A resposta de Rodolfo a acusação de hipocrisia por sair do Raimundos e manter royalties
Por Gustavo Maiato
Postado em 13 de abril de 2024
O vocalista Rodolfo deixou o Raimundos em 2001 após conversão religiosa, mas continuou recebendo direitos autorais da banda, o que fez muitos o acusarem de hipocrisia. Em entrevista ao Jesus Copy, ele refletiu sobre o ocorrido.
"Em 2014, passei por uma provação. Fui apedrejado. Hoje, o apedrejamento é virtual. Senti muito espiritualmente. Precisei ser humilhado ali. Foi bom. O fruto foi bom. Percebi algo da parte do Senhor. Um cuidado dele com minha vida. Foi um período difícil. Achei que tinha acabado tudo. As críticas vieram de todo o canto. Na ocasião, eu estava falando numa entrevista sobre direitos autorais. Me perguntaram se eu estava arrependido das músicas do Raimundos e eu disse que estava 100% arrependido. Só que eu recebia direitos autorais. Os caras da banda ficaram revoltados, os crentes também ficaram. Todos me chamaram de hipócrita.
Me retratei e falei sobre o que é arrependimento para mim. Espiritualmente me afligiu demais. Isso foi no começo da Copa do Mundo do Brasil, eu assisti lá dos EUA. Estava morto espiritualmente. Eu tinha envergonhado o Evangelho. Teve uma experiência muito doida. Eu estava no Sul da Flórida e me chamaram para fazer um louvor. Eu não queria ver ninguém. Cheguei lá e era uma igreja americana, que ia ter brasileiros também. Eu ia fazer uma canção entre o louvor e a palavra. Os caras eram ungidos, eu achei que ia estragar aquilo. Eu estava com uma tosse e meu violão pequeno.
Eles fizeram o louvor. Quando subi, perguntei para Deus qual música era para eu tocar. Veio na minha cabeça a ‘Vem Derramar’, que são duas notas e quatro frases! [risos] Toquei e a atmosfera virou. Foi bizarro. Quando terminei, estava em choque. Não tinha explicação. Fui no banheiro chorando e quando olhei minha cara, ouvi do Senhor: ‘Ainda estou aqui’. Foi aquele experiência de perder tudo e só sobrou Ele. Voltei para o banco e estava num canto. O pastor falou: ‘Vamos orar uns pelos outros’. Ele estava profetizando algo. Eu estava com uma alegria forte dentro de mim. Não tinha acabado tudo. Comecei a me lembrar das primeiras igrejas que eu ia. Sempre Deus levantava um profeta para falar algo. Seria bom se o Senhor me enviasse um profeta naquele momento.
Eu tinha acabado de ser motivo de polêmica no Brasil. Não ia crer na profecia. Pensei que teria que vir um americano, que não sabia nada do que acontecia na minha vida. Mas eu tinha acabado de fazer o louvor. Se viesse alguém profetizar para mim, que tinha acabado de fazer o louvor, eu não ia acreditar também. Então, pensei: ‘Tem que ser um americano que chegou atrasado!’ [risos] Eu estava viajando e do nada senti uma mão no meu ombro. Um americano perguntou se podia rezar por mim. Ele se desculpou e disse que acabou de chegar. Antes de orar, ele perguntou se era meu o violão. Ele perguntou se eu trabalhava com música. Se ganhava dinheiro. Eu disse que sim. Ele falou: ‘Vejo uma coisa a respeito de royalties’. Eu fiquei tipo: ‘Han?’. Ele falou que estava testando meu coração e foi embora".
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