O rockstar que chocou Gene Simmons por não ter os dentes da frente
Por Bruce William
Postado em 02 de janeiro de 2025
Nos anos setenta, antes de se tornarem gigantes do Rock, o AC/DC lutava para conquistar espaço nos Estados Unidos. Apesar de já terem lançado álbuns como "High Voltage", a banda dependia de turnês constantes para crescer. Uma dessas oportunidades veio ao abrir os shows para o Kiss em 1977, algo que mudou sua trajetória.
O vocalista Bon Scott chegou a falar sobre a expectativa da turnê, em entrevista antes dela acontecer, onde ele também disse o que achou do Kiss: "Eu assisti eles em Londres ano passado. Bem espetacular! Aquele cara... Qual é o nome dele mesmo? Qual é o nome do baixista do Kiss? Alguém me diz o nome do baixista do Kiss, o cara é famoso [risos]! Ele apareceu em um de nossos shows no Whiskey, em Hollywood, para nos ver tocando. Aí ele chegou para nós e disse: 'Estou de olho na sua banda. Nós vamos sair em turnê em dezembro, e queremos vocês com a gente.' E eles tocam para, tipo, 80 mil pessoas! Então os shows deverão ser incríveis."
Paul Stanley também havia conferido o AC/DC e ficado impressionado com a performance da banda: "Muitas bandas tentaram copiar, mas o AC/DC é o original - e eu soube disso desde a primeira vez que os vi. Foi no Whisky A Go Go, em Los Angeles, em meados dos anos setenta. Eles eram tão pesados, e o nível de adrenalina era simplesmente insano. A quantidade de energia que o Angus gastava no palco era inacreditável. Tipo, dava para ver o suor voando dele! Você ficava pensando que ele estava possuído - uma possessão demoníaca, mesmo! E o Bon tinha um estilo único: era meio que o encrenqueiro carismático. O tipo de cara que todo mundo olhava e pensava: 'Caramba, queria ter um amigo assim…'."
Já Gene Simmons, ele relatou que ficou impressionado ao vê-los no Troubadour, em Los Angeles, e decidiu ajudá-los. Uma conversa com Angus Young em um restaurante revelou as dificuldades da banda, Simmons contou durante conversa com Adam Carolla: "Ele olha para [a atendente] e diz: 'Eu gostaria de cachorro-quente com feijão'. E depois ele acrescenta: 'Sem o pão.' E eu pergunto: 'Você quer dizer o pão do cachorro-quente?' Nunca vou esquecer quando o pedido chegou, imediatamente, antes das outras pessoas. Ele pegou o cachorro-quente, abriu a boca e começou a mastigar pelo lado porque, na frente, ele não tinha dentes. Ele não podia pagar por isso!", disse Gene, em transcrição feita pelo Ultimate Guitar.
Comovido, Simmons ofereceu ao AC/DC a chance de abrir shows do Kiss. Ele acreditava no potencial do grupo e sabia que eles precisavam ser conhecidos em todo o país. Segundo Simmons, a energia do AC/DC no palco fazia o Kiss se esforçar ainda mais para manter o público animado. "E eu vou dizer que todas as noites eles subiam ao palco e tocavam como se fosse a única chance de suas vidas. E sabe, a gente tinha que ir lá e pensar: 'Ok, não podemos fazer isso no piloto automático.' Você tem que entrar no palco porque essa banda foi lá e incendiou o palco."
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