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Por André Garcia
Postado em 06 de julho de 2024
Algo que nos tempos do meu avô era comum, ter um único trabalho ao longo de toda a vida e se aposentar nele hoje soa surreal de tão distante. Isso foi, entretanto, o caso de Paul Stanley — que pendurou as chuteiras com o Kiss no final do ano passado, após meio século na estrada.
Como simplesmente parar de fazer aquilo que você fez todos os dias por tanto tempo? O que mais há na vida além disso? O guitarrista está passando por uma das maiores transições de sua vida e, em entrevista recente para a Gibson TV, ele confessou ter parado de tocar guitarra.
"Na semana passada, eu parei para pensar sobre por que não peguei na guitarra [desde o fim do Kiss]. Eu não tenho tocado muito, e não conseguia descobrir o motivo. Foi então que descobri que tinha medo de tocar e sentir saudades de tocar com a banda, do que fizemos."
"[Tocar guitarra] está no meu DNA, é só que eu precisava me afastar um pouco. Foram 50 anos com o Kiss. Isso é fenomenal! Então, romper com tudo (pelo menos em termos de shows ao vivo) requer um período de aclimatação para se acostumar. Eu precisava de um tempo para me sentar e me situar."
Pessoas diferentes reagem de forma diferente a uma mesma coisa. Com o fim do Kiss, enquanto Paul Stanley parou de tocar guitarra e passa por todo um processo de ressignificação de si mesmo, Gene Simmons já voltou para a estrada com sua banda solo. Inclusive, ele até já veio no Brasil em sua primeira apresentação pós-Kiss no Summer Breeze, em São Paulo.
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