A resposta do Sepultura após Bruna Lombardi questionar se banda era a maior do Brasil
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de fevereiro de 2024
Em 1994, a apresentadora Bruna Lombardi recebeu Max e Iggor Cavalera, então do Sepultura, no seu programa Gente de Expressão. Na ocasião, ela perguntou de maneira bem direta para a dupla se eles se consideram como a maior banda do Brasil. "Vocês são a banda de maior sucesso no Brasil?", perguntou.
Foi então que Max Cavalera explicou por que, em sua visão, o Sepultura poderia sim ser considerada a maior do país. "Acho que a gente é. Porque tocamos no mundo inteiro e continuamos tocando. Já temos shows até 1995 com turnê. Tocamos para todo mundo, não só para brasileiros lá fora. É tudo misturado. É um sucesso legal você poder tocar aqui e lá com bastante público", concluiu.
A grandeza do Sepultura
Bruno Sutter, compartilhando suas reflexões no podcast "Guarda Volume", enfatizou a importância do Sepultura e do Angra, reconhecendo que o Angra desfrutou de sucesso notável em mercados específicos, como o Japão e a Europa.
No entanto, Sutter também sustentou a ideia de que o Sepultura é, incontestavelmente, a força mais dominante e impactante no cenário do metal brasileiro. Ele observou que, de acordo com sua percepção, o Sepultura é uma entidade maior e mais influente globalmente do que o Angra.
Já de acordo com André Barcinski, coautor da biografia "Sepultura: Toda a história", a banda poderia ter alcançado níveis ainda maiores de reconhecimento se não tivesse brigado e se separado antes de alcançar o auge.
O assunto foi recordado por André durante sua entrevista ao canal Inteligência Ltda., no YouTube. Segundo o biógrafo, a desavença entre os irmãos Max e Iggor Cavalera foi muito prejudicial também para o lado comercial do grupo.
"Acompanhei o Sepultura durante uns 7 dias em uma turnê americana. Foi a primeira turnê com o Derrick Green nos vocais. Eles tinham acabado de brigar. Eles eram grandes, a briga é um assunto muito triste. Foi um caso de uma banda que brigou quando estava decolando, no início. Eles tinham acabado de lançar o ‘Roots’, tinha 150 shows marcados por dois anos e brigaram. É difícil, acho admirável como a banda se recuperou, o Derrick é um cara sensacional, excelente vocalista.
Os últimos discos são maravilhosos, mas demorou para engrenar. Uma coisa é você brigar quando passou o auge, outra é quando o auge não chegou ainda. Eles não chegariam no nível do Metallica de popularidade, mas Slayer com certeza. Adoro todos eles, sou muito amigo, mas foi triste ter presenciado isso. Tentei entrevistar o Max Cavalera, mas não rolou. O Igor ainda estava na banda na época. Conheci o Sepultura no início dos anos 1980. Eu era metaleiro, viajei para ver eles. Essa briga foi triste primeiro por ser entre dois irmãos, e segundo porque era uma oportunidade comercial para eles", disse.
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