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King Diamond: esse é o melhor momento para nos ver, diz o Rei

Por Leonardo Daniel Tavares da Silva
Postado em 05 de junho de 2017

Faltam poucos dias para um dos maiores shows do ano. Junho é o mês do Liberation Festival, um festival imperdível com atrações de cinco países. Representando a cena brasileira, o TEST. Dos Estados Unidos, uma das melhores bandas da atualidade, o LAMB OF GOD. Da Inglaterra, o lendário renovado e reinventado CARCASS. Dando espaço às novidades, o HEAVEN SHALL BURN, da Alemanha. E da Dinamarca, a atração principal, um ato que, sozinho, já seria capaz de trazer a São Paulo multidões de Norte a Sul do Brasil: o grande KING DIAMOND. E quando falo em multidões do Norte ao Sul do Brasil eu não exagero. Conversei com Kim Bendix Peterson sobre o Liberation Festival e me vi compelido a comprar logo minha passagem (moro em Fortaleza). Passamos 20 minutos conversando com o Rei e toda essa conversa, em que ele também falou sobre sua saúde, seu novo estúdio e sobre um possível retorno do MERCYFUL FATE. King também mostrou lembrar das cidades em que esteve da última vez que visitou nosso país e afirmou categoricamente: "este é o melhor período para nos ver. Será uma experiência que você nunca vai esquecer na sua vida inteira".

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Daniel Tavares: É uma honra estar falando com você, muitos dos meus amigos gostariam de estar no meu lugar agora. Mas, vamos trabalhar. Ok, então... vamos começar com o show, você é o headliner do Liberation Festival em São Paulo em 25 de junho, além do Abigail na íntegra, o que os fãs podem esperar deste show, quanto tempo você irá ficar no palco, podemos esperar alguma coisa do Fatal Portrait, por exemplo, ou do Mercyful Fate?

