Mustaine, do Megadeth, "perdeu a credibilidade" e voltou a se drogar por conta de "Risk"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de janeiro de 2024
A lendária banda de Thrash Metal Megadeth gravou álbuns clássicos e incontestáveis ao longo de sua carreira. Não é o caso do controverso "Risk", oitavo trabalho de estúdio do grupo e último álbum do quarteto gravado pelo guitarrista Marty Friedman. Sucessor de "Cryptic Writings", "Risk" apresenta uma sonoridade comercial e acessível, que passa (muito) longe do Thrash Metal vigoroso que Dave Mustaine e seus camaradas tocaram nos primeiros anos do Megadeth.
Em novembro de 2004, Dave Mustaine concedeu entrevista à Classic Rock e, entre outros assuntos, falou sobre o álbum mais polêmico lançado pela sua banda.
"Fiquei muito feliz com esse disco, que nos deu a música número um nos Estados Unidos, ‘Trust’. Esse disco tinha muitas músicas que fizeram sucesso, mas a execução nas rádios nem sempre se traduz em vendas", afirmou Mustaine, se referindo a "Cryptic Writings".
"No disco seguinte, ‘Risk’, fomos muito mais longe nessa direção. Eu assinei contrato de gerenciamento com um cara chamado Mike Renault, sem ter ideia de que seu sócio era Bud Prager [que representou o Foreigner]. Bud me convenceu a dar a cada um dos membros da banda 10% do meu dinheiro de publicação, para que eles me deixassem em paz (...). Ele tinha 70 anos de idade, o que ele sabia sobre a música do Megadeth?", relembrou o frontman.
Mustaine, que por muito tempo lutou contra seus vícios, também contou que voltou a se drogar na época em que "Risk" estava sendo gravado.
"Foi nesse momento que comecei a querer me drogar novamente. Quando escrevemos ‘Crush 'Em’, saí do meu estúdio e tive ânsia de vômito. Eu sabia que tinha cruzado uma linha que nunca mais poderia voltar. Eu havia perdido minha credibilidade", complementou Mustaine, que felizmente, se livrou de seus vícios na década seguinte.
Apesar de não ser o melhor trabalho do Megadeth, "Risk" apresenta em sua lista de faixas uma música que Dave Mustaine gosta muito. Leia mais na nota abaixo.
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