O dia em que John Bonham se escondeu de Keith Moon para não passar vergonha
Por Bruce William
Postado em 04 de outubro de 2025
Muito antes de ser reconhecido como um dos maiores bateristas da história do rock, John Bonham ainda batalhava espaço ao lado de Robert Plant na Band of Joy. Em meados dos anos 1960, eles tocavam em alguns poucos clubes britânicos que aceitavam seu som de psychedelic blues. Um desses lugares foi o Speakeasy, em Londres, que recebia nomes como Arthur Lee, Hendrix e Terry Reid.
Plant contou à BBC um episódio marcante dessa fase. Antes de irem ao show, Bonham havia estacionado a van junto a uma grade para evitar furtos, e a maçaneta da porta traseira acabou ficando presa e se soltou. Mais tarde, já no local da apresentação, perceberam que a maçaneta tinha ficado para trás e não conseguiam abrir o veículo para descarregar os instrumentos. Desesperado, Bonham pediu uma pá a um trabalhador da rua e começou a forçar a porta para liberar o acesso.

Foi nesse instante que um Rolls Royce se aproximou pela faixa de pedestres: dentro dele estava Keith Moon, baterista do The Who, já famoso e excêntrico. Sem pensar duas vezes, Bonham jogou a pá para Plant e se escondeu, envergonhado de ser visto tentando arrombar a própria van. E Plant lembrou ainda, dando risadas, que Moon tinha um microfone instalado no carro e, sempre que alguém atravessava a rua na faixa de pedestres, ele dava um berro que saía pela grade do radiador, assustando as pessoas e fazendo com que derrubassem suas compras.
Mais tarde, já no palco, Bonham fez questão de mostrar serviço. Colocou sua bateria na linha de frente, posição geralmente reservada ao vocalista, e disparou truques e viradas exageradas enquanto a banda tocava "White Rabbit", do Jefferson Airplane. "Ele estava louco para se afastar de mim, diziam que não faria dinheiro tocando comigo. Então levou sua bateria para frente e começou a fazer todos aqueles truques", recordou Plant, em fala publicada na Far Out.
A divertida cena mostra o quanto Bonham e Moon, além de rivais involuntários, tinham personalidades maiores que a vida. Ambos se tornariam ícones absolutos da bateria no rock, mas também acabariam marcados pelos excessos e pela morte precoce. Ainda assim, esse momento pitoresco permanece como lembrança de quando dois gigantes do instrumento se cruzaram em circunstâncias improváveis: um escondido para não passar vergonha e o outro aterrorizando pedestres pelo radiador de um Rolls Royce.
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