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Legion of the Damned: prometendo um verdadeiro show de Thrash

Por Vicente Reckziegel
Fonte: Witheverytearadream
Postado em 13 de maio de 2013

Em uma época triste para o Thrash Metal, com o falecimento do guitarrista Jeff Hanneman, trago está entrevista com uma das bandas mais bacanas da "nova geração" do estilo, os holandeses do Legion of the Damned, que participaram ano passado do "tenebroso" Metal Open Air. Para lembrar deste evento, da nova apresentação no Brasil e falar um pouco mais sobre o novo disco, conversei com o Vocalista Maurice Swinkels, que demonstra uma grande euforia por sua maior paixão, a música e, principalmente, o Thrash Metal...

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Vicente – Vocês estarão de volta ao Brasil em junho. O que você espera deste novo show aqui?

Maurice Swinkels - Eu espero que os fãs do Legion of the Damned, ou os fãs do metal em geral, enlouqueçam, eu sei que os fãs de metal na América do Sul não são tão "mimados" como os fãs de metal daqui, já que vemos as bandas em ação constantemente. Vai ser uma grande experiência para nós e esperamos que para os fãs de metal também. Claro que já tivemos uma experiência muito boa com o contato de fãs brasileiros em São Luis, no Metal Open Air que, infelizmente, se transformou em um grande desastre para os fãs de metal, visto que as condições no palco e no festival foram as piores que já experimentei, nós estávamos lá pelos fãs de metal, voamos horas e horas para chegar lá e nós não estávamos indo para sentar e relaxar ao sol, e nós fizemos o que era esperado pelos fãs de metal: ir lá e tocar! Estamos felizes de termos uma segunda chance na América do Sul e mostrar o que Legion of the Damned é: Thrash Metal!

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Vicente - E o que os fãs daqui podem esperar de Legion of the Damned?

Maurice Swinkels - Os fãs vão ter uma grande experiência com o Legion, não só o próprio show, mas os fãs vão ver o quanto somos descontraídos, os fãs de metal podem tomar uma cerveja com a gente, nos perguntar qualquer coisa e tirar fotos com a gente, eles podem vir no palco e se juntar a nós, será para os fãs uma experiência para nunca mais esquecer! Claro que eles podem esperar um show completo de thrash que nunca irão esquecer!

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Vicente - No ano passado, você tocou aqui no "Metal Open Air", apesar de todos os problemas desse Festival. Quais são as lembranças daquele show?

Maurice Swinkels - Nós não éramos muito conhecidos no Brasil, embora tivéssemos lançado nossos álbuns pela NuclearBlast Records, mas não eramos tão conhecidos como, por exemplo, Annihilator, Cannibal Corpse, Kreator ou Destruction, de modo que a melhor lembrança foi quando aparecemos no festival naquela noite, o nosso logotipo de pano de fundo, as luzes de LED e as pessoas começaram a gritar e gritar de alegria! Eu não tinha idéia do por que eles estavam gritando até que eu vi o nosso logotipo iluminado grandiosamente no fundo, e sabia que eles estavam gritando de alegria ao saber que iriam ver uma banda internacional e, neste caso, era o Legion of the Damned. Sem dúvida os fãs de metal são realmente agradáveis e respeitosos! Foi como uma explosão!

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Vicente - Para você, quais são as músicas que nunca podem estar fora de uma apresentação do Legion of the Damned? Talvez uma nova música será tocada aqui?

Maurice Swinkels - Nós temos um par de músicas que os fãs sempre querem ouvir, especialmente aqui na Europa, onde os nossos álbuns anteriores estão vendendo muito bem, algumas dessas músicas são: Legion of the Damned, Werewolf Corpse, Pray & Suffer, Sons of the Jackal, Death's Head March, Bleed for Me... Muitas destas canções também serão tocadas na América do sul.

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Vicente - E como está a gravação do novo álbum? Quais novidades você pode revelar para seus fãs?

Maurice Swinkels - Nosso novo álbum será muito mais diversificado do que os álbuns anteriores. Recentemente adicionamos um segundo guitarrista ao vivo, assim o novo álbum terá muito mais solos e melodias. Embora esta próxima turnê sul-americana vai ser com apenas um guitarrista, visto que o segundo guitarrista foi adicionado mais tarde. O novo álbum, aos meus olhos, é o melhor que fizemos até agora! Ele tem músicas matadoras que grudam na cabeça!

Vicente - Mesmo muito cedo, qual você acha que será a maior diferença do novo álbum para o anterior, "Descent into Chaos"?