Kim Bendix Petersen: Sim, sim, sim [longa pausa], sim a todas elas. O show vai ter duração de mais ou menos uma hora e meia. É um show idêntico ao que temos tocado faz um tempo. Em dezembro de 2009, exatamente outubro, novembro e dezembro nós fizemos uma turnê nos Estados Unidos com o mesmo set. Nós tocamos o Abigail na íntegra e este setlist é idêntico, nós o tocamos também no último verão em vários festivais na Europa, Sweden Rock Festival, Copenhell... nós tocamos no Graspop Festival e Hellfest... nós tocamos bastante neste verão. Você tem que trazer tudo, sabe? Nós temos uma chance de fazer isso porque estamos em uma situação na qual estamos finalizando um DVD agora... este é um DVD que tem "aquele" show, e nós gravamos dois shows que consiste em... um show da turnê americana, é um show num clube e um show de arena que foi do Graspop ou Hellfest, que serão dois shows inteiros, mas completamente diferentes, indoor e outdoor, que gravamos durante a turnê inteira. Usamos nove câmeras GoPro extra para todos os tipos de efeitos, havia uma GoPro no caixão, na cripta do bebê, até na varanda, em todos os lugares diferentes... são muitas tomadas para se ter, e eu vi alguns clipes que são incríveis. Então, tudo ficará pronto esse ano e também iremos começar a trabalhar no próximo álbum de estúdio, escrevendo e gravando. Normalmente não fazemos shows durante este período de tempo porque estamos trabalhando. Mas estamos pensando que talvez possamos fazer shows em lugares que não íamos há muito, muito tempo. Ao invés de turnês completas pelo menos um show lá, então estaremos levantando o nosso container completo com a produção inteira deixando Copenhagen em março para chegar na Cidade do México, primeiro, em 6 de maio, depois o navio sai de lá para São Paulo para tocarmos lá em 25 de junho e depois seguimos para os Estados Unidos para fazermos um único show. Este show será em Las Vegas e depois iremos para algum lugar que não posso falar agora... acho que vai acontecer, nós saberemos em breve. Mas entre um show e outro nós continuamos escrevendo e gravando. Isso vai nos manter muito ocupados, mas tudo o que tivermos chance de fazer será algo bom, sabe? Está é a primeira vez no Brasil que usaremos a produção inteira. E a produção que temos agora é a maior que já tivemos, sabe? Então, esta será a melhor chance de ver e ouvir o King Diamond porque a banda soa mais coesa e melhor do que nunca. Minha voz está melhor do que em qualquer outro momento da minha carreira inteira. Desde que fiz a cirurgia no coração em 2010, nunca mais fumei um cigarro sequer, nem uma única tragada. Estou vivendo de maneira saudável, comendo de maneira saudável, fazendo caminhadas que o médico disse para eu fazer... estou numa forma muito melhor, nem fico mais cansado após um show... normalmente, antigamente, quando eu estive pela última vez no Brasil, por exemplo, quando terminamos de tocar eu estava desse jeito [King simula estar ofegante]. "Não fale comigo agora, eu preciso recuperar o meu fôlego" e agora... nada. Nós saímos do palco suando como malucos mas falamos como sempre, é assim que é: uma forma muito, muito melhor. Então, muitas coisas boas aconteceram daquelas coisas ruins. E nós ainda tocamos. E porque nós tocamos "Abigail" tantas vezes, aquele sentimento de 1987 está realmente de volta! Em mim e nos outros caras na banda. Isto é o que faz daquele álbum cheio daquele estilo até mesmo em termos de som. Costumamos usar as coisas ao estilo mais antigo... o equipamento... os dois preamps e coisas assim. Isso deixa o som muito mais dinâmico. E por causa de cantar tanto ele ("Abigail") agora, eu voltei à mesma visão que eu tinha nas letras, a visão que eu tinha em como usar a voz. Naquela época, todos os vocais, na minha opinião, eram primeira voz. Nada era primeira ou segunda voz. Não! Tudo era primeira voz. Alguma vez que você for escutar o álbum, com a primeira voz cantando e, de repente, aparece o coral cantando no lado esquerdo algumas partes das letras, e então muda para o lado direito. E estava tudo cantando as letras. E é este estilo que quero trazer de volta para o álbum novo. Eu tenho o meu próprio estúdio em casa agora. Isto vai ajudar bastante. Temos todos os equipamentos profissionais topo de linha lá, então eu posso ir lá e cantar pela manhã. Eu posso experimentar coisas que não conseguia antes, porque quando você entra no estúdio, o ponteiro do relógio anda e o metrônomo funciona e você paga por cada segundo que você está lá. Agora, este não será o caso. Nós temos tantas coisas boas acontecendo, que eu tenho muitas, muitas esperanças boas que esse álbum vá ser melhor que tudo o que já fizemos, mesmo que seja muito, muito difícil de superar o "Abigail", porque ele foi o primeiro do seu tipo que surgiu. Outras bandas têm feito álbuns conceituais depois, claro, mas ninguém fez um álbum conceitual de terror e isso é uma das coisas que o "Abigail" tinha e era muito forte. Também esse estilo de música, estilo de canto, a forma com que criamos a história, você pode ver todo tipo de instrumento: violoncelos para ressaltar as partes mais misteriosas, isso tudo veio junto antes de todo mundo. É disso que faz o "Abigail" ter um impacto maior, então é tudo isso que tá rolando. Coisas boas.

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Daniel Tavares: Obrigado por nos deixar atualizados, você acabou respondendo outras três perguntas que eu tinha para fazer, obrigado mesmo. Eu não moro em São Paulo, mas depois de ouvir você falar tudo isso eu vou comprar uma passagem pra São Paulo, com certeza eu vou.… eu vou comprar agora. Eu quero ir agora...

Kim Bendix Petersen: (risos) e eu te digo, esse é o melhor momento para nos ver, se é que já houve um tempo que não fosse bom. Esse é o melhor por causa da banda e dos novos músicos e há tantas coisas boas neste selo em que estamos agora porque não me sinto mais preocupado no palco, sei que tudo está bem, temos uma ótima equipe, a equipe vai garantir que o som está bom no palco, tudo está onde você precisa. E é teatro, tanto quanto heavy metal. É muito teatral. Quando você assistir, eu te garanto que nunca irá esquecer. Essa é uma experiência que você nunca irá esquecer, sempre estará na sua mente, bem como a gente no Brasil tocando. Eu disse à minha esposa: você nunca vai esquecer de quando esteve lá, você nunca irá esquecer porque é incrível você irá levar algo com você do qual irá se lembrar para sempre do Brasil, os fãs são in-crí-veis. Você não consegue entender o quanto são tão dedicados e é por isso que vamos vê-los novamente.

