. Cara, a galera da música é muito sofrida. Acredito que a galera do humor também (...).
Então assim, cara, você chegar e falar assim: ‘Puta, é ridículo um cara que faz cover’. Porra meu… É chato, entendeu. Porque o cara tá ali vivendo o sonho dele, cantando as músicas que ele pode cantar, que ele consegue vender os ingressos (...). Não é que é ridículo, é o que ele pode fazer", afirmou Rick.
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