Yes: os álbuns da banda, do pior para o melhor
Por Coelho Rabaiolli
Fonte: Progarchives
Postado em 03 de abril de 2015
19. Open Your Eyes (1997)
Inicialmente, o material seria para um álbum do baixista Chris Squire com o musico Billy Sherwood, este já bem conhecido na america. Quando Jon Anderson se impressionou com o material, mostrou interesse em canta-lo. Posteriormente, o baterista Alan White e o guitarrista Steve Howe trabalharam juntos com o resto da banda para transformarem o material em músicas com o selo YES de qualidade, infelizmente o resultado acabou sendo o oposto.
18. Union (1991)
Após Jon Anderson juntar-se com os ex-membros do YES Steve Howe, Rick Wakeman e Bill Bruford para lançar o álbum "ABWH", a gravadora fez pressão para ressuscitar o estandarte do YES, uma vez que as duas bandas coexistiam. Squire e o Anderson vieram com a ideia de fundir os dois projetos, o que resultou no álbum de 1991 "Union". Entretanto, o material de ABWH tinha sido extensamente reformulado sob a supervisão do produtor Jonathan Elias, que envolveu a substituição de muitas partes de guitarra de Howe com novas tocadas pelo músico de sessão Jimmy Haun. Da mesma forma, com Wakeman indisponível por causa de sua agenda de shows lotada como um artista solo, muitas das partes de teclado foram refeitas por uma variedade de tocadores em uma variedade de estúdios em Los Angeles e Nova York, resultando em um material muito fraco, que desanimou os proprios musicos.
17. Big Generator (1987)
Um álbum trabalhoso de fazer, as sessões de "Big Generator" se arrastaram por dois anos, em grande parte por diferenças criativas. O guitarrista Trevor Rabin foi com o objetivo de progredir além de "90125", enquanto o vocalista principal Jon Anderson estava começando a ansiar por uma música mais tradicional do YES. Trevor Horn, que foi um fator importante no sucesso do disco anterior do Yes "90125" fez parte das sessões de gravação no início, mas desistiu depois de alguns meses devido, em grande parte à sua incapacidade de se dar bem com o tecladista Tony Kaye. A banda gravou algum material na Itália ('Shoot High Aim Low'), se mudou para Londres para produzir 'Rhythm of Love', e finalmente para Los Angeles para produzir as faixas finais para o álbum.
O resultado foi um álbum que foi bem sucedido comercialmente, com duas músicas alcançando o Top 40 dos EUA: 'Love Will Find A Way' (também a #1 na parada Mainstream Rock) e 'Rhythm of Love'. O álbum não foi tão popular como "90125", e sentindo que a banda estava indo em uma direção que ele não queria prosseguir, Jon Anderson começou a trabalhar em outros projetos na conclusão da turnê "Big Generator" em 1988, incluindo uma reforma parcial, com os seus colegas de banda do YES da década de 1970 (esta reforma levaria ao ABWH).
16. Yes (1969)
"Yes" é o álbum de estreia da banda britânica de rock progressivo YES. A formação original consistia no vocalista Jon Anderson, o baixista Chris Squire, o guitarrista Peter Banks, o tecladista Tony Kaye e o baterista Bill Bruford.
Apesar de considerado pela crítica como uma bela abordagem para o começo da banda, o álbum não teve sucesso comercial grande, devido em parte pela inexperiência da banda com os produtores. "Yes" acabou apagado na media pelo álbum de estréia do LED ZEPPELIN, lançado pouco antes.
Duas das oito canções presentes são covers: 'Every Little Thing' do THE BEATLES e 'I See You' do THE BYRDS.
15. Heaven & Earth (2014)
O primeiro álbum a contar com o vocalista Jon Davison, que substituia Benoit após o mesmo não poder prosseguir com a banda por conta de problemas médicos. O álbum chegou ao numero 20 das paradas britanicas, e 26 nas americanas, posições que não haviam sido alcançadas desde os anos 90.
Embora seja um álbum bom, não soa quase nada como o YES. As músicas são muito leves e não possuem muitas caracteristicas realmente progressivas, como por exemplo o tempo que quase não muda nas primeiras faixas. 'Subway Walls' é a unica música do álbum que foi aclamada pelos fãs, as outras ou acabaram passando despercebidas, ou foram duramente criticadas.
14. The Ladder (1999)
Unico álbum a contar com o tecladista Igor Khoroshev, e o ultimo com o guitarrista Billy Sherwood. É também o unico álbum da banda como um sexteto.
