A carta "incrivelmente seca" que menosprezou o hit "More Than a Feeling" do Boston
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de julho de 2025
Quando a banda Boston lançou seu primeiro álbum em 1976, poucos poderiam imaginar que se tratava de um trabalho em grande parte gravado no porão de Tom Scholz, engenheiro da Polaroid e cérebro por trás do grupo.
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Ainda mais surpreendente é que a gravadora Epic, que acabaria lançando o disco, havia previamente rejeitado a demo com a clássica "More Than a Feeling", alegando que o som da banda não trazia "absolutamente nada de novo".

Em entrevista à Classic Rock, Scholz relembrou com ironia: "Recebi uma carta de rejeição incrivelmente seca de alguém do departamento de A&R da Epic dizendo: ‘Essa banda não tem absolutamente nada de novo a oferecer’".
Anos depois, o mesmo executivo teria afirmado publicamente que havia "descoberto" o Boston. Felizmente, após completar duas faixas restantes e juntar seis músicas no total, Scholz recebeu uma nova proposta da Epic — e decidiu aceitar, sob uma condição especial.

Contrariando os desejos do selo, que queria as músicas regravadas em um estúdio de Los Angeles, Scholz fez um acordo secreto com o produtor John Boylan: ele continuaria a gravar tudo sozinho em seu porão, enquanto o vocalista Brad Delp e outros músicos seriam levados à Califórnia apenas para simular sessões.
"Let Me Take You Home Tonight" foi a única faixa realmente gravada em L.A.; todo o restante veio do porão de Scholz. O álbum vendeu um milhão de cópias em três meses e se tornou o disco de estreia mais vendido de uma banda americana — um feito irônico para uma banda supostamente sem novidades.

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