Regis Tadeu contextualiza e explica a origem das críticas feitas a Lars Ulrich
Por Bruce William
Postado em 21 de agosto de 2023
Em um vídeo onde fala sobre a controvérsia em torno do papel de Lars Ulrich como baterista do Metallica, o jornalista e crítico musical Regis Tadeu defende a sua habilidade e contribuição para a banda, explicando que Lars se tornou uma das figuras mais conhecidas e controversas da cena pois o Metallica conseguiu furar a bolha e passou a ser consumido por um gigantesco público que não têm costume de ouvir metal em suas vidas.
"É exatamente esse enorme sucesso fora da bolha que tornou Lars Ulrich alvo da fúria e do ódio da parte dos 'viúvos' do Cliff Burton. E nada é mais fácil do que criticá-lo como baterista, ainda mais quando essa crítica vem de gente que mal consegue segurar uma baqueta nas mãos sem furar o olho", diz Regis.
Depois ele explica que as críticas começaram na época do documentário "A Year and a Half in the Life of Metallica", que mostrava o processo de gravação do "Black Album" e trazia cenas onde o produtor Bob Rock dava esporros no Lars por causa da sua dificuldade para manter o tempo e na condução das viradas. "E foi a partir dali, junto com o ódio que esse disco despertou nos fãs mais radicais e idiotas, que a fama de 'mau baterista' dele se alastrou como pólvora e se tornou um exemplo daquilo que chamamos hoje de comportamento de manada. Gente que mete o pau no Lars sem nunca conseguir apontar que tipo de erro ele comete".
Regis prossegue fazendo vários comentários, até que mais adiante ele diz: "O Lars tem técnica zero! Nada de técnica! E é justamente por isso que ele é massacrado, assim como foi massacrado o Phil Rudd do AC/DC, que sempre foi ridicularizado aqui no Brasil, principalmente nas comunidades de bateristas da internet" comenta, explicando que estas pessoas idolatram vídeos do Aquiles Priester e do Dave Weckl e de tantos outros bateras virtuoses em seus instrumentos, mas eles nunca demonstraram desprezo pelos bateras mais simples. "Pelo contrário, eles são fãs de bateristas que tocam de uma maneira mais simples e mais eficiente, com a pegada que a música pede", e depois ainda cita os comentários elogiosos de Mike Portnoy para com Lars, dentre outras coisas, enfatizando que a crítica deve considerar não apenas os erros, mas também os numerosos acertos que Ulrich tem nas performances ao vivo e em estúdio.
O vídeo completo com Regis Tadeu tecendo muitos outros comentários sobre as performances de Lars Ulrich pode ser visto no player abaixo.
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