Como Kiss superou morte trágica de Eric Carr: "Isso foi o que fizemos depois do funeral"
Por Gustavo Maiato
Postado em 14 de abril de 2025
A morte de Eric Carr, em 24 de novembro de 1991, foi um dos momentos mais difíceis da história do Kiss. O baterista, que havia entrado na banda no início dos anos 1980, enfrentava um câncer raro no coração. Sua saída precoce não abalou apenas a formação da banda, mas também coincidiu com um período de intensa atividade no estúdio, quando o grupo começava a gravar "Revenge" álbum considerado por muitos como um dos mais pesados e consistentes da carreira.
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Em entrevista ao Chaoszine (via Ultimate Guitar), o ex-guitarrista Bruce Kulick relembrou os bastidores daquela fase e contou como a música ajudou o grupo a processar a perda. "Foi muito triste, claro, que o Eric tenha ficado doente bem quando íamos começar a gravar", afirmou. "Quando ele descobriu que era câncer no coração — uma forma muito séria —, nós já estávamos com o Bob Ezrin, que é um produtor histórico para o Kiss."
A banda teve que buscar outro baterista para seguir com as gravações. Eric Singer acabou sendo o escolhido, após audições organizadas pelo produtor. Carr, já debilitado, ainda contribuiu com vocais em "God Gave Rock and Roll to You II", gravada meses antes de sua morte. "Foi maravilhoso que ele teve essa oportunidade. Ele estava com mais energia do que eu naquele dia, mesmo usando uma peruca grande, porque já tinha perdido o cabelo com o tratamento", relembrou Kulick.
Pouco depois do funeral de Carr, os integrantes voltaram ao estúdio. A primeira tarefa foi revisitar uma faixa gravada por Eric em 1981, durante as sessões do álbum "The Elder", e que só viria a público em Revenge, sob o título "Carr Jam 1981".
"Essa foi a primeira coisa que fizemos depois do funeral. ‘Ok, Bruce, toca a guitarra nessa.’ E eu pensei: ‘Ah, meu Deus’", disse o guitarrista. "Mas trabalhar naquele momento foi bom. Era uma homenagem a ele."
Kulick revelou que, apesar da dor, o processo de gravação teve um efeito curativo. "Foi realmente trágico, mas tenho que admitir que a música que saiu daquele período com o Bob Ezrin foi muito poderosa." Para o guitarrista, Revenge representa o auge criativo de sua fase na banda. "Pude me reinventar na guitarra de uma forma diferente de tudo que havia feito antes."
O álbum foi lançado em 1992, poucos meses após a morte de Carr. Faixas como "Unholy" e "Domino" mostraram uma banda renovada, mais pesada e mais sombria — reflexo, talvez, de uma perda que ainda ecoava.
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