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Corrosion Of Conformity: Entrevista com o guitarrista Woody Weatherman

Por Homero Pivotto Jr.
Postado em 13 de maio de 2018

O tempo é capaz de corroer as estruturas, e até a vivacidade, necessárias para manter uma banda ativa por décadas de maneira convincente. O bom é que nem todos os grupos cedem, com o passar dos anos, à conformidade de uma carreira relativamente bem estabelecida ou ao status de cult. Vide o Corrosion of Conformity, hoje quarteto formado em 1982 que vem ao Brasil para dois shows em maio: 12 em São Paulo, no Vic Club, e dia 13 no Rio de Janeiro, no Teatro Odisseia. O conjunto chega embalado pelo lançamento de No Cross No Crown (2018), décimo disco da carreira. O trabalho traz à bordo novamente, após 12 anos, o vocalista e guitarrista Pepper Keenan em companhia daquela sonoridade black sabbath/flag suja de blues que deu destaque aos caras nos anos 1990.

Corrosion Of Conformity - Mais...

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Influências, nuances da carreira e trocas na formação são alguns dos assuntos abordados na entrevista que segue, respondida pelo guitarrista fundador da bagaça, Woodroe "Woody" Weatherman.

O Corrosion of Conformitty é uma das poucas bandas que consegue transitar com propriedade entre estilos como hardcore e stoner mais influenciado por Black Sabbath. Como é essa variação para você? Continua ouvindo bandas punks e de rock mais clássico, como o mencionado Sabbath?

Woodroe "Woody" Weatherman — Com certeza! Sigo curtindo bastante coisas punks antigas. Estou sempre colocando para rolar Stranglers, Ramones, Black Flag ou algo de hardcore. Nós, como banda, sempre fomos fãs tanto de punk quanto de metal, com certeza. Tudo isso junto foi o que nos influenciou no começo.

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Já que mencionamos clássicos: como é ver bandas que fizeram história saírem de cena — independemente da razão pela qual elas param de tocar? Temos o já supramencionado Black Sabbath, o Motörhead e até o Slayer jogando a toalha. Dado o atual contexto, musical e da indústria do entretenimento, há chances de novos representantes ocuparem o lugar deixado por esses baluartes do rock? Caso sim, qual seriam os novos artistas capazes dessa façanha?

Woody — Pepper e eu conversávamos sobre isso recentemente. Nos perguntamos: o que vai acontecer quando todos esses caras das antigas se forem? Quem vai encabeçar os festivais e coisas assim? Difícil dizer se alguma banda atual realmente conseguiria preencher tal vazio. Nunca haverá outro Motörhead ou Sabbath.

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Para o novo álbum ‘No Cross No Crown’ o C.O.C trouxe de volta o guitarrista e vocalista Pepper Keenan. Como essa mudança na formação altera a forma como a banda cria músicas? E, principalmente, como isso influencia seu papel de guitarrista?

Woody — Definitivamente é diferente quando temos dois guitarristas para criar sons. É muito divertido fazer solos e harmonias. A dinâmica é diferente quando compomos e ainda nos abre portas para irmos um pouco além ao vivo.

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A receptividade ao trabalho mais recente tem sido bem positiva. Quando o processo de gravação foi concluído vocês tiveram aquele sentimento do tipo: "é, esse trampo vai detonar por aí"? Ou essa reação dos fãs e da imprensa era inesperada?

Woody — Uma vez que tínhamos alguns sons das gravações do disco começamos a sentir que seria material dos bons. Gosto do clima cru do álbum. Algumas das faixas foram criadas no estúdio mesmo e registradas de maneira bem natural.

Ainda é viável para uma banda como o C.O.C viver da venda de discos e dos ganhos com shows? E isso me leva à outra questão: todos os integrantes trabalham só como músicos ou alguém tem emprego ‘normal’?

Woody — Bem complicado viver somente como músico, mas fazemos o melhor que podemos.

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O C.O.C fez shows recentemente ao lado do Clutch e do Eyehategod (que, inclusive, toca no Brasil este ano). E, tanto vocês como as duas bandas mencionadas, apesar de diferentes entre si, têm em comum o fato de não serem apenas metal. São grupos que pegam elementos de diferentes vertentes do som pesado para criar suas respectivas sonoridades. Como o Corrosion forjou a própria musicalidade? Como foram entendendo o que funcionava e o que não era bacana para as músicas que criavam?

Woody — Algo que sempre tentamos é não fazer o mesmo disco cada vez que gravamos. Costumamos escolher caminhos diferentes e não ficar acomodados no mesmo lugar, musicalmente falando. Curtir diferentes estilos de música têm nos ajudado a variar em cada lançamento. Temos de estar dispostos a arriscar de vez em quando.

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Como é estar de volta à estrada atualmente não sendo tão jovem para aguentar possíveis excessos nas turnês? Afinal, não é segredo que a alguns membros do C.O.C curtem uma birita e já houve até quem tivesse problemas com vícios e talz?

Woody — Muita moderação é a chave para ficarmos saudáveis na estrada. Às vezes as pessoas podem esquecer disso.

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O que sente/pensa nos momentos que antecedem o palco? Logo ali, pouco antes de entrar em ação e mandar brasa?

Woody — A maioria das vezes algo como ‘vamos curtir e fazer com que a plateia também entre na festa’.

Quais considera as maiores conquistas para um músico que cresceu na Carolina do Norte (EUA) e rodou o mundo com uma banda de rock?

Woody — Sou humildemente honrado por continuar fazendo discos e tocando ao vivo com uma banda. Temos sorte de ter um público fiel. São os fãs que fazem tudo acontecer.

Por favor, liste 3 bandas antigas que ainda segue ouvindo e 3 novos nomes que acredita valer a pena escutar hoje em dia:

Woody — Ouço até hoje Priest, Maiden e ZZ Top, além de outros mais pesados como Obituary e Slayer, por exemplo. Alguns grupos mais atuais que tenho curtido são Mothership, do Texas, e alguns não tão novos assim, como YOB e Mutoid Man.

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Sobre Homero Pivotto Jr.

Pai do Benjamin, jornalista e assessor de imprensa. Idealizador e apresentador do videocast O Ben para todo mal (que entrevista pessoas ligadas à música para falar sobre filhos e som). Vocalista da Diokane e da Tijolo Seis Furos (TSF).
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