A opinião de Ritchie sobre Ian Anderson e sobre shows do Jethro Tull
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de dezembro de 2024
Ritchie marcou o rock brasileiro dos anos 1980 com hits como "Menina Veneno" e "A Vida Tem Dessas Coisas", mas o que pouca gente sabe é que o cantor, nascido na Inglaterra, também é fã de rock progressivo e folk, gêneros que acompanhou de perto em sua terra natal.
Em entrevista ao podcast Disco Voador, Ritchie revelou um momento de frustração durante um show do Jethro Tull, na década de 1970, na Inglaterra, e como foi surpreendido positivamente ao assistir à banda novamente anos depois, só que dessa vez já no Brasil.
"Eu estava morando no Brasil, mas voltei para a Inglaterra. Decidi me casar no interior com poucos amigos londrinos. Fizemos um casamento bonito. Nessa época assisti ao Jethro Tull. Ao invés de ter uma noite de núpcias, resolvemos ir ver um show deles! [risos] Saímos da recepção e fomos para Londres de carro. Pra dizer a verdade, era na época do ‘Minstrel in the Gallery’. Não sei por que, mas o Ian entrou de mau humor, ele não estava afável. Hoje é considerado um disco bom. Senti ele contrariado no palco. Não foi um bom show, fiquei um pouco decepcionado. Que pena, numa noite tão importante. Estava faltando alguma liga. Ele é tão profissional, e algo não estava certo".
Ritchie se referia ao álbum "Minstrel in the Gallery", lançado em setembro de 1975, que marcou uma transição na sonoridade do Jethro Tull. A obra, gravada fora do Reino Unido, trouxe uma combinação de elementos acústicos e elétricos e foi o último trabalho com o baixista Jeffrey Hammond.
O cantor, no entanto, teve outra experiência com o grupo anos mais tarde. Segundo ele, foi o vocalista Thedy Corrêa, da banda Nenhum de Nós, quem o convenceu a dar uma nova chance. "Ele me chamou dizendo que tinha um convite para o Jethro Tull em São Paulo. Eu disse que da última vez me decepcionei e estava para recusar, dizendo que preferia ficar com as lembranças. Não queria me decepcionar, mas ele me convenceu, dizendo que já era outra formação. Foi demais! O baterista era muito bom. O Ian estava fantástico. Eu toco flauta muito ao estilo deles, gosto desse estilo dele".
Confira a entrevista completa abaixo.
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