Produtor Bob Ezrin acha que disco "maldito" do Kiss seria melhor se gravado hoje
Por João Renato Alves
Postado em 18 de novembro de 2025
Em 1981, o Kiss decidiu embarcar em um experimento no álbum "(Music From) The Elder". Para tal, resgataram o produtor Bob Ezrin, com quem haviam trabalhado em "Destroyer" (1976) e havia colaborado com o Pink Floyd em "The Wall" (1979). Durante aparição no Kiss Kruise: Landlocked in Vegas, o próprio refletiu sobre o resultado alcançado no disco.
"Eu mesmo não ouvia esse disco há décadas até que escreveram um livro sobre ele e vieram até minha casa. Disse: 'Olha, dou uma entrevista, mas vocês precisam trazê-lo para eu escutar novamente, porque nem o tenho mais.' Começaram a tocar para mim e fiquei lá parado como um mero espectador, ouvindo e pensando: 'Nossa, ouçam isso. É realmente ótimo.'"

Bob ainda admite que o álbum poderia ter alcançado performances melhores de um membro em específico se feito atualmente. "Há alguns momentos incríveis, mas confesso que fiquei com a sensação - e preciso ser honesto - de que colocamos o Paul Stanley numa posição muito difícil, porque ele estava basicamente interpretando um papel quase operístico. Isso foi antes de ele ter feito 'O Fantasma da Ópera', em 1999. Talvez depois fizesse sentido, mas antes era algo completamente estranho. Ele estava interpretando esse papel de teatro musical, o que não lhe era confortável. Fez um trabalho fantástico, mas acho que, no fim das contas, não se sentiu realizado como se tivesse feito um disco de rock convencional."
Apesar das impressões, Ezrin reconhece que a experiência foi válida. "Dito isso, tudo o que você faz ao longo do caminho é valioso de uma forma ou de outra, mesmo que seja apenas para te ensinar uma lição. Este álbum tem performances realmente ótimas de pessoas incríveis - várias das quais já não estão mais entre nós - então, para mim, é um monumento àquela época e àquelas pessoas daquela época."
Nono disco de estúdio do Kiss, "(Music From) The Elder" mostrava o grupo buscando uma sonoridade com influências sinfônicas e uma temática conceitual que nem eles foram capazes de explicar sem se atrapalhar com o passar dos anos. Marcou a estreia em estúdio do baterista Eric Carr.
Lou Reed e Tony Powers colaboram como coautores em parte do tracklist. Com o tempo, ganhou status de cult, mas o fracasso mercadológico foi tão grande que nem houve uma turnê para divulgação.
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