DNR: experiência e dedicação em prol da música pesada
Por Junior Frascá
Postado em 20 de julho de 2014
Já com 14 anos de estrada, o DNR (sigla para a expressão "Do Not Resuscitate"), grupo de Jundiaí, pode ser considerado um veterano na cena. Contudo, apenas recentemente que os caras lançaram seu primeiro álbum completo. Mesclando thrash, metalcore e até algo de death metal, a banda mostra que toda a experiência adquirida nesses vários anos de carreira não foi em vão, criando um trabalho sólido e de muita qualidade (vide a resenha do trabalho no link ao final). Na entrevista a seguir, o guitarrista André Muerto conta um pouco sobre esse novo passo da banda, e sobre os planos para o futuro. Confiram:
O mais recente álbum, autointitulado, foi lançado no ano passado e vem rendendo bons elogios pela mídia. Vocês esperavam por isso?
André: Eu sempre fiquei na dúvida sobre a possibilidade das críticas serem positivas ou negativas. Mas confesso que fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que elogiaram! O público do Metal é muito fiel, quando você mescla Death, Thrash, HardCore e uns Grooves, você pode esperar qualquer tipo de reação.
O DNR mistura vários estilos para criar seu som. Como vocês definiriam a música da banda?
André: Na verdade, eu não sei definir direito. Acredito que cada som nosso tem uma característica. Definindo por estilo, no geral, eu definiria como Thrash Metal e HardCore. A ideia é manter a agressividade sonora mesmo.
Outra característica do grupo são as letras. Quem fica responsável por elas? Não adianta nem perguntar de ondem vem a inspiração, pois em nosso país não falta!
André: Todos da banda têm sempre algo pra acrescentar, tanto nas letras como no som mesmo. Eu e o Thiago Zavatti gostamos muito de compor! Da minha parte, geralmente eu levo o "esqueleto" pros caras, aí acaba virando uma coisa conjunta.
A banda já se aproxima dos quinze anos de idade. Teria como fazer um paralelo entre a cena de hoje e dos anos 2000?
André: Ah, muita coisa mudou! Tudo é muito acessível hoje em dia. É muita informação espalhada rapidamente, o que acaba diversificando bem o gosto do público. Sei lá, tudo tem o lado positivo e negativo. Gosto de dizer que a cena está sempre se reciclando. No Metal mesmo, sempre existe uma tendência, as pessoas querendo ou não. Um exemplo que todos nós sabemos, foi quando surgiu o estilo "Nu Metal" ou "Alternative Metal", com esse lance de usar sempre afinação baixa. Vi bandas de vários estilos serem influenciadas por essa característica.
Conte-nos sobre os shows do DNR. Algum show memorável?
André: Ah, com certeza foi um show em que abrimos para o Sepultura. Tinha muita gente que gostava da gente, muita gente que não gostava também por causa do estilo! Não sei quem jogou o nosso CD no meio da galera. No meio da confusão lá em baixo, jogaram de volta a caixinha no palco (risos). Ficamos tensos! Mas aí depois descobrimos que foi só uma confusão pra pegar o material nosso.
O álbum de vocês foi liberado para download gratuito. Vocês acham que esta é uma saída para as bandas independentes?
André: Nós gostamos muito de tocar, então, quanto mais divulgarmos o nosso trabalho, mais contatos faremos. Geralmente as bandas independentes pensam como nós, então acho válido sim! Se as pessoas já procuram álbuns de bandas do "mainstream" pra baixar, não seria diferente com as bandas independentes.
O que a banda está preparando para um futuro próximo?
André: No momento estamos compondo novas músicas. Provavelmente lançaremos alguns singles, assim como fizemos com a faixa sub-raça.
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