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Daniel Tavares: Isso é ótimo! Eu ia comprar a passagem mais próximo do show, acho que vou comprar hoje... hoje que estou conversando com você.

Kim Bendix Petersen: De onde você é?

Daniel Tavares: Sou de Fortaleza, é no nordeste do Brasil, fica a mais ou menos 3.000 quilômetros de São Paulo.

Kim Bendix Petersen: Uau.

Daniel Tavares: Você poderia vir pra cá.

Kim Bendix Petersen: (risos) tá bom, sim.

Daniel Tavares: Você veio a Recife uma vez há muitos anos atrás, isso foi...

Kim Bendix Petersen: Bem como em Belo Horizonte, também, acho que tocamos seis shows no total.

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Daniel Tavares: Ok, vamos as próximas perguntas... Você é o headliner do festival, mas antes de você e sua banda, algumas outras bandas vão tocar. HEAVEN SHALL BURN, CARCASS e LAMB OF GOD vão tocar. Você conhece essas bandas e o que acha delas?

Kim Bendix Petersen: Eu ouvi falar do CARCASS, mas não sei muito sobre eles.

Daniel Tavares: Ok. De volta ao "Abigail", a história que você conta no álbum se encaixaria perfeitamente como um filme de Hollywood, assim como o "Revenge..." e outros álbuns que você fez. Você já teve a intenção de levá-lo a Hollywood ou alguém da indústria da música chegou pra você com alguma proposta pra você pra fazer algum filme de terror...

Kim Bendix Petersen: Ninguém ligou ainda até agora que fosse sério e bom o suficiente. Houve algumas abordagens, mas sempre foram mais ou menos de pessoas que gostariam de tentar fazer alguma coisa se conseguissem alguns patrocinadores. E você acaba pensando: náááááá [o não dele acaba parecendo um bocejo] Se nós fizermos isso, vai ser como tudo o que fazemos. Ou fazemos isso direito ou nós não fazemos. Tem que ser uma grande empresa. Tem que ser as pessoas certas pra fazer isso, se nós permitirmos que alguém faça isso, mas, sabe, não apareceu a pessoa certa ainda. Eu adoraria se nós tivéssemos isso. Mas uma boa forma de fazer isso acontecer seria, quando nós tivermos um tempo extra, eu adoraria fazer algumas dessas histórias na forma de um livro, um romance. E esta é a melhor forma de fazer com que as pessoas se interessem, se fizer sucesso e atrair alguém interessado e talvez com um script e descobrindo o tanto de interesse que há em Hollywood. Então, eu não diria que isso nunca vai acontecer, e eu amaria que acontecesse, mas tem que ser do jeito certo.

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Daniel Tavares: Eu entendo. Lá atrás, quando eu tive minha primeira fita sua, não era fácil encontrar informações sobre as bandas. Não havia Internet. Eu não acreditei... na primeira canção que eu ouvi sua, eu acho que era "No Presents for Christmas", lá no começo dos anos 90, eu acredito...

Kim Bendix Petersen: Foi em 1985. Saiu em dezembro de 1985, antes do álbum 1985

Daniel Tavares: Eu não acreditei quando meu amigo me contou que você era apenas uma pessoa, porque eu pensava que eram dois vocalistas. Quando você faz o falsete, depois muda para aquela voz mais rosnada, mais gutural... Que cuidado especial você toma com sua voz para mudar tão naturalmente, além de fazer as caminhadas que você me contou que seu médico te mandou fazer? O que você faz para manter sua voz em forma?

