Resenha - Mondo Massari - Fábio Massari
Por Paulo Severo da Costa
Postado em 16 de março de 2014
Ah, Mondo Cane!! Será que o jornalismo musical se afogou em meio ao oceano digital do cotidiano movido a speedball do século XXI? Me lembro da alegria que era esperar a edição mensal da BIZZ – que eu demorava meia hora para devorar e passava o resto do mês relendo até me sentir nauseado- a edição primeira (e única, acho) de "BARULHO" do BARCINSKI onde vi pela primeira vez a palidez cadavérica de LUX INTERIOR e a primeira menção ao MUDHONEY.
Hoje não sei o que ler, não sei que música escutar, faço downloads que nunca escuto, perdi o caminho há três redes sociais atrás. Sinto um pouco de falta daquela miséria desgraçada de informação, sinto saudades do pôster da SOMTRES resenhado no verso pelo PAULO RICARDO (é esse mesmo..). Acompanho alguns autores mais contemporâneos como SIMON REYNOLDS e GREIL MARCUS - mas sinto falta da faca na garganta que LESTER BANGS apontava para tudo e todos...
FABIO MASSARI deve pensar mais ou menos como eu; seu veículo é a verborragia galopante, suas idéias são cuspidas em um exercício quase epilético de brainstorm, seu interesse concomitante por FRANK ZAPPA e post-punk húngaro o fazem um homem da Renascença nos paupérrimos dias atuais. Seja no mainstream absoluto do auge da mega-corporativa MTV, seja escrevendo em azulejo de parede de boteco, MASSARI produz um conteúdo angular no que chama de jornalismo rock.
"Mondo Massari" reúne textos condensados em veículos e plataformas diversas e, compreendida em um espaçamento de quinze ou vinte anos são reunidos excertos de uma obra que agrega entrevistas com os decanos do GANG OF FOUR misturado aos portugas "cult" do MÃO MORTA, resenhas de discos eclípticos de tão obscuros junto a uma inegável (e charmosamente brega) crônica sobre o show do POLICE no Brasil no início dos anos 80.
FELIPE HIRSCH prefaciou e, em determinado trecho, matou a charada: "livros como este do MASSARI são as âncoras que nos permitem navegar para longe e voltar". Amém, reverendo.
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