Marcado pela volta ao som classico do YES, recebeu criticas positivas dos fãs (isso não implica em terem amado o álbum).
13. 90125 (1983)
Foi o primeiro álbum desde a separação da banda em 1980, também o primeiro a apresentar o novo integrante Trevor Rabin, e a volta do vocalista Jon Anderson e do tecladista Tony Kaye. Sua maior característica é a mudança radical no estilo da banda, passando de um rock progressivo sinfônico para um pop contemporâneo e sintetizado.
"90125" foi lançado pela subsidiária da Atlantic Records, Atco, lançando a banda para a era da MTV. A música era contemporânea e acessível, e o single 'Owner of a Lonely Heart' tornou-se numero um nas paradas dos Estados Unidos. No fim, o álbum rendeu sete milhões de cópias, e a canção 'Cinema' ganhou o Grammy de 1984 por Melhor Rock Instrumental.
12. Time And A Word (1970)
É o último a contar com o guitarrista Peter Banks, que deixou o grupo logo depois do lançamento deste álbum. Em seu lugar entrou Steve Howe, que estreou no álbum seguinte, "The Yes Album" (apesar de não tocar em "Time and a Word", Howe aparece na capa da versão americana, que é diferente da britânica).
É o primeiro álbum da banda a contar com uma orquestra de acompanhamento, dando vida ao chamado Rock sinfônico. Também foi o primeiro a atingir as paradas, alcançando o 45º lugar no Reino Unido.
Depois do lançamento, o grupo iria se reconfigurar e começar a gravar o terceiro álbum logo em seguida, para, enfim, atingir realmente o sucesso e ganhar o mundo.
11. Fly From Here (2011)
Lançado depois de uma pausa de exatos 10 anos, é o unico álbum a contar com o vocalista Benoit David.
O álbum se baseia em uma música composta nos anos 80 durante a era Drama. A faixa foi inicialmente feita pelo THE BUGGLES antes de se unirem ao YES.
Recebeu criticas muito positivas tanto dos fãs quanto dos criticos, recebendo 4 estrelas de 5 da Allmusic, e entrando nas paradas dos Estados Unidos na posição 36.
10. Talk (1994)
Após a turnê grandiosa de "Union" em 1991, Bill Bruford, Steve Howe e Rick Wakeman deixaram a banda de oito membros. Wakeman estava originalmente para fazer parte da formação, mas os conflitos com gestão deixou que isto aconteça. Remanescente foi a formação de 1983-88 de Jon Anderson, Chris Squire, Trevor Rabin, Tony Kaye e Alan White.
[an error occurred while processing this directive]Com Rabin assumindo a liderança, ele tentou re-introduzir o YES para a década de 1990 com uma som magro, orientado de guitarra.
9. Tormato (1978)
Lançado como uma sequência do aclamado "Going for the One" de 1977, "Tormato" recebeu menos do que bondosas críticas após seu lançamento, e possui a virtude de continuar a ser assunto de debate para os fãs e críticos. Alguns apontam que, enquanto as composições tornaram-se curtas e mais atrantes para um público maior, o som clássico da banda ainda continuava presente. Entretanto, muitos fãs e alguns membros da banda - particularmente Rick Wakeman - declararam que a produção do álbum foi defeituosa, resultando em um som comprimido e sombrio. E o baixo de Chris Squire perdeu muito de seu poder.
Rick Wakeman também teria dito que Tormato realmente tinha potencial, mas eles - a banda - não chegaram a extrair o melhor do material que produziram. Steve Howe admitiu que o grupo como um todo estava inseguro musicalmente naquela época. Esse acabou sendo o último disco de estúdio do grupo com Rick Wakeman, até seu retorno em 1991 (no álbum "Union"). Também foi o último álbum de stúdio com Jon Anderson até a reformulação da banda em 1983.
Apesar de tudo, "Tormato" - que teve, assim como em outros discos, trabalho de capa da Hipgnosis - ficou no Top 10 na Inglaterra e nos Estados Unidos, e apresentou o sucesso 'Don't Kill the Whale'.
[an error occurred while processing this directive]8. Magnification (2001)
Foi o primeiro álbum da banda no novo século, e o segundo com uma orquestra completa. Este é o último álbum de estúdio com o vocalista Jon Anderson, que deixou a banda em 2008 devido a preocupações com a saúde, e o último até "Fly from Here de 2011", que apresentou o novo vocalista, Benoît David.
