Supla: Sessão de fotos com roqueiros playboys
Por Fotoboard Tramparia
Fonte: Crônicas e Fotos - Supla
Postado em 07 de janeiro de 2018
Que momento mágico! O primeiro encontro do Papito com o Poeta do Rock Nacional.
SUPLA e CAZUZA se trombaram num estúdio fotográfico, conversaram e posaram juntos para algumas fotos.
Mais tarde, já amigos, compuseram uma canção que você ouve no final dessa postagem.
Leia sobre esse encontro épico dos dois astros do rock nacional, no trecho retirado do livro SUPLA - Crônicas e Fotos do Charada Brasileiro.
"Quem me apresentou ao Cazuza foi minha ex-namorada Fabiana Kherlakian junto com sua mãe Yara Neiva.
Elas achavam que nós iríamos nos identificar e foi isso mesmo que aconteceu.
Essa foto acabou rolando porque o CAZUZA estava fazendo uma capa pra revista Bizz, com o fotógrafo Marcos Bonisson.
O Marcos era casado com a Yara, e por acaso eu estava presente nessa sessão de fotos. E aí falaram:
"Pô, vamos fazer uma foto do Supla com o CAZUZA". O CAZUZA queria uma bota legal para sair na foto e pegou a minha emprestada, que ficou super gigante no pé dele...
Creio que identificamos porque éramos roqueiros de mente aberta musicalmente. Eu achava engraçado o CAZUZA cantando "a burguesia fede".
Gostei imediatamente dele. Ele era rock and roll. Não tinha papas na língua, falava o que vinha na cabeça.
"Puta, essa novela é chata", lembro-me dele comentando sobre uma novela que estava passando na época.
Ele não tinha vergonha de ser o que ele era. E eu também sempre busquei isso, desde o começo da minha carreira, como na letra de "Humanos".
"Querem me obrigar a ser do jeito que eles são, cheios de certezas e vivendo de ilusão". O CAZUZA expressava muito isso!
Algum tempo depois, fizemos uma música juntos, chamada "Nem tudo é verdade", que está no meu primeiro álbum solo e ganhou até vídeo no Fantástico.
"Vejo o Brasil do avião, é tudo verde, é tudo em vão..."
O processo de composição foi a distância. Conversamos por telefone, trocamos ideias e ele me mandou algumas partes da letra.
O conteúdo da letra misturava o lance da gente vir de família rica com o fato de ter noção do que acontecia ao nosso redor.
Bem diferente do "Ah, eu tô bem, danem-se os outros"... A letra era uma visualização do que acontecia no Brasil.
Faixa 10: Nem Tudo É Verdade | Álbum: SUPLA (1989) | SUPLA
Essa matéria faz parte da categoria Trecharias BioRockers no Portalblog Misterial.
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