A música em que Bruce Dickinson imagina retorno de Cristo como um influencer
Por André Garcia
Postado em 02 de março de 2024
A arte é uma das mais importantes criações do ser-humano - especialmente a música, que há milênios nos serve a propósitos que vão de entretenimento a rituais religiosos, passando pela criação de narrativas e fins terapêuticos. Ela é muito utilizada também para refletir e criticar temas da atualidade.
Esse foi o caso de Bruce Dickinson, que em seu novo álbum solo, "The Mandrake Project", com a faixa "Fingers In The Wounds" se permitiu refletir.
"E se Jesus voltasse e fosse um influenciador digital?", questionou o frontman em recente entrevista à Songfacts. "Como a gente lidaria com isso? Ninguém o levaria a sério como o messias, a menos que ele tivesse muitos milhões de seguidores. Achei que era uma boa maneira de tirar um sarro dos influenciadores da internet.
Daí versos como 'Não há ouro suficiente no final de sua corda' e essas coisas. 'Sua vida é um zero, você só pode ser o que as pessoas veem. Coloque seus dedos nas feridas e reze para que seja Deus. Um rolar de dados por um pedaço de seu manto. [É como se a letra dissesse] 'Você é um influenciador da Internet! Oh meu Deus, você é Deus! Vou colocar meus dedos no iPhone e você pode ser Deus que acreditaremos em você." E isso não tem valor. É um lixo."
O vocalista foi questionado sobre a semelhança temática com "Holy Smoke", do Iron Maiden.
"'Holy Smoke' era sobre [o pastor norte-americano] Jerry Falwell e esses pregadores com pés de barro. Mas, para mim, a Internet é uma ameaça muito maior para a sociedade do que eles. A rede social é uma ameaça muito maior à sociedade e à humanidade do que Jerry Falwell foi.
Ouça "Fingers In The Wounds" abaixo:
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