Após a partida do guitarrista Billy Sherwood e do tecladista Igor Khoroshev, e a decisão de Rick Wakeman de não voltar à banda, permanecendo os membros Jon Anderson, Chris Squire, Steve Howe e Alan White, decidiu-se deixar o teclado de lado e contratou-se o compositor Larry Groupe para compor e conduzir a orquestração e as pontes musicais.
"Magnification" teve uma ótima recepção da crítica e dos fãs, embora não no nível dos álbuns mais antigos, como Fragile ou Close to the Edge. O álbum alcançou o #71 no Reino Unido e #186 nos EUA.
7. Drama (1980)
Em meados de 1980, pesquisando novas canções para o álbum seguinte à "Tormato", Jon Anderson e Rick Wakeman saíram da banda alegando diferenças criativas e financeiras. Mais tarde, soube-se que esses dois eram os mais entusiasmados durante sessões de estúdio, com a idéia de um novo álbum, enquanto o resto da banda relutava, por causa do relativo fracasso do álbum anterior. Isso desencorajou os dois que, após uma conversa em um bar após um dia no estúdio, decidiram sair da banda.
Após isso, os membros remanescentes, Chris Squire, Steve Howe e Alan White, carregaram o fardo. Trevor Horn e Geoff Downes da banda THE BUGGLES (que recentemente haviam obtido um hit número um na parada britânica com 'Video Killed the Radio Star') trabalhavam naquela época em um estúdio adjacente. Sendo fãs do YES, foram lá e se apresentaram. A dupla foi convidada a participar durante algumas sessões e logo receberam convite para entrar na banda.
Gravaram durante toda a primavera européia e lançaram o álbum em Agosto. "Drama" apresenta um som distinto ao antigo YES com uma sonoridade new wave (em parte pela tentativa da banda em "atualizar" seu som e também pela presença dos novos recrutas). Talvez para assegurar que um pouco da velha magia ainda existia, Roger Dean foi convidado a fazer novamente a parte gráfica do álbum, o que não acontecia há cinco anos, e Eddie Offord, retornou ao estúdio para ajudar no novo álbum. "Drama" saiu-se muito bem na parada britânica, alcançando um número 2, mas na americana deixou um pouco à desejar, fazendo com que Drama se tornasse o primeiro álbum do YES em anos à não atingir o Top 10 ou conquistar o certificado de "disco de ouro".
De qualquer forma, a turnê americana foi um grande sucesso, mesmo com críticas de parte da mídia e público - a substituição de Jon Anderson por Trevor Horn deixou muitos fãs irados. Aliás, Trevor Horn se esforçou ao máximo - com o agravante de ser sua primeira turnê, com shows e shows seguidos - para emular o tom de voz de Jon Anderson, que sempre alcançou altas notas facilmente.
6. The Yes Album (1971)
O álbum primeiro a contar com a participação do guitarrista Steve Howe, foi lançado pela Atlantic Records em março de 1971. Este foi o álbum que finalmente alavancou a carreira do YES, tendo alcançado #4 no Reino Unido e #40 nos Estados Unidos, onde chegou a álbum de platina. Além de ser o primeiro disco com Steve Howe, também foi o último, por um período de doze anos, a contar com Tony Kaye, que só retornaria ao YES em 1983.
Muitas das características mais marcantes da banda aparecem pela primeira vez neste álbum: * O balanço "democrático" da banda — em que cada virtuoso dava sua própria contribuição significativa — é visto aqui pela primeira vez; Steve Howe já estréia desempenhando papel bastante proeminente. Sua música com um solo de violão acústico, 'Clap' (eternamente rebatizada como 'The Clap', devido à apresentação errônea de Anderson, quando a música era gravada ao vivo), sempre foi uma das preferidas da banda e de seus fãs. O título surgiu por causa do filho pequeno de Howe, Dylan, que aplaudiu (to clap, em inglês) o pai quando ele tocou a música em casa.
* A banda começa a explorar canções maiores com 'Yours Is No Disgrace', 'Starship Trooper', e 'Perpetual Change', que foram precursoras das músicas longas integrantes dos álbuns posteriores "Close to the Edge", "Tales from Topographic Oceans" e "Relayer".
