Lefutray: Heavy do Chile ainda desconhecido no Brasil
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 15 de janeiro de 2012
Oriundo do Chile e na ativa desde 2005, o Lefutray está lançando seu segundo álbum, "Last Breath", dono de um forte Thrash Metal e que também se caracteriza pela banda agora investir em composições em inglês. O Whiplash.Net conversou com o guitarrista Cristian Olivares para saber os detalhes desta nova fase e conhecer mais um pouco da cena musical deste país - e as semelhanças parecem ser consideráveis, até as chamadas bandas-tributo também são uma praga por lá!
Whiplash.Net: Olá pessoal. O Lefutray é oriundo do Chile e, como tal, bastante desconhecido do público brasileiro. Que tal começarmos com um pouco de sua história?
Cristian Olivares: Hola amigos de Whiplash.Net, sou o Cristian Olivares (guitarrista). Bom, lhes contarei algo da história do Lefutray, o nome significa ‘som rápido’ (idioma mapudungun) e a banda começou em 2005. Neste ano eu, Yonattan (bateria) e Leo (guitarra) começamos a compor nossas primeiras canções ("Dolor" e "Enfermando Tu Alma") e logo entra Christian Bravo (baixo) e, por último, Pablo Bascuñan (vocalista do disco "Frente al Fin").
Cristian: Durante o período de promoção do primeiro disco, Pablo deixa a banda e tivemos que fazer audições com novos vocalistas. Durante este período colaborou conosco Alonso Ramirez (vocalista do vídeo oficial de "Frente al Fin") e, por último, Juan Vejar, que é nosso atual vocalista. Durante 2009 e 2010 começamos a compor nosso novo álbum, "Last Breath", lançando-o em outubro de 2011. Temos na nossa discografia o EP "Lefutray" (06) e os discos "Frente aL Fin" (08) e "Last Breath" (11).
Whiplash.Net: Na ocasião da troca de vocalistas, o Lefutray já tinha em mente a nova orientação que seria apresentada em "Last Breath", ou isso foi apenas uma consequência das potencialidades de Juan Vejar?
Cristian: Sim, sempre tivemos em mente injetar uma veia mais brutal ao que vínhamos compondo e, claro, a incorporação de Juan foi a chave para conseguir isso.
Whiplash.Net: "Last Breath" oferece um Heavy Metal vigoroso e que beira o lado extremo da música. Em termos estéticos, quais os avanços em relação ao debut "Frente Al Fin", de 2008? E, aproveitando, qual das novas canções melhor define o atual momento do Lefutray?
Cristian: Sim, há uma evolução na composição e som, e, claro, "Last Breath" nos define e nos dá um bom ponto de partida para seguir esta linha musical. Todo o disco "Last Breath", completo, marca a linha do que queríamos fazer, claramente sem esquecer o que conseguimos com "Frente al Fin".
Whiplash.Net: Aqui no Brasil temos a percepção de que o público sul americano e descendente dos espanhóis tem orgulho das bandas que cantam em castelhano. Afinal, como os chilenos estão absorvendo essa nova fase do Lefutray, que agora adotou o inglês?
Cristian: Quisemos mudar o idioma com o intuito de internacionalizar nosso trabalho para levar nossa música e mensagem a uma maior quantidade de pessoas e, até agora, o resultado foi positivo. O primeiro disco foi cantado em espanhol e tivemos uma boa acolhida em nosso país, mas não foi o suficiente. Queremos conseguir mais.
Cristian: Lamentavelmente, os países estão se unificando no idioma inglês e não podemos lutar contra isso. Se quisermos enviar nossa mensagem, teremos que fazer desta forma.
Whiplash.Net: Mesmo com os cuidados para se atingir o mercado internacional, até que ponto ser uma banda o Chile dificulta seu trabalho em termos de divulgação, e como está sendo a recepção de "Last Breath" perante as outras nações?
