A música que Elvis Presley se orgulhou da performance na hora de gravar; "Ouça esse final!"
Por Bruce William
Postado em 26 de junho de 2025
Há quem conheça o rosto, mas não reconheça a voz. Com o tempo, figuras como Elvis Presley passaram a ser lembradas mais como símbolos do que como artistas, ícones que estampam camisetas, canecas e murais, mas cujas obras acabam esquecidas nas entrelinhas da cultura pop. No caso do rei do rock, a fama resistiu ao tempo, mas boa parte de sua discografia ficou para trás.
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Certamente é impossível encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar de Elvis no mundo ocidental. Mas talvez não seja tão difícil encontrar quem nunca ouviu um de seus álbuns completos, sejam discos de estúdio ou ao vivo. As faixas mais conhecidas, como "Jailhouse Rock", "Blue Suede Shoes" e "Can't Help Falling in Love" resistem nas playlists e nos karaokês, mas muitas das canções que o próprio Elvis mais valorizava seguem soterradas pelo tempo e pelo culto à imagem.
Uma dessas músicas é "There's Always Me" (youtube), uma balada lançada originalmente em 1961 no álbum "Something for Everybody". Escrita por Don Robertson, a canção foi gravada com acompanhamento de piano e traz uma performance vocal que impressionou até mesmo o próprio Elvis. Segundo Robertson, o cantor ficou visivelmente emocionado ao ouvir a gravação final, e disse com orgulho: "Ouça esse final". Conforme ressalta a Far Out, ele se referia à nota sustentada nos versos finais, em que sua voz alcança um timbre quase operístico.

Essa confiança na própria interpretação mostra um lado mais sensível e exigente de Elvis, que nem sempre foi reconhecido como intérprete refinado. Apesar do carisma e da presença de palco, ele queria mais: buscava reconhecimento como cantor sério, como ator e como alguém cuja arte tivesse peso para além da estética ou da pose. E "There's Always Me" era, para ele, uma prova disso.
A escolha dessa faixa como seu momento vocal mais marcante pode soar incomum para quem o associa a performances explosivas ou refrões pegajosos. Mas talvez justamente por não ter sido um hit, e por fugir ao repertório de imitadores de topete e macacão branco, ela tenha se tornado tão especial para o próprio Elvis. É um registro que foge do lugar-comum e reforça o quanto ele se orgulhava da própria voz, algo que, mesmo nos momentos de glória, parecia ofuscado pela sombra do mito.

Hoje, não são muitos os que se lembram dessa balada. Mas, se dependesse de Elvis, ela seria a canção pela qual sua voz seria eternamente lembrada.
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