"The Yes Album" é geralmente considerado um álbum clássico de rock dos anos 1970, e um dos melhores da longa carreira da banda. Em 2000, a revista Q Magazine o classificou na 86ª posição em sua lista dos 100 Melhores Álbuns Britânicos de Todos os Tempos.
5. Tales From Topographic Oceans (1973)
"Tales from Topographic Oceans" é o sexto álbum da banda de rock progressivo YES. É o álbum que marca a entrada do baterista Alan White (ex-PLASTIC ONO BAND), substituindo o então baterista Bill Bruford, que estava na banda desde o começo. Além disso, é o último álbum a contar com o tecladista Rick Wakeman (por alguns anos), que voltaria ao YES em 1977, no álbum "Going for the One". Também se diferencia dos outros por ser o único álbum de estúdio duplo da banda. Nele só há 4 músicas, cada uma ocupando um lado inteiro dos LPs.
O conceito do álbum, duplo, com apenas 4 peças musicais, foi o trabalho mais ambicioso da banda até então. Seu lançamento foi cercado de opiniões hostis, inclusive por parte dos críticos musicais, agradando a uns e desagradando a outros. Porém, os ouvintes casuais da banda e os fãs ficaram divididos em opiniões sobre este ser ou não o trabalho mais forte da banda. Alguns fãs o vêem como um álbum muito excessivo e obscuro, enquanto outros o consideram a obra-prima do grupo.
Apesar de tudo isso, o álbum teve um certo sucesso e boa repercussão, sendo constantemente citado em discussões sobre álbuns progressivos e alcançando o 1º lugar nas paradas britânicas e o 6º lugar nas paradas americanas, além de ter sido condecorado com Disco de Ouro em ambas regiões.
4. Going For The One (1977)
Lançado após uma longa parada em que os membros se dedicaram às carreiras solo, é especialmente notável por marcar o retorno do tecladista Rick Wakeman, que saiu do grupo em 1974 logo após a conclusão da turnê de "Tales from Topographic Oceans". Sua re-entrada foi facilitada pela saída do também tecladista Patrick Moraz, que tocou apenas em "Relayer". Mesmo tendo saído antes desse disco, consta o agradecimento à Moraz nos créditos.
Após a parada, a banda reuniu-se na Suiça, com total energia e motivação e pronta para gravar, ao final de 1976. O álbum foi gravado no Mountain Studios pelos engenheiros de gravação John Timperley e David Richards. Após criar longas e épicas canções nos últimos 5 anos, o YES recuou alguns passos para gravar alguns de seus mais diretos e concisos trabalhos desde "Fragile". Wakeman também variou largamente seu som, deixando um pouco de lado seu mellotron e experimentando com órgãos de igreja, como ouve-se em 'Parallels' e na longa faixa 'Awaken'.
O retorno do YES durante o auge do movimento punk foi um inesperado sucesso, com "Going for the One" alcançando o topo das paradas britânicas e colocando um single entre os Top 10, 'Wonderous Stories'.
Com suas qualidades, "Going for the One" é considerado por muitos críticos como um dos melhores trabalhos do YES, e, por muitos, um dos mais subestimados álbuns do Rock. Somando-se a isso, a canção 'Awaken' é considerada por muitos fãs como a melhor música de toda a carreira do grupo. Jon Anderson disse sobre ela "Nós criamos uma grande canção! Eu amo escutar 'Awaken', ao menos posso dizer que criamos uma Obra-Prima". Em muitas entrevistas, 'Awaken' é considerado pelos membros da banda como a mais complexa e consistente composição do YES.
3. Fragile (1971)
"Fragile" é o quarto álbum da banda. É mais conhecido pela música 'Roundabout', que foi lançada em uma versão editada na forma de single e se tornou o primeiro grande sucesso da banda. Este disco deu início a duas parcerias longas e produtivas: com o tecladista Rick Wakeman e com o artista plástico Roger Dean.
Diferente dos discos anteriores do YES, este disco apresentava os talentos individuais dos membros da banda. Isso foi feito para poupar o tempo de gravação e lançar o disco rapidamente, já que a banda precisava de dinheiro para pagar o equipamento de Wakeman. 'Cans and Brahms' é uma composição de Johannes Brahms, arranjada por Rick Wakeman; 'We Have Heaven' é uma composição de Jon Anderson aonde ele canta todas as partes vocais, criando várias harmônias (ele viria a usar essa técnica novamente em seu disco solo "Olias of Sunhillow"); enquanto 'Five Per Cent For Nothing', 'The Fish' e 'Mood For A Day' são de Bill Bruford, Chris Squire e Steve Howe, respectivamente. O restante das músicas são de toda a banda.
