A banda que foi a primeira de thrash metal segundo Rick Rubin: "Sangue, vísceras e Satã"
Por André Garcia
Postado em 24 de abril de 2025
O metal surgiu na década de 70 na Inglaterra, pelas mãos de bandas como Led Zeppelin, Deep Purple, e Black Sabbath — e posteriormente Judas Priest e Iron Maiden. O metal só foi realmente se estabelecer nos Estados Unidos no começo da década seguinte, com as bandas de Los Angeles que faziam o que veio a ser batizado como thrash metal — uma versão mais extrema do metal que misturava a velocidade do punk com os riffs da nwonhm (new wave of british heavy metal — ou a jovem guarda do metal britânico).
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O thrash permaneceu no underground até que o Metallica em 1986 fez sucesso comercial com "Master of Puppets" e, com sua formação clássica no auge, fez uma turnê pelos Estados Unidos abrindo para Ozzy Osbourne. A partir dali, a porteira foi aberta para que bandas como Anthrax, Megadeth e Slayer emplacassem com "Among the Living", "Peace Sells… but Who's Buying?" e "Reign in Blood". Depois disso, o thrash metal conquistou fãs por todo o mundo.
Portanto, muitos consideram o Metallica a primeira banda de thrash — por ter sido a que colocou as demais no mapa do metal. Conforme publicado pela Far Out Magazine, no entanto, o produtor Rick Rubin discorda disso. Para ele os verdadeiros pioneiros do thrash foram Tom Araya, Kerry King, Jeff Hanneman e Dave Lombardo:
"O Slayer foi meio que a primeira banda de death metal ou thrash (não sei qual é o rótulo correto). O Metallica e eles estavam surgindo ao mesmo tempo, mas o Metallica era muito diferente em termos de letras: já o Slayer era mais sangue, vísceras e Satã."

No começo de sua discografia, o Slayer trabalhou com o produtor Brian Slagel por dois álbuns, um EP e um disco ao vivo. Mas foi só ao trabalhar com Rick Rubin no "Reign in Blood" (1986) que a banda foi realmente encontrar sua sonoridade clássica. Conquistando fãs e críticos, foi o responsável por levar o quarteto ao mainstream.
Inclusive, depois que o Slayer cresceu Rick Rubin foi a um dos shows deles — e disse que lá encontrou um pandemônio tamanho que chegou a pensar que ia morrer lá:
"Foi em um show do Slayer no L'Amours, em Brooklyn — uma antiga discoteca que se tornou point do metal em Nova Iorque. O metal nunca fez cena em Manhattan, sempre prosperou na periferia. Eu estava atrás da mesa de som no chão, atrás da plateia e encostado na parede do fundo, abaixo do mezanino. A banda começou a tocar a música de abertura e o público ficou tão enlouquecido, se movendo em todas as direções, que a pesada mesa de som dos anos 70 foi empurrada para trás e para cima: o técnico de som e eu ficamos presos contra a parede, com os botões da mesa pressionando os lados de nossos rostos. Ficamos encurralados e sufocados. Felizmente, sobrevivemos para presenciar muitos e muitos outros eventos 'atípicos' em shows do Slayer."

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