A clássica banda para quem os Eagles abriram que não rolou química; "não gostaram da gente"
Por Bruce William
Postado em 28 de agosto de 2025
Nos primórdios da carreira, todo grupo precisa encarar a missão de abrir shows de artistas maiores. É a chance de aprender com os veteranos e, com sorte, conquistar parte do público. Foi assim também com os Eagles, que em 1972 ainda engatinhavam e receberam a tarefa de tocar antes do Jethro Tull, uma das bandas de prog rock mais conceituadas da época.
Eagles - Mais Novidades
Mas, como relembrou o líder do Jethro Tull, o flautista e vocalista Ian Anderson, a experiência não foi exatamente positiva: "Não interagimos muito com eles porque eles eram country, descontraídos, educados, e nós éramos um pouco loucos e ingleses e fazíamos coisas estranhas. E acredito que eles não gostaram da gente, assim como nós não gostamos muito deles. Não houve muita comunicação, na verdade. Apenas um cumprimento polido de um para o outro na hora das passagens de som e dos shows", disse o músico, relembrando que os Eagles já tinham estourado no rádio com "Take It Easy" quando a turnê começou, mas isso não ajudou muito. "Eles estavam ficando muito conhecidos, mas não para o nosso público, porque os ingressos já estavam esgotados e os novos fãs não conseguiam entrar".
Don Henley, baterista, vocalista e fundador do Eagles, também admitiu que a combinação não fazia muito sentido. O grupo vinha de uma pegada mais próxima do country rock, enquanto o Jethro Tull estava no auge da fase experimental. O público, por sua vez, parecia impaciente com a sonoridade mais suave da banda americana, habituado ao estilo mais "espinhoso" do grupo britânico.
Henley explicou anos depois à Classic Rock (via Far Out) que tudo partiu de um empresário que não ligava muito para a compatibilidade entre os estilos. "Ele disse: 'Vocês vão abrir para um grupo chamado Jethro Tull'. E a gente respondeu: 'Ah, tá bom'", contou. O resultado foi um choque de universos: de um lado, o country rock ensolarado dos californianos; do outro, a plateia acostumada ao progressivo sofisticado dos britânicos.
No fim, a parceria de palco não deixou lembranças calorosas para nenhum dos lados, mas acabou fazendo parte do aprendizado. Pouco depois, os Eagles engatariam uma sequência de sucessos que os levariam ao estrelato, provando que até mesmo experiências desconfortáveis podem render lições valiosas no caminho de uma banda.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Festival Sonic Temple anuncia 140 shows em 5 palcos para 2026
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Novo disco do Megadeth pode ter cover do Metallica - e a pista veio de Mustaine
O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Bangers Open Air dá pistas sobre as próximas bandas do line-up
As 10 melhores músicas da fase progressiva do Genesis segundo leitores da revista Prog
Tecladista anuncia que o Faith No More não volta mais
O único guitarrista que, para Lindsey Buckingham, "ninguém sequer chega perto"
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Megadeth terá uma música com "Puppet" no título em seu último álbum
Fabio Lione e Luca Turilli anunciam reunião no Rhapsody with Choir & Orchestra
Axl Rose é criticado por sua voz após Guns N' Roses homenagear Ozzy com cover no Brasil
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"


A canção que foi idealizada como continuação de "Hotel California", clássico dos Eagles
A banda que os Eagles odiaram abrir shows: "Acho que eles não gostavam da gente"
Como os Eagles acabaram levando um integrante do Yes para o lado negro da força


