A canção do Led Zeppelin que Jimmy Page sabia que seria um clássico
Por Bruce William
Postado em 13 de novembro de 2025
Jimmy Page nunca foi de tratar cada música como se fosse uma epifania, mas em alguns casos ele próprio admite que percebeu o peso da ideia ainda no berço. Com "Whole Lotta Love", por exemplo, a sensação veio cedo. O guitarrista sabia que aquela faixa teria algo de central dentro do repertório do Led Zeppelin, principalmente por causa de um riff que soava diferente de tudo o que circulava na época sem deixar de ser direto e memorável.
Ele mesmo explicou essa percepção anos depois, conforme relembra a Far Out: "Com 'Whole Lotta Love', estava claro que aquela seria a faixa para a qual todo mundo iria se voltar, porque aquele riff era tão novo e ainda é. Se alguém toca aquele riff, isso coloca um sorriso no rosto das pessoas. É algo realmente positivo."

Não é um comentário jogado ao acaso: Page descreve a consciência de que havia ali um ponto de atração, uma entrada óbvia para quem quisesse entender o som da banda.
O curioso é que, olhando para a construção do riff, não se trata de algo "perfeito" em termos acadêmicos. Page combina corda solta com bend na corda inferior, produzindo uma tensão levemente dissonante, quase suja, que contraria a ideia de precisão limpa. Essa escolha é justamente o que dá personalidade ao tema: o riff parece arranhar o espaço, empurrar o ritmo, criar desconforto suficiente para chamar atenção sem perder o balanço.
A partir desse formato, muita coisa se desenrolou. Gerações de guitarristas encontraram em "Whole Lotta Love" um modelo de como um riff pode ser simples e ao mesmo tempo abrir caminho para um universo de possibilidades. Slash já comentou que ouvir a faixa pela primeira vez foi como enxergar o futuro, e é difícil imaginar o desenvolvimento do hard rock dos anos 1970 sem essa referência como base - de grandes nomes do período a bandas que abraçaram o peso e o groove inspirado no Zeppelin.
A confiança de Page naquele riff se justifica pelo que ele entrega até hoje. "Whole Lotta Love" permanece como exemplo claro de que não é preciso polimento excessivo nem malabarismo harmônico para criar algo duradouro. Às vezes, o clássico nasce justamente quando alguém decide manter o erro controlado, o som áspero e a intenção firme, e acredita nisso desde o primeiro acorde.
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