A maior obra-prima da história do rock de todos os tempos, segundo Andreas Kisser
Por Gustavo Maiato
Postado em 05 de julho de 2025
Para alguns, "A Night at the Opera" é apenas o álbum de "Bohemian Rhapsody". Para Andreas Kisser, é muito mais que isso: trata-se da maior obra-prima da história do rock. A declaração foi dada durante entrevista ao Bucket List Podcast, quando o guitarrista do Sepultura foi desafiado a escolher um disco para levar consigo no cenário improvável de um apocalipse nuclear.
"Esse é o primeiro disco que eu comprei", relembrou Kisser. "Enchi o saco do meu pai que ia lá na Merck Discos no Rudge Ramos para comprar os discos de sertanejo dele. Numa dessas ele trouxe o ‘A Night at the Opera’, que tem uma capa maravilhosa. Para mim, até hoje, é a maior obra-prima da história do rock."


O guitarrista destacou o equilíbrio entre os quatro membros da banda, que compuseram músicas marcantes como "Love of My Life"," You're My Best Friend" e "I'm in Love with My Car". "É completo. Os quatro músicos compõem. Só o John Deacon que não canta", afirmou.
Andreas Kisser e Queen
Além disso, ele lembrou que o álbum foi gravado no Rockfield Studios, no País de Gales, o mesmo em que o Sepultura gravou "Chaos A.D". "Para mim, é onde o Sepultura realmente mostrou uma identidade nova. Aquilo que era o Sepultura — porrada, groove com elementos da música brasileira, viola caipira. Maravilhoso."

Mas se o Queen atingiu seu auge com "A Night at the Opera", também teve seus momentos mais controversos. E Kisser não hesita em apontar qual é o pior: "Hot Space", de 1982. Em uma antiga entrevista à revista Roadie Crew, ao ser perguntado qual disco daria de presente a seu pior inimigo, o guitarrista escolheu, sem pensar duas vezes, o polêmico trabalho da banda britânica.
A crítica de Kisser ecoa o próprio desconforto dos integrantes do Queen. Freddie Mercury já havia admitido que o disco foi uma aposta arriscada. Brian May, por sua vez, foi ainda mais direto: "Hot Space foi um erro." Embora traga "Under Pressure", parceria histórica com David Bowie, o álbum ficou marcado pelo excesso de influências do funk e pela rejeição dos fãs.

Confira a entrevista completa abaixo.

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