A Chave do Sol: "pioneiros em atrair o público feminino"
Por Willba Dissidente
Fonte: blog: A Chave do Sol
Postado em 15 de maio de 2012
O blog: A CHAVE DO SOL (http://achavedosol.blogspot.com/), continuando sua proposta de resgatar todo material existente sobre a banda pioneira de hard rock / heavy metal paulista que lhe dá nome, publicou recentemtente um inusitado depoimento de Celso A. Barbieri sobre o grupo. Em seus recem completados 60 anos de idade, Barbieri ajudou a cena rock brasileira, trabalhando como correspondente de revistas, iniciando o selo Devil Discos, produzindo inumeros shows underground (como A Praça do Rock, Lira Paulistana entre outros) e empresariado banda importantíssimas como o VIPER, MADE IN BRAZIL, VOLKANA, entre outras.
Confira abaixo o que Barbieri tem a dizer(orginalmente publicado em http://www.celsobarbieri.co.uk/) sobre A CHAVE DO SOL:
"Na minha opinião a história da banda A CHAVE DO SOL, grupo de rock formado em 1983 na cidade de São Paulo foi a historia de uma banda buscando, em vão, pelo vocalista certo.
"A CHAVE DO SOL com seu som que na falta de uma definição mais adequada só poderia ser definido como "fusion", isto é, a mistura de rock com elementos do jazz, sempre encontrou muita dificuldade para achar um vocalista que se encaixasse com o som da banda.
"A verdade é que nunca achei que a banda precisasse de um vocalista mesmo porque, um vocalista "Jazzy" com uma voz limpa e um talento tipo, vamos dizer, STING ou PETER FRAMPTON nunca seria fácil de se encontrar em São Paulo. Os vocalistas encontrados, não tinham nem o timbre de voz nem a postura de palco que combinassem com o som "clássico" da banda. O vocalistas encontrados ou não combinavam ou acabavam forçando a banda a mudar de estilo ou até de nome (THE KEY)
Acho que com um pouco de esforço e dedicação o Rubens preencheria muito bem a função de vocalista. Quer dizer, na Chave o instrumental sempre falaria mais alto de qualquer forma.
"Muito embora eu classificasse o som da banda como um tipo de Jazz-Rock, eu diria que era um Jazz-Rock com a parte Jazz menos cansativa ao mesmo tempo que com a parte Rock mais voltada para o Hard Rock do que o Heavy Metal tradicional da época.
"No palco, raramente vi um entrosamento musical tão perfeito quanto o mostrado pelos músicos Rubens Gióia (guitarra), Luiz Domingues (Tigueis) (baixo) e Zé Luiz (bateria).
"A CHAVE DO SOL sempre foi muito diferente das outras bandas dos anos 80 que produzi. A chave era uma banda exemplar. O profissionalismo da banda sempre foi perfeito. Produzi muitos shows da Chave. Seus músicos nunca me faltaram com respeito ou deixaram de estar na hora para a passagem do som, nunca questionaram minha honestidade ou levantaram qualquer dúvida quanto ao resultado da bilheteria. Por mais precário que fosse o sistema de som, estes músicos de forma tranqüila, sempre conseguiram miraculosamente tirar o melhor do equipamento à disposição e sempre agradeceram-me, ao vivo, durante o show.
"Um outro aspecto interessante é que se não bastasse a boa aparência dos integrantes da banda, a moçada sempre mostrou muito bom gosto e elegância na escolha das roupas usadas nos shows. Talvez por isto mesmo, A Chave do Sol foi uma das primeiras bandas a trazer o público feminino para os concertos.
"A Chave, pela qualide como músicos e atitude respeitosa para com as outras bandas, sempre gozou do respeito geral dos outros músicos da época, A Chave foi uma das únicas bandas deste período que a imprensa "poposa" não teve como chamar pejorativamente de "metaleira".
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