"Reload" foi achincalhado em resenha publicada na Bizz; "O que era ruim ficou pior"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 26 de junho de 2025
Os cinco primeiros discos do Metallica, lançados entre 1983 e 1991, são incontestáveis. De "Kill 'em All" ao "Black Album", a banda fundada por James Hetfield (guitarra/vocal) e Lars Ulrich (bateria) marcou a história do metal com clássicos como "Seek & Destroy", "Fade to Black", "Master of Puppets", "One" e "Enter Sandman".
A partir do sexto registro de estúdio, "Load" (1996), o Metallica enfrentou críticas por mudar seu direcionamento musical. O thrash metal agressivo do início da carreira deu lugar a ritmos mais cadenciados e melodias radiofônicas, polarizando fãs e críticos.
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"Reload" (1997), gravado nas mesmas sessões que "Load", trouxe bons momentos, como a empolgante "Fuel" e "The Unforgiven II". No entanto, o álbum também foi alvo de críticas contundentes. Em janeiro de 1998, a revista ShowBizz publicou uma resenha assinada por Ivan Miziara, que não poupou o disco.
Com o título "Lá vem o Metallica descendo a ladeira", a crítica acusa o álbum de "comodismo ou preguiça", classificando-o como uma coleção de "sobras de estúdio". Ivan sentencia: "O que era ruim ficou pior", destacando "Fuel" como o único ponto positivo.
A crítica segue atacando "The Memory Remains", que teria um refrão "ridículo", e a parte II da apoteótica "The Unforgiven", chamada de versão fraca da original. O texto termina com um apelo claro: "Eu quero o velho Metallica de volta. Urgente".

Provavelmente, Ivan se decepcionou mais ainda alguns anos depois. Afinal, além do Metallica antigo ter ficado no passado, em 2003 o grupo lançou "St. Anger", uma das maiores atrocidades da história da música pesada. Mas isso é assunto para outra matéria.

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