O mito que todos repetem sobre som do Deep Purple que é mentira, segundo Jon Lord
Por Gustavo Maiato
Postado em 20 de outubro de 2023
O som inconfundível do Deep Purple é um dos pilares do rock clássico, e muitos atribuem sua complexidade e influência clássica ao lendário tecladista Jon Lord. No entanto, em uma revelação surpreendente, Lord desfez o mito que cercava a concepção dessa sonoridade e apontou para uma parceria crucial com Ritchie Blackmore.
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Desde o início, a presença de elementos clássicos nas composições do Deep Purple foi notória, algo frequentemente atribuído ao treinamento clássico de Jon Lord. No entanto, o próprio Lord esclareceu: "Pensava-se muito que todo esse elemento clássico na banda era ideia somente minha, mas não era. Também era de Ritchie Blackmore. Ele queria muito soar daquele jeito. Foi uma das primeiras coisas que conversamos sobre arranjos."
A colaboração entre Lord e Blackmore transcendeu a mera execução técnica. Antes mesmo de entrarem em estúdio, eles trocavam gravações e discutiam suas influências musicais. Lord enfatiza que a incorporação de elementos clássicos não era um processo premeditado, e muito menos uma imposição rígida durante os ensaios: "Não era como se nos sentássemos no estúdio de ensaio e disséssemos: 'Bem, vamos fazer um improviso em cima de Johann Sebastian Bach aqui'. Nunca foi premeditado, tampouco foi engessado."
Essa revelação lança uma nova luz sobre a dinâmica criativa por trás de clássicos do Deep Purple. A fusão de influências clássicas não era uma imposição unilateral de Jon Lord, mas uma visão compartilhada com Ritchie Blackmore, evidenciando uma colaboração musical rica e simbiótica.
O saudoso Jon Lord
Conforme reportado por Igor Miranda em uma matéria, na última semana antes de sua morte em 2012, Jon Lord concedeu sua última entrevista à edição de setembro da revista inglesa Classic Rock. Abaixo, destacam-se alguns trechos significativos.
Lord falou sobre sua luta contra o câncer pancreático, que acabou por levá-lo: "Quando você chega à minha idade, o câncer se desenvolve lentamente. É possível contê-lo. Meu oncologista teve pacientes com o mesmo tipo de câncer por 15 anos. Eles ainda estão sendo tratados e ainda têm câncer – mas ainda estão aqui. Identificaram meu câncer no início, e o tamanho do tumor diminuiu. Quero atingir a idade do meu pai. Ele viveu até o final dos 80 anos e teve uma boa vida. Quero estar bem e em atividade."
Sobre a carta que recebeu de Ritchie Blackmore: "Ele me enviou uma carta muito gentil, e foi reconfortante ler aquilo vindo dele. Minha vida e a de Ritchie seguiram caminhos radicalmente diferentes nos últimos 20 anos. Ele seguiu o seu caminho, e eu segui o meu. Mas passamos por muitas coisas juntos; sempre teremos isso."
Quanto à possibilidade de voltar a tocar com Blackmore: "Eu adoraria voltar a tocar com ele. Existe uma legião de pessoas que gostariam de vê-lo com aquela guitarra Stratocaster branca novamente. No entanto, não estou esperando por isso. Ele está fazendo o seu trabalho. Boa sorte a ele."
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