Stodgy: "apoiar a cena não é uma utopia"
Por Ellen Maris
Fonte: Sunset Metal Press
Postado em 18 de outubro de 2013
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A banda do mês de Outubro na Sunset Metal Press é a STODGY. "Banda formada em 2008, com intuito de fazer composições próprias e de tentar resgatar a cena do Metal na cidade de Barra do Piraí – RJ". É assim que a banda se apresenta no início da sua biografia de divulgação.
Barra do Piraí, é uma cidade localizada no estado do Rio, não tão longe de São Paulo mas também não tão próxima à capital carioca.
A Stodgy enfrenta dificuldades como qualquer outra banda que não reside nos grandes centros urbanos. Mas para eles isso jamais foi um empecilho para tomarem iniciativas e darem seguimento ao que realmente acreditam. Os caras se conectam às bandas das cidades vizinhas e fazem acontecer. Apoiam a cena local, ajudam na organização dos próprios eventos, apoiam as bandas que realmente querem ser ajudadas e assim colaboram um bocado pelo crescimento da cena da região.
Basta uma notícia da banda e o número de visualizações e "curtidas", mais precisamente nas redes sociais, explodem em números. São verdadeiros militantes do underground, tem um som autoral de qualidade e tudo indica que nessa toada, a Stodgy tem grandes chances de se tornar um dos principais nomes do Death/ Thrash/ Metal brasileiro em pouco tempo.
Com um CD lançado de forma totalmente independente, a banda busca agora divulgar este trabalho e fechar novas datas de apresentações pelo país.
Num bate-papo comigo (Ellen Maris) e o Sandro Pessoa, falamos com pessoal da Stodgy que explica sobre suas expectativas, cena underground nacional, processo de produção e muito mais.
Nós elegemos a Stodgy como a banda do mês de Outubro na Sunset Metal Press.
Saudações, companheiros. Gostaríamos de agradecer pela atenção ao nos conceder esta entrevista. Temos algumas perguntas à fazer sobre a Stodgy, uma banda que definitivamente tem conseguido aos poucos cativar seu espaço dentro do underground brasileiro. De modo a compreender a proposta musical do Stodgy, cite as principais influências da banda.
Saudações!! Primeiramente gostaríamos de agradecer a oportunidade desta entrevista, ao apoio do Sunset, a Ellen, ao Sandro e a toda a galera que tem apoiado a Stodgy. Então, as influencias são diversas desde Slayer, Sepultura, Testament a Unleashed, Deicide, Cannibal e por ai vai…
Quais os temas preferidos pela banda no momento de compor música e letras? Quem compõe?
Os temas são voltados a críticas sociais e religiosas, a violência e a opressão sobre a qual o homem se permite passar. A esse homem que se submete a essa ideia de "Deus", e se permite viver como parte de um rebanho. Essas ideias que nos faz questionar e a repensar alguns pontos e a colocar esses questionamentos nas letras. Essa quem se incumbe é o Bruni, com essa "mentezinha" insana consegue colocar todos esses questionamentos no papel de uma forma caótica e violenta.
Como vocês analisam a repercussão do álbum Rain of Hate?
Sinceramente, acho que nós mesmos nos surpreendemos como esta sendo… Para um álbum produzido de forma totalmente independente, onde a divulgação e movimentação foi feita sempre no underground, estamos curtindo muito. Esperamos conseguir levar isso para fora do estado também.
Já possuem material para um novo álbum? Seguirá a mesma proposta do Rain of Hate?
Já sim, estamos com 3 composições prontas e mais algumas em processo. Então, só dá pra se ter uma posição com todas as composições prontas, mas o que dá para adiantar é que as musicas seguem com arranjos novos, com mais violência e sangue no olho (risos). No esquema de curiosidade para ver no mosh pit, saca…
Há previsão para shows em outras regiões do país? Quais as maiores dificuldades enfrentadas pela banda para conseguir tocar fora do Estado?
Então, pretensão nós temos, mas ainda não conseguimos. Cara, falta a oportunidade para ser sincero. Porque se nos chamarem, nós vamos, claro que se rolar uma ajuda nas despesas para nós irmos melhor, mas se não ajuda no gelo e esta tudo certo. Tudo se conversa, não sei se a galera acha que por sermos de outro estado possa ser inviável. A verdade é que como dissemos no início, tudo se conversa.
Como você definiria o atual cenário underground brasileiro? E qual a postura de vocês para a melhoria deste.
Ihhh rapaz, essa pergunta é foda viu. Pois existem boas bandas, existem bons produtores, acho que o grande problema esta nos falsos nesse meio, como os mercenários, os egocêntricos, os que visam, acima do que realmente podem fazer, sabe. Infelizmente, aqui temos o péssimo hábito de achar que tudo que gira no underground tem que ser barato ou de graça, e não é assim… Há despesas, por isso se tem que ser justo para ambos os lados. Em eventos regionais, as bandas da região tem que receber um troco, afinal de contas elas estão ali mostrando seu trampo, mas que para isso ocorra, tem que se pagar o custo todo do evento para que se viabilize pagar as bandas, ou seja, o evento não pode ser de graça, entende?!
Há uma linha muito tênue, onde se torna difícil descrever como é o movimento. Claro, seria muito mais fácil responder um "está em ascensão", por que de fato está (isso não tenha duvida), mas ao nosso ver ainda falta espaço.
Então, há mais ou menos uns 2 meses atrás tivemos uma empreitada com mais 2 bandas irmãs (Monstractor e D’FFRONT SA) na produção do 1º Metal Bastards Union. Foi foda! Nós assumimos as responsabilidades sobre o evento e saiu. As bandas convidadas receberam seu cachê, o publico foi bem atendido em relação ao bar, e essas coisas. Aqueles probleminhas de ultima hora foram sanados com maestria. Então essa ideia ajuda a movimentar o cenário, saca?! Pois as bandas podem montar um evento dentro da lei, onde não se tenha prejuízo e todos saiam ganhando. Isso não é utopia.
Nós somos gratos pela entrevista com a banda. Peço que deixem suas considerações finais.
Mas uma vez obrigado pela oportunidade desta entevista, onde podemos expor nossas ideias e mostrar mais um pouco do que é a Stodgy. Sempre questionem o que lhe for imposto, nunca aceite nada que venha de cima, quebre com o pensamento de rebanho, buscando nos pensamentos de Nietzsche: " Será possível que este santo ancião ainda não tenha ouvido no seu bosque que Deus já morreu?" ( Nietzsche, Friedrich – Assim Falou Zaratustra – 4ª Ed. Martin Claret, 2010).
FORMAÇÃO:
Bruni Fidelis – Vocal
Neive Rodrigues – Guitarra
Paulo Bettencourt – Guitarra
Daniel Tiago – Baixo
Junin – Bateria
Links Relacionados:
My Space:
http://www.myspace.com/stodgyband
Reverbnation:
http://www.reverbnation.com/stodgy
Facebook Page:
http://www.facebook.com/pages/Stodgy-Band/299904433389607
Facebook Profile:
http://www.facebook.com/stodgy.band
Videos:
http://www.youtube.com/user/MrBitencas
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