U2: as 10 melhores performances vocais ao vivo de Bono
Por João Victor Martins Ruyz
Fonte: U2BR
Postado em 24 de outubro de 2015
Desde tons altos a tons baixos; um alto barítono que consegue ser tenor; uma técnica de falsete aprimorada, e um alcance vocal que ultrapassa 3 oitavas (voz absoluta). Ao longo dos quase 40 anos de carreira da banda, Bono permaneceu se aperfeiçoando como vocalista e já provou ser um dos mais completos da história da música.
Em lista do mirror.uk, Bono aparece em 10°, em relação ao alcance vocal. Para a revista Rolling Stone, é o 32° melhor cantor do mundo. Em lista – "maiores vozes do rock", da rádio inglesa Planet Rock, Bono aparece em 18°.
10 - Please
"Please", última faixa do álbum Pop, apareceu em todos os shows da gigantesca turnê PopMart. Seria tocada na íntegra, depois disso, somente algumas vezes durante a Elevation Tour (em uma versão acústica).
Em 3 de Dezembro de 1997, a banda se apresentou no México. Bono manteve a melodia suplicante e o tom de angústia, encontrados na gravação feita em estúdio. O desespero representado aumentava no decorrer da apresentação. O vocalista também abusou dos falsetes e de seu alcance vocal de tenor no decorrer da música e, para terminar de modo perfeito, repetiu o refrão algumas vezes e prolongou sua súplica ("please") até que "Where The Streets Have No Name" começasse.
9 – Running to Stand Still
Durante a aclamada turnê ZooTv, que surgiu aplacada com o sucesso estrondoso do álbum Achtung Baby, o U2 manteve "Running The Stand Still" no setlist base. A canção fora tocada em todas as apresentações da turnê que sucedera seu lançamento (The Joshua Tree Tour), em quase todos os shows da turnê seguinte (LoveTown). Na ZooTv seria tocada em todos os espetáculos.
Em 27 de Setembro de 1993, em Sydney, a performance de Bono não foi somente vocal. Sua interpretação sobre a letra da música foi simples e direta. A adicção como fuga. Após essa fuga, a pessoa encontra, mesmo que momentaneamente, uma luz, uma esperança.
8 – Sometimes you can’t make it on your Own
Bob Hewson, o pai de Bono, faleceria em 2001. O vocalista então compôs "Sometimes You Can’t Make On Your Own", que fala diretamente sobre o relacionamento que os dois tinham. A canção acabou virando single do álbum How To Dismantle An Atomic Bomb.
A emoção com que Bono cantou a música durante a Vertigo Tour, e sua performance arrebatadora acima dos palcos, refletiam a intensidade da letra.
"You are the reason, why the opera is in me"
7 – With or Without you
With or Without You, uma canção que muitos artistas fazem cover mas deixam a parte final das notas altas para o público cantar ou, se o fazem, fazem com menos intensidade (num tom menor) que na gravação original.
Na turnê de The Joshua Tree, durante uma apresentação em Paris, Bono interrompeu a música na metade, pois alguém da plateia tinha lançado uma bomba de gás lacrimogêneo.
"Achei que nessa canção já tínhamos lágrimas suficientes"
Após a interrupção, a banda retomou exatamente da parte onde estavam antes.
A voz de Bono na época de 80 tinha um timbre mais cortante, que marcou essa apresentação.
6 - Pride (In the Name of Love)
O refrão de "Pride" é algo difícil de ser reproduzido. O vocal é feito somente com notas altas – o refrão é cantado em E.
A canção pertence ao álbum The Unforgettable Fire, o quarto da banda, onde podemos começar a perceber uma mudança – evolução - no modo de Bono cantar, se compararmos com os três primeiros álbuns. A canção homônima, "Bad" e "MLK", são claros exemplos da potência e técnica vocal que Bono desenvolvia.
5 - Miss Sarajevo
O alcance vocal de Bono vai aos dois extremos. Desde um falsete limpo até uma reprodução de tenor. Miss Sarajevo, ao vivo, é a maior prova desse fato.
A canção foi originalmente feita com a participação de Pavarotti. Nos primeiros anos que se seguiram após isso, durante as apresentações da banda, um backing vocal gravado era o responsável por estes versos em italiano.
Mas anos depois, Bono ousou fazer o que poucos fariam em seu lugar. Eliminou o uso dos tais backing vocais de Pavarotti e ele mesmo cantou a música completa. E o fez com uma qualidade avassaladora.
Essa versão de Miss Sarajevo encantou milhares de pessoas durante apresentações da Vertigo Tour (inclusive uma versão arrebatadora, feita no país da música erudita, em que os italianos ovacionaram) e também durante alguns shows da turnê 360°. Exatamente todas as performances, das duas turnês, merecem destaque. Paris é um exemplo disso.
4 - Bad
Considerado por muitos o momento que dividiu de fato a história do U2 e os consagrou internacionalmente.
Seriam três canções no setlist, mas durante Bad, Bono se tornou avassalador e terminou por fazer a música ter mais que 10 minutos.
Misturou snippets (trechos) de canções dos Rolling Stones e de Lou Reed durante os versos. Sua voz estava no auge (à época).
3 - Lemon
Lemon é cantada quase que por completo em falsete. Ao vivo, Bono reproduziu isso com excelência. Nos trechos em que canta normalmente, mostra a capacidade que tem em diversificar sua técnica de canto de hora para outra, sem problema algum.
2 - Where The Streets Have No Name
Durante o concerto inteiro, a voz de Bono esteve em sua melhor forma.
O que Bono faz no começo dessa apresentação em Slane Castle é simplesmente indescritível.
(Ao fim de "All I Want Is You", o vocalista emendou os versos finais com a introdução magnífica de The Edge)
1 - Every Breaking Wave
Em 2014 o U2 foi um dos convidados a participar da premiação feita pela MTV da Europa.
Com um arranjo orquestral e totalmente diferente da versão do álbum, "Every Breaking Wave" foi magnífica.
A entrega de Bono teve um toque de mágica e tirou o fôlego, emocionou, e causou arrepios.
Bono mostrou do que é feita música de verdade: alma.
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