"Teenagers", do My Chemical Romance, supera 1 bihão de plays no Spotify
Por Mateus Ribeiro
Postado em 05 de outubro de 2024
A música "Teenagers", da banda estadunidense My Chemical Romance, superou 1 bilhão de reproduções no Spotify. Um dos grandes hits dos anos 2000, "Teenagers" é a décima primeira faixa do aclamado "The Black Parade", terceiro disco de estúdio do My Chemical Romance, que foi lançado em outubro de 2006.
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Segundo Gerard Way, vocalista do My Chemical Romance, "Teenagers" quase ficou de fora da lista de faixas de "The Black Parade". "Essa música quase não entrou no disco, mas é um tema muito importante para a nossa cultura. É sobre um problema muito grande nos Estados Unidos, onde crianças estão matando crianças. A única coisa que aprendi no ensino médio é que as pessoas são muito violentas e territoriais", declarou o frontman, durante entrevista concedida à NME.
Gerard escreveu "Teenagers" depois que dividiu o vagão de um metrô com jovens (e agitados) estudantes do ensino médio. "Essa foi a primeira vez que me senti velho. Eu estava nervoso e era um alvo. Senti que havia me tornado uma figura parental ou parte do problema", contou o cantor e compositor, como pode ser conferido em matéria publicada no The New York Times na época em que "The Black Parade" foi lançado.
"The Black Parade" é um álbum conceitual, que foi inspirado em "The Wall", do Pink Floyd, e "The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars", de David Bowie. Gerard falou um pouco sobre o conceito do disco e sobre as citadas influências em uma entrevista concedida à Kerrang, republicada em 2022.
"Eu nem tinha pensado nisso até muito recentemente, mas é quase como se estivéssemos tentando liderar algum tipo de movimento de rock neoclássico. Trazer a pompa e o teatro de volta. Prestando homenagem a essas músicas antigas - não as copiando, mas fazendo uma homenagem total. Queríamos capturar essa glória, esse exagero e essa essência do rock clássico dos anos 70 (...).
Não vou mentir, muitos dos sentimentos em ‘The Black Parade’ vêm de um lugar semelhante ao de ‘The Wall’. Há um certo grau de desprezo em algumas das letras desse disco e um certo grau de resignação. Esse disco é como o ‘The Wall’, pois trata de alienação - alienação de uma banda e, depois, a reivindicação do próprio destino. Esse disco trata, em grande parte, do destino, mas quando faço a pergunta: ‘Você será o salvador dos quebrados, dos derrotados e dos condenados?’ [‘Will you be the saviour of the broken, the beaten and the damned?’, trecho da letra de ‘Welcome To The Black Parade’], isso não é para mim. Não sou nenhum tipo de figura messiânica, como foi mal interpretado. Basta fazer a pergunta - a mim mesmo, a você, a todos em nosso público - ‘O que você vai ser?’. E é quase como se o disco o levasse nessa jornada e tentasse lhe ensinar coisas, porque se você ouvir a letra de The End, eu digo: 'Quando eu crescer, não quero ser nada'. Esse disco foi muito bem pensado", pontuou Gerard.
Para ouvir "The Black Parade" via Spotify, clique aqui.
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