O artista maravilhoso e problemático que Phil Collins disse que ninguém consegue cantar como
Por Bruce William
Postado em 02 de outubro de 2025
Phil Collins nunca escondeu sua admiração por David Crosby, mas também sabia que o cantor carregava uma bagagem difícil fora do palco. Ao longo da carreira, Crosby enfrentou sérios problemas com drogas, prisões e conflitos pessoais, episódios que quase colocaram tudo a perder. Ainda assim, no que dependia de talento, Collins considerava que ninguém conseguia cantar e criar harmonias como ele.
"Ele era maravilhoso", lembrou Collins, em falas destacadas pela Far Out. "Veio cheio de ideias que ninguém mais teria. Exatamente o que eu esperava dele" disse o ex-Genesis, lembrando de quando o convidou para colaborar em músicas como "Another Day in Paradise."


Para Collins, o grande diferencial de Crosby não estava apenas na voz marcante, mas na capacidade de transformar linhas vocais em arranjos complexos e surpreendentes. Esse talento já estava claro em clássicos do Crosby, Stills & Nash como "Marrakesh Express", que impressionaram Collins ainda nos anos 1960.
A parceria entre os dois mostrou que Collins buscava mais do que hits perfeitos. Ele queria que suas canções ganhassem uma dimensão nova, algo que só alguém com a experiência e a criatividade de Crosby poderia oferecer. Foi essa combinação de simplicidade pop com sofisticação harmônica que deu vida a algumas de suas melhores gravações.

Collins também enxergava em Crosby uma ligação com suas próprias referências, como o amor por músicas mais experimentais e pelo jazz fusion, que ampliavam a paleta musical de ambos. Mesmo sem composições de estrutura complexa, o resultado final tinha um toque de sofisticação que os diferenciava do que se ouvia normalmente nas paradas.
É por isso que Collins foi categórico: ninguém cantava como David Crosby. Para ele, a genialidade de Crosby estava em fazer o impossível soar natural, misturando técnica, emoção e ousadia em cada verso. Mesmo com uma vida marcada por excessos, Crosby mostrou que genialidade e turbulência podem conviver, e Collins nunca teve dúvidas de qual lado prevalecia quando o assunto era música.

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