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Brian May cita uma inovação de sua Red Special que foi útil apenas no começo da carreira

Por Ricardo Bellucci
Postado em 13 de outubro de 2024

Montar uma guitarra, em casa, do zero, uau, isso com certeza não é para qualquer um. Ok, você pode dizer, isso não exige altos conhecimentos em engenharia eletrônica, certo! Mas exige conhecimento e sensibilidade, algo que a lenda do Queen, Brian May tem de sobra. Além disso, raramente há um guitarrista famoso que tenha usado o mesmo instrumento durante toda a carreira. Normalmente um músico de uma grande banda dispõe de um verdadeiro arsenal turbinado de guitarras de diferentes estilos e timbres. Brian May, porém deve ser o único cara que criou uma guitarra do zero e ainda por cima a usa até hoje em todos os shows ao vivo. Quando você vai vê-lo ao vivo, você está vendo e ouvindo A sua guitarra Red Special, que ele fez com seu pai na década de 1960.

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Foto: Divulgação - Paul Harmer
Foto: Divulgação - Paul Harmer

No entanto, há uma característica em sua Red Special da qual ele não gosta muito. Desde que o instrumento foi criado, Brian tentou fazer algumas inovações não convencionais, uma das quais foi a integração de um circuito de distorção no próprio instrumento. No entanto, embora parecesse uma ideia inovadora na época, por uma ou duas razões, não a veremos mais nos dias de hoje. Em uma recente entrevista durante o Special Meetup/Convention, onde ele discutia uma inovação feita em sua guitarra, May declarou: "comprei um Vox Distortion Booster na época, que é uma caixa vermelha oblonga, uma caixa fundida. Ainda a tenho, mas tirei as entranhas dela e coloquei na guitarra."

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O Vox Distortion Booster foi um dos pequenos dispositivos feitos na década de 1960, similar em tamanho a um amPlug da empresa que temos hoje em dia. Essencialmente, é como um pedal de distorção, mas sem nenhum controle e projetado especialmente para ser conectado diretamente ao amplificador. May continuou acrescentando que ele queria soar como o som de Jimi Hendrix em seu primeiro álbum.

"Mas Jimi Hendrix também não usou uma fuzz box por muito tempo. Ele voltou a usar a distorção dos amplificadores para manter o som que ele queria. Alem disso, eu assisti a um clipe do Eddie Van Halen em que ele dizia: 'Eu não tenho nenhuma caixa de fuzz ou distorção. Eu só tenho uma guitarra e o amplificador.' Então, eu sinto que a simplicidade é o melhor caminho’".

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Embora não estivesse muito interessado nisso, May explicou que havia seus lados positivos na integração.

"Então, foi bom ter isso ali por um tempo, a caixa de fuzz. Especialmente quando você está tocando em um lugar onde não pode aumentar muito o volume, isso seria muito útil. Mas eu simplesmente não gostei do som dela, para ser honesto."

Por fim, ele destacou que houve algumas gravações em que ele usou o circuito. No entanto, não foi para o Queen, mas para suas outras bandas, incluindo The Left-Hand Marriage e Smile, antecessora do Queen. Ele compartilhou "Step on Me" como exemplo.

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Sobre Ricardo Bellucci

Pedagogo, curador educacional, pesquisador, historiador amador, economista por acaso e sobretudo um vocalista frustrado. Um construtor de Utopias.
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