A música do Led Zeppelin que Robert Plant não consegue ouvir sem lembrar de John Bonham
Por Bruce William
Postado em 30 de maio de 2025
Quando John Bonham morreu em 1980, não houve hesitação: o Led Zeppelin chegava ao fim. Para o vocalista Robert Plant, não fazia sentido continuar sem o amigo de longa data que conhecia desde os tempos das pequenas bandas nos pubs do interior da Inglaterra. A química entre os quatro era indivisível — e Bonham, mais do que o baterista, era o alicerce. A engrenagem só funcionava com ele no comando do ritmo.
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Desde então, o grupo só se reuniu algumas poucas vezes, sempre por causas especiais, como no Live Aid ou no tributo a Ahmet Ertegün em 2007. Mesmo com propostas milionárias, Plant nunca quis transformar essas reuniões em turnês comerciais. Em sua visão, o Zeppelin morreu junto com Bonham.
Ainda assim, a memória de Bonham vive forte nas gravações. Ao ser questionado sobre qual música mais o faz lembrar do baterista, Plant foi direto: "Achilles Last Stand". A faixa abre o disco "Presence", de 1976, e registra uma das performances mais poderosas de Bonham. "Continuo pensando nele tocando essa música", disse Plant à Vulture (via Far Out).

A gravação foi feita em um momento em que a banda permitiu que Bonham seguisse seu próprio instinto. E ele entregou uma performance feroz, marcada por um ritmo denso e seguro, mas com uma leveza absurda. Plant reconhece que a contribuição dos colegas também foi extraordinária: "Você só precisava ouvir o que aqueles três caras estavam fazendo no estúdio. O baixo de oito cordas do Jonesy, o solo do Jimmy... aquilo mexe com a gente."
Humilde, Plant diz que foi o elo mais fraco na música. "Quase não havia espaço para encaixar um vocal", contou. Ainda assim, sua performance entrega exatamente o que a faixa exigia: intensidade contida e lirismo em meio ao caos instrumental.

Jimmy Page também considera "Achilles Last Stand" uma de suas melhores gravações. Em entrevista à Guitar Player em 1977, ele disse que o solo da faixa estava "no mesmo nível do solo de 'Stairway to Heaven'". Para ele, era uma continuidade natural de sua evolução como guitarrista — mas sempre apoiado pelo peso de Bonham. Sem ele, talvez o Zeppelin jamais tivesse deixado sua marca do jeito que deixou.

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