O melhor guitarrista do Ozzy Osbourne de todos os tempos, segundo Regis Tadeu
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de agosto de 2025
Por mais que a carreira solo de Ozzy Osbourne tenha sido marcada por altos e baixos, há um ponto que quase nenhum fã ousa contestar: o ex-vocalista do Black Sabbath sempre soube escolher grandes guitarristas para acompanhá-lo. E essa característica virou marca registrada desde que ele deu os primeiros passos fora da banda que o consagrou.
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Quem afirma isso com todas as letras é o crítico musical Regis Tadeu, em um extenso e apaixonado vídeo publicado em seu canal no YouTube. A publicação, que analisa todos os guitarristas que passaram pela carreira solo do Madman, serve como uma verdadeira aula de história do rock — e também como um tributo ao guitarrista que Regis considera o maior de todos os tempos ao lado de Ozzy: Randy Rhoads.
O melhor guitarrista de Ozzy
Regis não mede palavras ao cravar sua escolha. Para ele, Randy Rhoads foi mais do que um guitarrista técnico — foi um revolucionário da guitarra no heavy metal. "Sem sombra de dúvida, o Randy Rhoads foi o maior guitarrista que já passou pelas bandas do Ozzy. Ponto final. Se você discorda, provavelmente nunca ouviu nenhum desses discos com a devida atenção", afirmou.

O crítico lembra que Rhoads esteve presente nos álbuns "Blizzard of Ozz" (1980) e "Diary of a Madman" (1981), além do póstumo "Tribute" (1987), gravado ao vivo. Para Regis, esses registros são prova de que o californiano franzino mudou a forma como a guitarra passou a ser compreendida no metal.
"Ele misturava a fúria do hard rock com a elegância da música erudita, criando um estilo neoclássico que mudou a concepção da guitarra. Técnica impecável, palhetadas precisas, arpejos que pareciam saídos de um concerto do Vivaldi, vibratos criativos, harmônicos de outra dimensão..."
Além da técnica, Regis destaca a composição e o senso melódico de Rhoads, que elevavam emocionalmente as músicas. Solos como o de "Mr. Crowley" e riffs como o de "Crazy Train" são citados como exemplos de genialidade.

Brad Gillis: o substituto à altura… temporariamente
Após a trágica morte de Rhoads em um acidente aéreo em 1982, Ozzy chamou Brad Gillis, do Night Ranger, para segurar a turnê. Regis relembra que o guitarrista teve que aprender o repertório em apenas três dias — e se saiu muito bem: "Ele segurou essa bronca com firmeza, com um estilo mais direto, menos neoclássico, enraizado no hard rock americano. Não tentou imitar o Rhoads, e isso foi sábio."
Jake E. Lee: peso, atitude e identidade oitentista
Na sequência, Regis destaca o subestimado Jake E. Lee, responsável pelos álbuns "Bark at the Moon" (1983) e "The Ultimate Sin" (1986): "Contra todas as expectativas, ele conseguiu deixar sua marca. Tinha um estilo mais cru, mais moderno e oitentista. Criava texturas sonoras perfeitas para o som mais acessível que o Ozzy buscava." Mesmo com críticas ao disco "The Ultimate Sin", Regis reconhece que Jake foi essencial para manter Ozzy relevante durante os anos 1980.

Ozzy Osbourne e Zakk Wylde
Com a saída de Jake, quem entrou foi Zakk Wylde — para Regis, o mais longevo e mais associado ao som de Ozzy, depois de Randy Rhoads. "Quer você queira admitir ou não, o Zakk foi um monstro. Ele se tornou quase um sinônimo do som do Ozzy."
Regis elogia o estilo do guitarrista, que misturava brutalidade com groove e toques de blues. Seus vibratos exagerados, harmônicos artificiais e riffs pesados definiram uma nova identidade para Ozzy na virada dos anos 1980 para os 1990. "Nos palcos, Zakk era uma máquina. Solos intermináveis, energia explosiva, química com o Ozzy... ele tinha a alma perfeita para ser o verdadeiro parceiro do Madman."
Joe Holmes, Gus G. e Andrew Watt: as fases mais apagadas
Em seguida, Regis analisa as passagens de Joe Holmes e Gus G., duas fases que, segundo ele, não deixaram grandes marcas. Holmes, apesar de ser ex-aluno de Randy Rhoads, foi um guitarrista discreto, sem carisma e pouco expressivo ao vivo. Gus, por outro lado, abusava da velocidade e do virtuosismo incompatível com o estilo de Ozzy: "Foi como colocar o Yngwie Malmsteen pra acompanhar o Tony Bennett. Nada a ver."

Já sobre Andrew Watt, responsável pelos álbuns "Ordinary Man" (2020) e "Patient Number 9" (2022), Regis é direto: "Estragou a discografia do Ozzy com álbuns fraquíssimos. Tentou misturar classic rock com pop e, pra mim, resultou num desastre total."
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