O hit do The Strokes que seu vocalista odeia: "Se eu ouvisse no rádio, desligaria"
Por André Garcia
Postado em 08 de novembro de 2024
Se você vai fazer uma música, tome muito cuidado, pois ela pode fazer sucesso — aí você vai ter que aturar ela a vida inteira.
É só ver Extreme com "More Than Words": banda de hard rock estilo Van Halen cujo maior hit foi uma balada acústica; os Rolling Stones não aguentam mais tocar "(I Can't Get No) Satisfaction", mas os fãs não deixam eles tirarem do setlist; Robert Plant se recusa a cantar "Stairway to Heaven" porque também não aguenta mais. Os casos são mais do que poderia listar.
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Bob Dylan sempre evitou enjoar das músicas mudando elas ao vivo a ponto de ficarem irreconhecíveis. Mesmo assim, há clássicos como "Knockin' On Heavens Door" que ele fica décadas sem tocar, e várias músicas que ele simplesmente nunca mais toca.
Você pode até dizer isso é uma mera idiossincrasia de baby boomer, mas isso não é uma exclusividade de veterano dos anos 60. O The Strokes fez sucesso já no século XXI com o hit "Last Nite" e mesmo assim seu vocalista Julian Casablanca tem ranço dele, como confessou ele ao The Guardian.
"'Last Nite', do The Strokes, está morta e enterrada para mim; não sei bem por quê. Tem outras como 'Reptilia', 'Hard to Explain', 'Someday', 'Take It Or Leave it', 'New York City Cops' que são comparáveis em termos de reação do público e eu não enjoei. Se eu ouvisse ['Last Night'] no rádio, provavelmente desligaria."
Segundo o site setlist.fm, Julian vem sendo obrigado a engolir "Last Nite", já que se trata da terceira mais tocada pela banda. Na minha opinião, é o maior hit deles, já que foi o que fez com que o mundo os conhecesse. Até minha mãe deve conhecer essa música.
Em outra entrevista, esta para o The Times: "Quando você está crescendo e começa a se imaginar fazendo música, é pela empolgação; só que viver disso é uma tristeza que você nem imagina: de tanto que você toca as músicas, acaba enjoando delas. A gente não tocava 'Last Night' fazia um tempo [até porque a banda estava separada], então ainda era divertido, mas quando você começa a tocar em 30, 40 shows… a música não mexe com você. Você se sente falso. [...] Eu não poderia ligar menos para tocar 'Last Nite'."
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