Maurice Swinkels - Claro que uma grande diferença é novamente Andy Classen, o som do Andy e o som de Peter (Tagtgren, produtor de Descent into Chaos) é uma grande diferença. Legion of the Damned sempre gravou com Andy Classen e muitos fãs ficaram um pouco desapontados quando lançamos com Pedro, embora nós ficamos muito felizes com esse resultado, foi bom voltar para Classen e ter o típico som do Legion de volta. O novo álbum tem muito mais melodias e solos, em comparação com o último álbum. Também no "Descent into Chaos" nosso ex-guitarrista Richard estava menos inspirado e assim as músicas de "Descent into chaos" são menos poderosas! Este poder está 100% de volta em nosso novo álbum "Ravenous Plague"

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Vicente - Nos primeiros anos, o nome da banda era "Occult", inclusive vocês lançaram cinco discos naquele período. Por que vocês mudaram o nome e como você chegaram a "Legion of the Damned"?

Maurice Swinkels - Nós mudamos o nosso nome porque Occult estava indo de encontro a uma parede de tijolos. As pessoas pensaram que nós estávamos tocando Black Metal e também por causa de alguns álbuns fracos que lançamos antes como Occult fez com que as pessoas perdessem o interesse! Quando nós mudamos para outra gravadora, decidimos alterar o nome para "Legion of the Damned", que veio da canção: "Legion of the damned" que está em nosso primeiro álbum "Malevolent Rapture", que teve um impulso muito grande e assim as pessoas se voltaram para nós! Foi a melhor decisão que já tomamos!

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Vicente - Como está a cena na Holanda para o Rock e Metal?

Maurice Swinkels – Está ok. Nós não temos muitas bandas de Death / Thrash como estávamos habituados a ter muitos anos atrás! Mas ainda está vivo. O mais triste é que, como eu disse, as pessoas são "mimadas", elas vêem tantos shows, isso é realmente uma razão para o Legion of the Damned não estar mais tocando tanto na Holanda.

Vicente - Quando você começou na música, quais foram suas maiores influências, que te inspiraram a ser um músico profissional?

Maurice Swinkels - Quando começamos com o Occult e no meu inicio no Bestial Summoning em 1989 eu fui inspirado principalmente pelo velho death metal, coisas do tipo: Sathanas, Acheron, Mantas, Death, Mayhem, Bathory, Samael etc, o Obituary dos primeiros anos e Sepultura (1989), esse tipo de coisa, e é claro, o todo-poderoso Slayer era uma inspiração enorme, mas também a banda holandesa Pestilence e as alemãs Kreator, Sodom e Destruction!

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Vicente - Em poucas palavras, o que você acha sobre essas bandas:

Sodom:
Grande banda e grandes pessoas! Nós sempre temos ótimos momentos quando encontramos Tom e o resto!

Slayer:
Supremos! Reign in Blood ainda é Deus!

Exodus:
Grande banda e também um ótimo e divertido pessoal! Eu fiz dois vídeos para EXODUS em 2003, em San Francisco, então quando vemos uns aos outros é sempre muito divertido! Foi engraçado quando Exodus e Legion of the Damned compartilharam o mesmo avião para São Luis na última vez, e eles não sabiam que nós também estaríamos tocando, então quando entrei no avião Gary Holt gritou: "Ei Maurice! Que porra é essa, vocês também aqui"! (risos), foi ótimo! Além disso, agora que Gary é parte do Slayer, quando ele me vê (nós) ele está sempre pronto para um bate-papo! Caras espetaculares!

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Sepultura:
WOW yeah! Beneath the Remains ainda é um dos melhores álbuns de metal!

Kreator:
TOP! Estivemos em turnê com o KREATOR antes e Mille é um bom amigo, um super músico e grande inspiração para um monte de bandas de metal!

Vicente - Finalmente, por favor, deixe uma mensagem para todos os brasileiros que curtem o som do Legion of the Damned

Maurice Swinkels - Espero ver todos no Brasil, vai ser divertido, suado, poderoso e totalmente thrash metal!
Obrigado pela entrevista e até breve!

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Sobre Vicente Reckziegel

Servidor público, escritor, mas principalmente um apaixonado pelo Rock e Metal há pelo menos duas décadas. Mantêm o Blog Witheverytearadream desde Dezembro de 2007. Natural e ainda morador de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Estrela. Há muitos anos atrás tentou ser músico, mas notou que faltava algo simples: habilidade para tocar qualquer instrumento. Acredita na música feita no Brasil, e gosta de todos os gêneros, desde Rock clássico até Black Metal.
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