As duas preocupações de Rafael Bittencourt com o anúncio do show da formação "Rebirth"

Quando o Angra anunciou que a formação da era Rebirth tocaria novamente junta no Bangers Open Air 2026, o metal brasileiro reagiu com euforia. Afinal, Edu Falaschi, Kiko Loureiro e Aquiles Priester voltarão a dividir o palco com Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli - um encontro aguardado por duas décadas. Mas, para além da empolgação, Bittencourt destacou que o reencontro também trouxe duas grandes preocupações pessoais que ele fez questão de explicar publicamente.

Durante participação no quadro Assino Embaixo, podcast de Paulo Baron e Felipe Andreoli, o guitarrista afirmou que sua primeira preocupação era que o show não fosse interpretado como um rebaixamento do trabalho atual da banda. "A primeira é que eu não quero que isso deprecie o que a gente vem construindo. O Cycles of Pain, nosso último álbum de estúdio, é um dos melhores da discografia do Angra", disse. Ele ressaltou que fala isso "como fã do Angra também", reforçando o orgulho pela fase atual e pela turnê mundial bem-sucedida do disco.

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A segunda preocupação envolve o tão comentado hiato anunciado pela banda em 2024. Para muitos fãs, o show especial poderia soar como uma quebra abrupta da pausa. Bittencourt explicou que não é o caso. "E pá, mas não tava no hiato? O hiato era pra gente sair daquele ritmo frenético de uma turnê atrás da outra, um lançamento atrás do outro. Vamos dar uma pausa e pensar o que nós vamos fazer. Então a gente permanece no hiato de certa forma", afirmou. Segundo ele, trata-se de uma exceção com propósito claro: "É um show que tem uma proposta muito legal, uma celebração muito importante."

Rafael completou que o retorno pontual não invalida a identidade da formação atual, nem o que ele chama de "terceira geração" da banda. "Vamos sair desse hiato para fazer esse show de maneira que não deprecie a banda. Tudo que a gente construiu… e botar todo mundo no palco, inclusive o Kiko." A fala reforça o cuidado em equilibrar nostalgia e continuidade artística.

Felipe Andreoli, também presente na entrevista, destacou que o timing não poderia ser mais simbólico. "Ano que vem é um ano muito importante de comemorações pro Angra. A banda faz 35 anos. O Holy Land faz 30 anos. O Rebirth faz 25", disse o baixista. Para ele, além da resolução pessoal entre os envolvidos, existe um impacto emocional profundo para quem viveu aquela época.

Andreoli explicou que parte da responsabilidade é entender o peso afetivo do reencontro: "É uma celebração de um legado e de uma história que não só construíram parte do que a gente vive hoje, mas também fazem parte da vida de muita gente." Ele lembrou que muitas pessoas viveram momentos marcantes ouvindo aquela formação e terão a chance de reviver tudo isso. "É um peso grande pensar o impacto que isso teria pras pessoas que vão ter oportunidade de presenciar esse show."

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