Cristian: Bom, nossa geografia impede de nos movermos rapidamente em turnês de divulgação, mas agora existem as redes sociais e internet, que servem muito bem para a promoção dos discos, que podem chegar a mais países.
Cristian: O mercado chileno é pequeno e é difícil os grupos se fazerem notar. O público e produtores estão cientes das bandas de fora e muitas vezes deixam de lado suas próprias bandas (bom, não sei se isso acontece em todos os países, mas pelo menos aqui é assim). E durante estes últimos anos reina no Chile a praga das bandas tributo, o que, naturalmente, tira o lugar e atenção das bandas autorais. Eu não quero generalizar, pois existem pessoas que discordam.
Cristian: Mas, no geral, tivemos boa recepção para com nossos trabalhos, em especial com "Last Breath". Temos recebido resenhas e entrevistas de diferentes países e isso nos deixa muito felizes.
Whiplash.Net: Você, Muños (bateria) e Bravo (baixo) assinaram a produção de "Last Breath", e o trabalho ficou excelente. Ser um músico facilita o trabalho de produção de seu próprio álbum?
Cristian: Claro, eu me ocupei de toda a gravação e produção do disco, Yonattan e Christian colaboraram com outros itens, como letras, etc. Realizar suas próprias produções tem suas vantagens e desvantagens. É muito trabalho, mas te permite liberdade para fazer o que quiser.
Cristian: Existem dificuldades em ser um músico no Chile, mas creio que, como em todas as coisas, se você quiser obter algo com qualidade e verdadeiramente seu, deve-se lutar por isso.
Whiplash.Net: Diversidade de bandas, incentivo do governo, público, gravadoras, selos, promotores... Como está a cena underground do Chile atualmente?
Cristian: Como te contava anteriormente, a coisa está difícil por aqui. Não há muito apoio, mas como bons chilenos seguimos lutando para mudar a mentalidade e os maus costumes de alguns, mas a verdade é que não nos importamos. Oxalá se dentro de algum tempo possamos mudar e ampliar a indústria chilena para nos transformarmos em exportadores, pois há muito bom material por aqui.
Whiplash.Net: Muito trabalho pela frente, em especial com um novo álbum para ser divulgado. Neste sentido, quais os planos para 2012?
Cristian: Pretendemos continuar promovendo "Last Breath" e chegar a mais lugares. E, isto em mente, terminar o terceiro disco que estamos compondo. Mas também queremos desfrutar de "Last Breath", seria ótimo se pudéssemos tocar fora do Chile!
Whiplash.Net: Curiosidade final: ainda que transmita a imagem de ser uma nação em desenvolvimento, a realidade é que o Brasil possui uma infinidade de problemas enraizados em sua sociedade, a corrupção é endêmica por aqui. Mas e no Chile, como está a coisa toda?
Cristian: Se comparado com outras nações, o Chile é um país tranquilo, mas com problemas graves. Não creio que sejamos muito diferentes do Brasil. Durante os últimos tempos apareceram problemas com a educação e outras áreas, mas o bom é que as pessoas estão abrindo os olhos e lutando pelo que quer, sem esperar ser representado por um cara de terno e gravata. O Chile está mudando para melhor, mas como em qualquer país, é difícil lutar contra o poder. Mas tenho fé que possamos fazer valer nossos direitos e acabar com os abusos.
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Whiplash.Net: Ok, Cristian, o whiplash.net agradece pela entrevista e deseja boa sorte ao Lefutray na divulgação de "Last Breath". O espaço é seu para os comentários finais!
Cristian: Bueno amigos de Whiplash, les damos las gracias por este espacio y les mandamos un saludos a todos los lectores, esperamos tocar en su hermoso pais. Pueden visitarnos em www.lefutray.cl y agregarnos em www.facebook.com/lefutray . Mantenganse brutales!!!!!! (*)
(*) Nota do Editor: foi intencional manter a mensagem aos brasileiros na língua espanhola!
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