2. Relayer (1974)
Foi o único álbum a contar com o tecladista Patrick Moraz (futuro MOODY BLUES), que entrou no lugar de Rick Wakeman, saído do grupo em 1973. Depois deste álbum, os membros passaram a se dedicar mais às suas carreiras solo, tal que o próximo álbum só seria lançado em 1977.
O álbum tem o mesmo formato musical de "Close to the Edge": um longo e imponente épico no primeiro lado, abrindo o LP, e duas longas músicas no segundo lado, porém mais curtas que a primeira, ambas com 9 minutos. 'Gates of Delirium' é uma peça impactante de 22 minutos inspirada pelo livro Guerra e Paz de Leo Tolstoy. A letra se refere justamente à guerra, dizendo como ela é desnecessária e contando suas futilidades. É uma das músicas mais agressivas feitas pela banda, musical e liricamente falando. No entanto, aos 16 minutos ocorre um contraste, uma vez que a música torna-se bem mais suave e calma, como se outra começasse a partir daquele ponto. Daí até o final, esta melodia gentil continua e encerra o épico. Esta parte que difere do resto da música foi intitulada 'Soon' e lançada como um single em 1975. O segundo lado começa com 'Sound Chaser', uma música mais experimental e com grande influência do jazz, contendo elementos típicos do chamado Jazz rock (gênero que esteve em alta no final da década de 60 e na de 70 inteira). Contém alguns improvisos por parte dos membros da banda e todos tocam um solo, tornando a música muito difícil de ser executada. Destacam-se a bateria rítmica, técnica e virtuosa de White, o sintetizador bem elaborado de Moraz, a guitarra ácida de Howe, e o baixo rápido e ao mesmo tempo seguro de Squire. O álbum termina com 'To Be Over', a música mais calma e melódica do disco, que conta com suaves arranjos no teclado acompanhados por uma guitarra Steel com pedal (também usada na primeira música) e uma cítara elétrica (ambas tocadas pelo guitarrista Steve Howe).
A gravação do disco foi feita no estúdio pessoal de Chris Squire, em sua própria casa, em Surrey, Inglaterra. A mixagem e a pós-produção das músicas foram feitas nos estúdios Advision, em Londres.
Esta gravação deu um som especial aos sintetizadores e instrumentos de percussão. Moraz havia adquirido um sintetizador de última geração que ainda estava em estágio de desenvolvimento, um protótipo conseguido diretamente com o fabricante. Isso deu às músicas sons mais modernos e efeitos até então inexistentes ou pouco explorados em sintetizadores, como barulhos de pessoas (como se estivessem num show) e vento (ambos efeitos usados na primeira música). Jon Anderson contou em 2003 que ele e White, a caminho da casa de Squire, compraram alguns pedaços de metal num ferro-velho, inventivamente usados no álbum como instrumentos de percussão (principalmente em 'Gates of Delirium'). Esses metais, juntos com as outras inovações, deram à música um tom mais denso e pesado, um som bem concreto. O álbum é o que tem mais gravações, mixagens e efeitos entre todos da vasta discografia do YES.
1. Close To The Edge (1972)
"Close to the Edge" é o quinto álbum da banda, tendo sido lançado em 1972 pela Atlantic Records. É considerado por muitos fãs e críticos a grande obra-prima da banda. O álbum também marca a saída do baterista Bill Bruford, que em junho de 1972, logo após o término das gravações do álbum, deixou a banda para tocar no KING CRIMSON, tendo sido substituído por Alan White.
"Close to the Edge" iniciou uma tendência da banda em incluir uma canção no modelo épico, significantemente mais longa que as outras, o que foi seguido em álbuns seguintes como "Relayer" (1974, com a canção 'The Gates of Delirium') e Going for the One (1977, com a canção 'Awaken'). As influências religiosas introduzidas por Jon Anderson, que posteriormente formariam a base de "Tales from Topographic Oceans", já estão evidentes nas composições e letras das três faixas do álbum. Renovação e repetição também são outros temas principais; a faixa título inicia e termina com o mesmo efeito sonoro de água e pássaros e em 'Siberian Khatru' existe a repetição de termos de duas sílabas. De acordo com a propria banda, a canção título é inspirada pelo livro de Hermann Hesse Sidarta, o que explana várias letras misteriosas.
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