O ex-Ozzy que tocou mas não conseguiu ficar no Black Sabbath; "Poderia ter ficado feliz"
Por Bruce William
Postado em 11 de setembro de 2025
O Black Sabbath já tinha passado por várias mudanças quando entrou em estúdio para gravar "The Eternal Idol" (1987). A fase clássica com Ozzy, o período com Dio e até tentativas de recomeço já estavam para trás. Tony Iommi, que originalmente planejava lançar "Seventh Star" como disco solo, acabou puxado de volta para carregar o nome do Sabbath adiante.
Foi nesse contexto que o baixista Bob Daisley entrou em cena. Conhecido pela longa parceria com Ozzy Osbourne, ele foi chamado para gravar todo o baixo do álbum e ainda coescreveu várias das faixas ao lado de Iommi, mesmo que os créditos oficiais tenham trazido o nome de Dave Spitz por engano.
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Em entrevista ao canal de Johnny Beane, transcrita pelo Ultimate Guitar, Daisley deixou claro que nunca chegou a integrar oficialmente o Sabbath. "Eles me convidaram, mas eu estava com o Gary Moore e estava feliz. Não cheguei a entrar na banda, mas gravei todo o álbum 'The Eternal Idol', que considero muito bom."

Apesar da distância formal, o baixista guarda enorme apreço pelo material, especialmente pela faixa que dá nome ao disco. "A faixa-título é provavelmente uma das músicas mais pesadas e sombrias que já ouvi. É brilhante. 'Eternal Idol', essa música", destacou. O álbum também marcou a chegada do vocalista Tony Martin, que daria início a uma fase estável e prolífica da banda, incluindo os discos "Headless Cross" (1989) e "Tyr" (1990). Com Cozy Powell na bateria e Iommi firme na guitarra, essa encarnação do Sabbath encontrou uma nova identidade, embora muitas vezes subestimada.
Daisley já comentou em outras ocasiões que a única barreira para ter ficado de vez no grupo foi a administração. "Eu amava o álbum, amava a banda e trabalhar com o Tony Iommi. Poderia ter ficado feliz, mas a situação com o management não era boa. Não tinha nada a ver com as personalidades ou com a música."

Mesmo à distância, o músico ajudou a consolidar um dos capítulos mais injustamente esquecidos da história do Sabbath. E, ao apontar "The Eternal Idol" como um dos momentos mais sombrios e pesados que já presenciou, deixou claro que a chama criativa de Iommi seguia acesa mesmo em meio às turbulências da década de 1980.
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