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Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de dezembro de 2024
Cazuza e Supla, dois nomes emblemáticos do rock brasileiro, tiveram um encontro que resultou em uma parceria musical única. A canção "Nem Tudo É Verdade", presente no primeiro álbum solo de Supla, marca essa união entre o carioca irreverente e o paulistano excêntrico.
Segundo Supla, o primeiro contato ocorreu em um estúdio fotográfico, durante uma sessão para a revista Bizz. Ele foi apresentado a Cazuza por Fabiana Kherlakian, sua então namorada, e por Yara Neiva, mãe de Fabiana. "Nos identificamos de cara. Eu achava engraçado ele cantar ‘A burguesia fede’. Ele era rock and roll, não tinha papas na língua", relembra Supla. As falas são de matéria de Fotoboard Tramparia para o Whiplash.Net.
A parceria foi selada de forma inusitada, com a composição da música à distância. Supla e Cazuza trocaram ideias por telefone, compartilhando trechos da letra que refletia suas realidades. Ambos pertenciam a famílias ricas, mas tinham consciência social, um ponto central da canção. "O conteúdo misturava o fato de sermos de família rica com a noção do que acontecia ao nosso redor. Bem diferente do ‘danem-se os outros’", explicou Supla.
De acordo com análise do site Esquina Musical, com versos como "Vejo o Brasil do avião, é tudo verde, é tudo em vão", a letra mescla crítica social a um tom provocativo, característico de ambos os artistas. A música ganhou um videoclipe exibido no programa Fantástico e hoje é lembrada como um dos trabalhos mais curiosos de Cazuza, conhecido por sua versatilidade ao colaborar com artistas diversos principalmente no final de sua carreira.
Em outra ocasião, o próprio Supla recordou da música, que não é das mais conhecidas da carreira nem dele nem de Cazuza, em post no Instagram. Ele apareceu cantando a música e mostrando fotos da dupla. Os fãs comentaram: "Cazuza era fera, ele é o Renato Russo são referências no Brasil. Quando vou mostrar algo aos gringos sempre os dois estão na lista", diz um internauta.
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