Kim Bendix Petersen: Eu não faço muito na verdade. Eu tenho cuidado. Eu não grito durante o dia ou por qualquer coisa. Eu apenas sento dois dias antes e percorro o set que eu estou trabalhando e ensaio um pouco pra ver como as coisas estão indo. Já fizemos alguns ensaios e a voz está mais forte que tudo. Não tenho feito nada especificamente. Quando eu tenho algum, eu tento tomar um mel extremamente natural. Apenas uma colher de chá. Ponho ele na boca e muito lentamente deixo ele escorrer pela minha garganta. Esse mel tem uma habilidade reparadora e é um tipo especial de mel. Ele funciona muito bem. Basta um pouco dele. Senão, quando estou no palco, eu bebo água. Água, água, água. Eu mantenho uma xícara de chá por perto. E também tenho Gatorade por trás do palco. Eu tenho duas opções, ou duas oportunidades, para tomar Gatorade por trás do palco e eu faço isso. Eu tomo uma garrafa em duas goladas. Eu tenho poucos segundos, então eu só boto pra dentro. É bom pra tudo. Os médicos me contaram que contaram que é uma coisa boa pra mim também, para manter a hidratação corretamente, sabe? Então, embora eu tome cuidado com o que faço, não há nada específico para a voz. Eu não ando por meia hora ou algo assim. Eu nunca fiz. Eu vou direto para a banheira. Mas o que funciona melhor é diferente de pessoa para pessoa. Todo mundo tem coisas diferentes que gosta de fazer. Alguns fazem isso, alguns fazem aquilo. E eu notei que você não pode dizer para alguém: "você precisa fazer isso". Você pode dizer: "você deveria tentar isso e ver como funciona. Pode ser que não dê certo, mas você deveria tentar". Mas, sabe, é muito diferente de pessoa pra pessoa o que devem fazer.

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Daniel Tavares: Eu também entrevistei, há um ano atrás, o Hank Shermann [guitarrista do MERCYFUL FATE, confira no link abaixo] e ele me contou que você, eu perguntei pra ele se haveria uma chance de retorno do MERCYFUL FATE no futuro com você, com ele, com o Denner, com o Snowy, e ele me contou que estava completamente aberto a isso. Entretanto, ele me disse que não seria logo porque ele está tendo seu trabalho com o DENNER/SHERMANN, você está tendo seu trabalho com seu novo álbum e novo DVD, mas talvez em 2018, 2019, se vocês tiverem chance, se reuniriam para um show ou turnê. O que você diz sobre isso?

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Kim Bendix Petersen: Sempre tem a opção. Sempre tem a chance. Depende do que acontece e de como as coisas se desenvolvem. Nós temos um monte de trabalho com o KING DIAMOND, sabe. Nós temos o DVD, temos que terminar de compor o novo álbum e gravá-lo, e todas essas coisas. E uma vez que ele estiver gravado, teremos um novo álbum lançado e nós vamos ter que fazer... não vamos ter que fazer, vamos querer fazer um novo ciclo de shows, mas podem ter coisas acontecendo. Eu falei com o Hank, nós estamos fazendo negócios juntos, com todo o merchandise e coisas assim. Então, para mim, eu jamais diria nunca. Essa é a verdade. Existem coisas que... eu mencionei que tenho meu próprio estúdio pessoal aqui, que seria muito útil na gravação de coisas. Isso também abre todas as chances, sabe? Você pode gravar canções. Ninguém sabe como a indústria da música será nos próximos anos, na verdade. Está mudando muito agora. E pode ser que os álbuns sejam feitos de uma forma diferente. Se ir cada vez mais para os serviços de streaming, pode ser que as gravadoras forneçam direto para os serviços de streaming e de repente tudo fique em função de catálogos e coisas assim, então, de que adiantará um novo álbum? Pra que vai servir? Fazer um novo ciclo enquanto novas canções estão disponíveis tanto para os serviços de streaming e também, claro, para os fãs comprarem... Pode ser apenas umas quatro canções novas de cada vez e lançadas porque haverá menos CDs normais sendo lançados. Ainda será possível comprar CDs, mas deve ser cada vez menos. Eu não sei o que vai acontecer. Então você realmente não sabe se o Hank e eu vamos trabalhar em mais canções. Temos que dar uma olhada, só por diversão. Se ele fizesse isso, eu, provavelmente, quando tiver algum tempo, vou dar uma trabalhada nelas, só por diversão. E, de repente, quem sabe o que pode sair disso? Eu quero dizer, ninguém sabe essas coisas. Tudo é possível. Eu nunca diria nunca para isso. Eu sei que um monte de pessoas adoraria ouvir, mas é uma questão de ver o que acontece. Nunca diga nunca. Eu certamente não diria que não. Eu sempre disse que é certamente possível, depende de como as coisas se desenrolem, mas é mais fácil produzir coisas quando você tem o seu próprio estúdio.

