Dave Lombardo revela membro do Slayer que foi principal responsável por "Rainning Blood"
Por João Renato Alves
Postado em 11 de maio de 2025
Lançado em 7 de outubro de 1986, "Reign in Blood" foi o terceiro disco do Slayer. O trabalho marcou o início da parceria da banda com o produtor Rick Rubin e é até hoje considerado uma das principais obras da história do heavy metal em qualquer um de seus subgêneros. A sonoridade alcançada nunca mais foi replicada nem pela própria banda.
O álbum faturou premiação de ouro nos Estados Unidos, catapultando de vez o nome do grupo. E um de seus membros foi o principal responsável por "Rainning Blood", sua faixa mais popular. O baterista Dave Lombardo contou ao podcast "100 Songs That Define Heavy Metal", via Blabbermouth:
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"Jeff (Hanneman, guitarrista) fez as demos. Gravou guitarras e bateria. Quando nos mostrou nos ensaios, achamos esquisito. ‘O que é isso? Você realmente quer que ela comece assim?’ Não compreendi de onde vinha a ideia, de onde a chuva vinha. Mas a música estava praticamente pronta na fita cassete que ele nos deu. Quando o riff entrou, achamos incrível."
Quanto às suas partes, Lombardo explicou: "Fiz três, quatro discos aprendendo ao ouvir outros bateristas. Naquela época, obviamente, eram Iron Maiden, Motörhead, Judas Priest... Eles prepararam o terreno para mim. Aprender essas músicas e tocá-las com o Slayer realmente ajudou a aprimorar minha capacidade de contribuir com a bateria para a música que me era apresentada. Mas quando gravamos 'Reign In Blood', Rick Rubin realmente aprimorou minha criatividade e me ajudou a aplicá-la em pontos muito especiais que impactavam a composição.

Por exemplo, havia um espaço aberto no verso. Você pode adicionar pequenas nuances, mas não exagere, porque está tirando o foco dos vocais. Quando o refrão entra, a ponte ou seja lá o que for, ele ajudou. Aprimoro minha criatividade e adiciono, digamos, um rufar de tambores criativo para conduzir à próxima seção. É aí que você ouve, como ouvinte, percebe a bateria sendo tocada de uma forma mais melódica, como parte da música, em vez de: ‘Estou tocando bateria e preciso mostrar o quão bom sou nessas habilidades que desenvolvi ao longo dos anos’. Não se tratava disso. Tratava-se da música, de torná-la especial e dar a ela a quantidade certa de percussão."
A experiência de turnês também ajudou no desenvolvimento do estilo. "É aí que você realmente desenvolve sua habilidade, sua resistência e começa a ouvir as coisas de uma maneira um pouco diferente, na perspectiva do palco. E acho que, pelo menos na minha experiência, foi aí que comecei a ouvir música de uma maneira diferente, de uma forma mais performática em vez de apenas criativa. É como se você conhecesse o poder que certos ritmos têm quando tocados ao vivo, então você tenta gravá-los da forma mais autêntica possível. Isso vem com a experiência e acredito que as turnês realmente nos ajudaram a desenvolver não apenas nosso som, mas também nosso estilo."

"Reign in Blood" possui menos de meia-hora de duração (28 minutos e 58 segundos, para ser exato). A capa foi criada por Larry Carroll, chargista político de vários jornais americanos à época, incluindo New York Times e Village Voice. Ele faria outros trabalhos para a banda posteriormente.
A música "Angel Of Death" causou polêmica pelas referências a Josef Mengele, médico nazista conhecido por experiências brutais no campo de concentração de Auschwitz. O grupo deixou claro que não concordava com a ideologia, abordando a questão de um ponto de vista histórico.

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