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A decisão de Gilberto Gil na política que gerou críticas de Raul Seixas
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de agosto de 2023
Em 1989, Gilberto Gil iniciou sua campanha para o cargo de prefeito de Salvador, capital da Bahia. Após uma série de disputas internas no seu partido, o PMDB, o músico acabou concorrendo como vereador – e acabou vencendo.
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Esse trâmite político envolvendo Gil foi alvo de pergunta de Marcelo Nova em entrevista a Raul Gil. "O que você acha da política na Bahia hoje com essa coisa do Gilberto Gil tentando assumir cargos de prefeito e vereador? Qual seu ponto de vista?"
Em sua resposta, Raul Seixas disse que seu conterrâneo Gil quis surfar nessa história. "Acho que é uma demagogia muito grande do Gil. Por exemplo, ele não pode participar com sua candidatura para prefeito e aí todo mundo vem dizer: ‘Ah, o Gilberto Gil teve uma atitude humilde e virou vereador’. Ele teria aceitado ser candidato a vereador. Isso é demais, né bicho? Não é isso. Ele sempre quis poder e dinheiro".
Em resumo, o que aconteceu foi que a diversidade dentro do partido resultou em um cenário desafiador para Gil, apesar de sua popularidade como artista admirado, ao buscar sua candidatura à prefeitura.
Entretanto, as discordâncias internas levaram à fragmentação do PMDB, culminando no rompimento tanto do prefeito Kertész quanto do governador Waldir Pires. Como consequência, Gil se viu pressionado pelo embate entre as duas alas mais poderosas da agremiação e decidiu ser candidato a vereador.
Outras críticas de Raul Seixas
Outro artista que foi alvo de críticas de Raul foi os Paralamas do Sucesso, conforme confirmou seu guitarrista Rick Ferreira em entrevista para Júlio Ettore.
O apelido irônico que Raul Seixas dava aos Paralamas do Sucesso por não curtir o som"Eu sei que o Raul Seixas não gostava dos Paralamas do Sucesso. Ele chamava de ‘Para-choques do Fracasso’. Ele não curtia aquela onde de ska deles. Sendo bem sincero, também não é um som que me emociona. Eles são ótimos músicos e tudo mais. O Raul não gostava da banda. Ele não curtia também Tropicália, Bossa Nova e tal. No caso do Paralamas, era esse negócio do ska e do reggae", disse.
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