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Daniel Tavares: Você influenciou um monte de músicos, uma cena inteira com seus álbuns, especialmente o "Don't Break The Oath" e o "Melissa" com o MERCYFUL FATE e também com seus álbuns da carreira solo, mas eu também gostaria de saber das suas próprias influências [na verdade, a pergunta feita foi sobre as influências brasileiras, mas o rei preferiu citar todas em geral]. Também gostaria que você mandasse uma mensagem para todos os seus fãs, especialmente para aqueles que vão estar no seu show em 25 de junho.

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Kim Bendix Petersen: Existem realmente bandas que me influenciaram. Existem muitas bandas que me influenciaram: CAPTAIN BEYOND, BLACK SABATH, DEEP PURPLE, URIAH HEEP, ALICE COOPER... Existem muitas e muitas bandas que me influenciaram. WISHBONE ASH...se eu continuar vou falar de tantas bandas que foram tão boas. No vocal, meu vocalista favorito de todos os tempos é o David Byron, do antigo URIAH HEEP. Este é o meu favorito. E antes de subirmos ao palco, você vai ouvir uma canção que me dá um sentimento muito especial, do URIAH HEEP, do álbum "Demons and Wizards", esta canção se chama "The Wizard". A letra, de alguma forma me faz sentir como se fosse eu falando comingo mesmo, me contando como seria nos ver tocando ao vivo. Esse é o sentimento que eu tenho quando escuto esta canção. Ela toca bem antes da intro. Com o KING DIAMOND, toda vez que tocamos ao vivo, quando você escuta a "The Wizard" começando a tocar, três minutos depois nós começamos. E todo mundo está atrás do palco. Se existe algum tipo de aquecimento, é esse, nós nos juntamos e cantamos juntos essa canção antes de subir ao palco. Então, essa é uma que é muito especial para mim, era uma banda maravilhosa e foi uma grande influência no meu estilo vocal. Também trazemos outras músicas, podemos fazer uma mistura daquelas bandas que eu mencionei antes, mas essa é especial.

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Kim Bendix Petersen: E para os fãs brasileiros, eu diria, se vocês gostam do que fazemos, esta época na nossa careira é o melhor tempo para ver e ouvir o KING DIAMOND. Nós temos uma produção completa, não tem nada faltando, a banda está mais coesa que nunca, nós temos a melhor equipe que já tivemos, eles fazem com que nos sintamos seguros no palco, não há nada que nós tenhamos que nos preocupar, a não ser com o que temos que fazer, tocar nossas próprias coisas. E isso faz com que eu goste de tocar esses dias mais do que eu jamais gostei. Minha voz, pessoalmente, está melhor. Está mais fácil de fazer as coisas hoje do que era em 1987. Este é o tempo para nos ver e eu lhe garanto que você nunca, nunca vai esquecer. É tão especial que você não vai esquecer jamais, pelo resto da sua vida. E até chegarmos aí, apenas fiquem maravilhosos como vocês sempre estiveram. E fiquem "heavy", isso é o mais importante.

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O Liberation Festival acontece no Espaço das Américas, em São Paulo, em 25 de junho. Apesar da grande procura, ainda há ingressos à venda na bilheteria do Espaço das Américas, pelo site da Ticket 360, pelo telefone (11 2027-0777) e pontos autorizados pela empresa.

Agradecimentos:
The Ultimate Music e Liberation, que nos proporcionou este encontro com o Rei.
Jefferson Matheus, pela valiosa ajuda na transcrição desta entrevista.

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Fotos: Site Oficial do King Diamond e cartaz do show.
http://www.kingdiamondcoven.com/site/

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Sobre Leonardo Daniel Tavares da Silva

Daniel Tavares nasceu quando as melhores bandas estavam sobre a Terra (os anos 70), não sabe tocar nenhum instrumento (com exceção de batucar os dedos na mesa do computador ou os pés no chão) e nem sabe que a próxima nota depois do Dó é o Ré, mas é consumidor voraz de música desde quando o cão era menino. Quando adolescente, voltava a pé da escola, economizando o dinheiro para comprar fitas e gravar nelas os seus discos favoritos de metal. Aprendeu a falar inglês pra saber o que o Axl Rose dizia quando sua banda era boa. Gosta de falar dos discos que escuta e procura em seus textos apoiar a cena musical de Fortaleza, cidade onde mora. É apaixonado pela Sílvia Amora (com quem casou após levar fora dela por 13 anos) e pai do João Daniel, de 1 ano (que gosta de dormir ouvindo Iron Maiden).
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