O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
Por Bruce William
Postado em 24 de outubro de 2025
Em uma conversa com o 60 Minutes lá no ano de 1994, Charlie Watts falou do seu companheiro de banda com a franqueza habitual. Em vez de comentar técnica de bateria ou bastidores de turnê, ele preferiu um tema que conhecia bem do lado de cá do palco: o impacto de um frontman diante de uma multidão. E, para ele, havia um parâmetro claro de comparação.
Watts sempre foi o retrato da discrição nos Stones. Terno bem cortado, economia de gestos e zero afetação - tudo o que Mick Jagger não é quando a luz acende. Talvez por isso a opinião do baterista pese tanto: não vinha de alguém impressionável, mas de quem passou décadas observando, a poucos metros, como um vocalista segura um estádio inteiro.
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Na verdade, ele não economizou elogios ao colega. "Mick é simplesmente o melhor frontman do mundo", disse, destacando a capacidade de dominar plateias imensas "parado na frente de três guitarristas ou dois guitarristas e do baixista, e cantando". Para Watts, esse controle da cena, essa capacidade de transformar energia dispersa em atenção absoluta era um diferencial raríssimo.
Ainda assim, havia uma exceção no mapa mental de Charlie. "Acho que ele é a melhor coisa no palco no mundo, exceto talvez James Brown quando era mais jovem." A referência não veio por acaso. James Brown elevou a régua do espetáculo com precisão rítmica, explosões coreográficas e uma presença física que não dava descanso ao público, um tipo de intensidade que, aos olhos de Watts, colocava o "Padrinho do Soul" num patamar à parte quando esteve no auge.
O mérito de Jagger, para Charlie, estava na engenharia de arena: manter 50 ou 60 mil pessoas sob a mesma vibração, noite após noite, com banda afiada e uma persona que conversa de igual para igual com o público. O de James Brown, na fase mais incendiária, era a pura pressão de performance, o impacto visual e corporal que pareceu, a ele, ir "além" do resto.
Nada disso diminuía o parceiro de longa data. Pelo contrário: ao reconhecer James Brown como a única exceção, Watts acabava ressaltando o lugar de Jagger entre os artistas capazes de transformar palco grande em terreno próprio. No fim, sua síntese continuou a mesma da entrevista: "Mick é a melhor coisa no mundo que acho já ter visto."
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