A música do Black Sabbath que fica mais lenta ao vivo; "para dar mais profundidade e peso"
Por Bruce William
Postado em 29 de novembro de 2024
"Iron Man", lançada no clássico "Paranoid" de 1970, é uma das músicas mais conhecidas do Black Sabbath. E apesar de significar "Homem de Ferro" em inglês, o título da canção não tem nada a ver com o famoso personagem da Marvel. Ao menos é o que diz o baixista Geezer Butler, letrista do quarteto britânico.
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"Meus pais nunca me deixaram ler quadrinhos americanos quando eu era criança. Eu conhecia Batman e Superman, mas isso é tudo. Para mim era tudo sobre o Beano e o Dandy. Então, sempre que alguém me perguntava ao longo dos anos: 'Oh, você não escreveu essa música sobre o super-herói?', eu apenas dizia: 'Desculpe, nunca ouvi falar dele'."
Mas sobre o que fala a letra? De acordo com o jornalista Gustavo Maiato, ela "conta a história de um homem que presenciou o fim da humanidade e resolveu voltar no tempo para avisar as pessoas e tentar reverter o quadro enquanto ainda havia tempo. Ao voltar para o presente, entretanto, o homem acaba se transformando em um ser de metal (Iron Man) e não consegue se comunicar com as pessoas sobre a proximidade do apocalipse. A humanidade não leva a sério o que ele diz e isso faz com que ele se revolte. No final, ele descobre que foi justamente ele o responsável por causar a destruição prevista."
E em conversa com a Guitar World, o entrevistador comentou com Tony Iommi que o riff de "Iron Man" usa power chords baseados na menor escala natural, mas provavelmente a "verdadeira magia" esteja no tempo arrastado em que o guitarrista do Black Sabbath decidiu tocá-la. E talvez não tivesse o mesmo efeito se ela fosse tocada com outro andamento. Seguem comentários de Iommi, conforme pauta da Brave Words.
"Engraçado que, quando a gente tocava ela ao vivo, deixava ainda mais lenta", diz o guitarrista. "Quando fomos para o estúdio gravar aquele álbum, estávamos tão empolgados que, na verdade, tocamos um pouco mais rápido. E você acaba mantendo aquele tempo porque é o que todo mundo ouve no álbum."
Porém o tempo se encarregou de devolver à música seu conceito original: "Mas, à medida que continuamos tocando ao vivo ao longo dos anos ela ficou cada vez mais lenta, só para dar mais profundidade e peso. É isso que você faz como uma banda ao vivo. E outras músicas acabavam ficando mais rápidas quando tocávamos ao vivo", disse Iommi, revelando que vez por outra ele ou o baterista Bill Ward se empolgava e acelerava o tempo.
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