Ao concordar com Kiko, Ellefson associa Nirvana com Elvis e vê a história se repetindo
Por Bruce William
Postado em 19 de setembro de 2024
Lá em 2023, durante participação no Flow Podcast, Kiko Loureiro comentou como a ascenção do Nirvana causou uma ruptura profunda: "Quando surge o Nirvana, acaba o virtuosismo na música. A música do Van Halen, do Ozzy com aqueles solos, tudo isso que vêm dos anos oitenta meio que quebra com a vinda do Nirvana (...) Estavam os caras tipo muito rockstar, ficou um negócio tipo 'estou num pedestal aqui', aqueles super shows, aqueles vídeos. E de repente corta aquilo, e eu aqui sou igual a você, uso a roupa igual a tua, o tênis igual ao teu, também não sei tocar direito, mas a letra conecta, e a melodia foda".
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E seu ex-companheiro de banda no Megadeth, o baixista David Ellefson, comentou o assunto durante conversa com a WSOU 89.5 FM, onde ele diz que cada geração tem seu estilo preferido dentro do Rock, e explica como ele consegue apreciar vários deles, bastando apenas situar cada um dentro de sua respectiva época.
"Ao longo de minha carreira, 40 anos tocando profissionalmente desde que comecei aqui na Califórnia em 1983, vi muita coisa. Do Hair Metal ao Thrash Metal, ao Nirvana ao Nu Metal e tudo mais. E depois uma espécie de ressurgimento do Thrash Metal novamente nos anos 2000, com o Lamb of God, e o Avenged Sevenfold se tornando o novo Metallica e todas essas coisas. E você meio que vê a história se repetindo um pouco com as próximas bandas.", disse Ellefson, em transcrição feita pelo Ultimate Guitar.
Ellefson explica então que, apesar de ser de outra "tribo", ele curtiu a banda de Kurt Cobain: "Nirvana não era a coisa que você procurava se você fosse um banger. Eu gostei deles, achei que eram legais. Eu compreendi, entendi o que eles estavam fazendo, porque também gosto de Punk Rock. E era a voz daquela geração, era a 'música' deles. E, embora não fosse realmente a minha música, eu conseguia apreciar que era a música deles. Então, acho que é assim que eu via essas coisas."
Em seguida, ele dá outro exemplo para explicar como é possível conciliar músicas de diferentes gerações: "Elvis [Presley] não era a minha música, era a música da minha mãe. Minha mãe era uma grande fã de Elvis. E agora, anos depois, eu leio livros sobre Elvis, e claro, o filme de Elvis saiu, e ele era o Punk Rocker definitivo, cara. Ele estava, tipo, virando o jogo totalmente, irritando todo mundo e deixando os pais nervosos. E isso é ser o verdadeiro Astro do Rock."
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