Roger conta como mídia manipulou para jogar Ultraje a Rigor contra Blitz nos anos 1980
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de abril de 2025
Nos anos 1980, o rock brasileiro conquistava espaço nas rádios, na televisão e no gosto popular. Bandas como Titãs, Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Ira!, Blitz e Ultraje a Rigor ajudaram a formar o que ficou conhecido como o "BRock".
Ultraje A Rigor - Mais Novidades
Mas, nos bastidores, nem tudo era tão harmônico quanto parecia. Em entrevista publicada pelo canal Hora do Corte, Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, revelou que a mídia tentou colocar as bandas umas contra as outras — especialmente o Ultraje e a Blitz.
Roger contou que a rivalidade nunca existiu entre os músicos, mas sim foi construída por quem estava fora do palco. Um exemplo marcante foi quando o Ultraje lançou a música "Eu Me Amo" e, ao mesmo tempo, a Blitz trabalhava em uma canção com o mesmo nome. Na verdade, trata-se da música "Egotrip", que tem o trecho "eu me amo" na letra.
"Nossa música já estava pra sair e a Blitz, que já era conhecida, começou a ser acusada de copiar. A imprensa embarcou nisso e tentou criar uma treta. A gente era inocente, então vinha alguém e dizia: ‘Ô, fulano falou mal de vocês’. A gente acreditava", relembrou.
Ultraje a Rigor e Blitz
Segundo Roger, o mal-entendido só se resolveu depois que os integrantes das duas bandas se encontraram por acaso em um aeroporto. "Conversamos e vimos que não tinha nada a ver. Estava tudo certo. Nunca houve briga."
Na mesma entrevista, o cantor também criticou o primeiro Rock in Rio, realizado em 1985, por não incluir nenhuma banda paulista na programação. "Não foi Titãs, não foi Ira!, não fomos nós, nem Magazine. Nem a Rita Lee, se não me engano. Foi só banda do Rio: Barão, Paralamas, Blitz…", disse. "Pode ter sido logística ou bairrismo, não sei. Mas o fato é que nenhum paulista participou."
Roger ainda comentou sobre os atritos entre o rock e a MPB na época, apontando que muitos artistas da música popular brasileira se sentiram ameaçados pelo crescimento do novo gênero nas paradas e nos palcos. "Os caras da MPB eram o máximo, e de repente só tocava rock. Então começaram a meter o pau na gente."
Para o vocalista, os primeiros anos do rock brasileiro eram marcados por união entre as bandas, com apoio mútuo em shows e bastidores. Segundo ele, foi a exposição crescente na mídia que passou a gerar distorções e fomentar conflitos inexistentes. "No começo era tudo muito unido. Se alguém conseguia uma chance, dividia com os outros. Depois, começaram a plantar intriga."
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
Iron Maiden vem ao Brasil em outubro de 2026, diz jornalista
Guns N' Roses teve o maior público do ano em shows no Allianz Parque
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Max Cavalera tentou se reunir com o Sepultura em 2010, mas planos deram errado
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
A banda que gravou mais de 30 discos inspirada em uma única música do The Doors
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.


Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
O defeito do rock brasileiro dos anos 70 e o diferencial das bandas dos 80, segundo Roger Moreira
Os 10 maiores discos de estreia do rock nacional de todos os tempos
Os 31 músicos mais importantes da história do rock brasileiro
Os lados negativos de ter um QI muito alto, segundo Roger Moreira


