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Perpetual Dreams: aproveitando letras e sugerindo reflexão

Por Ben Ami Scopinho
Postado em 10 de outubro de 2010

Natural de Blumenau (SC), o Perpetual Dreams já é velho conhecido do público que não abre mão de uma boa mescla de Hard Rock e Heavy Metal. E esta proposta está ainda mais refinada em seu terceiro álbum, "The Eternal Riddle", que está agora chegando ao mercado de forma independente.

Eduardo D´Avila (voz), Deny Bonfante (guitarra), Jan Findeiss (teclados), Chris Link (baixo) e Fabio Passold (bateria) estão juntos há mais de uma década e provam que ainda tem muita lenha para queimar. A seguir, o leitor poderá conferir um longo bate-papo do Whiplash! com o guitarrista Deny.

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Whiplash!: Olá pessoal. Vocês obtiveram boas conquistas desde que iniciaram sua trajetória. Ao longo da década, qual o balanço que fazem de sua carreira, como banda e como indivíduos?

Deny Bonfante: Olá Ben! Bom, já se passaram 10 anos desde o início, e com a mesma formação! É um bom tempo, com certeza! O ‘universo underground’ muitas vezes pode ser um ambiente bastante hostil, digamos...

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Deny: Mas o fato é que as coisas são difíceis para todos, então acho que não ‘sofremos’ nem mais nem menos do que as outras bandas que estão na cena. Apenas acredito que estamos sendo persistentes nos nossos objetivos.

Deny: Dentre as conquistas importantes, podemos citar o lançamento dos álbuns e suas repercussões na mídia em âmbito nacional, quando figuramos entre destaques do ano em diversas categorias de vários veículos; a participação nos tradicionais programas Stay Heavy e Backstage; shows fora do nosso estado nas regiões Sul e Sudeste; a abertura de shows internacionais (Blaze Bayley, Glenn Hughes, Jeff Scott Soto e Richie Kotzen). Mas a nossa maior conquista certamente é termos a banda na ativa após 10 anos, e com três álbuns lançados. A maioria das bandas infelizmente não passa do primeiro álbum.

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Deny: Como banda, esse tempo de estrada nos trouxe bastante experiência de palco, de estúdio, como músicos, compositores, arranjadores, produtores e também como ‘administradores’ da nossa própria banda. Hoje aprendemos melhor a lidar com todas as pessoas envolvidas nos shows, discos, eventos, enfim, algo que vêm naturalmente com o tempo.

Deny: Como indivíduos, também pudemos aproveitar bem essa experiência de convívio e atitudes que se deve ou não ter. Acabamos por formar muitas amizades realmente sinceras na cena, especialmente no convívio interno da banda, afinal, estamos com 10 anos de banda e com a mesma formação.

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Whiplash!: Agora vocês estão liberando seu terceiro álbum, "The Eternal Riddle", que coroa esses 10 anos - parabéns dobrado, caras! Nesse disco, é nítida a percepção de que soa diferente... Como rolou esse processo, e qual a idéia por trás desta nova orientação musical?

Deny: A experiência nos demonstrou que é importante não apenas gravar um disco com as primeiras músicas que aparecerem, mas também em dar uma identidade para este disco. Sempre acreditamos que cada banda deve ter uma personalidade bem definida, mas cada disco de cada banda deve ter uma identidade própria. Como se fossem ‘filhos’ da banda, cada um com seu ‘jeito de ser’.

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Deny: Se você ouvir o "The Eternal Riddle" perceberá que é um disco da Perpetual Dreams, mas encontrará algo diferente do que ouviu no "Eyes Of Infinite" (03) e no "Arena" (05). Essa era a intenção. Provavelmente nosso próximo álbum será diferente também, e assim por diante...

Deny: Com relação ao direcionamento específico do álbum, quando pré-selecionamos o track list que seria utilizado no disco, percebemos que as músicas soariam melhor se utilizássemos alguns recursos diferentes. Então resolvemos utilizar neste álbum uma afinação mais baixa, instrumentos específicos e timbres mais fortes. Também estudamos linhas especiais para a bateria e exploramos os teclados em partes mais específicas de cada música. Tudo isso já diferencia bastante este álbum dos anteriores.

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Deny: Todo esse procedimento foi conscientemente direcionado para esse resultado. Mas a direção inicial que tomamos foi, digamos ‘naturalmente’, sugerida pelo espírito das músicas. Além disto, sempre fizemos questão de fugir de sons ‘pasteurizados’, tão na ‘moda’ com várias bandas de ‘pop metal’ hoje em dia.

Deny: Tanto neste álbum como nos anteriores sempre optamos por sons de bateria reais ao invés de samples, amplis valvulados ao invés de simuladores, e takes de voz bem interpretados e cantados ao invés do ‘copy/paste’. Isso tudo faz um trabalho soar singular, diferenciado e verdadeiro, algo que consideramos muito importante!

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Whiplash!: Parece ser uma tendência do mercado em as bandas se lançar de forma independente... Considerando que vocês já tiveram o apoio da Hellion Records no passado, como o Perpetual Dreams está lidando com esta nova situação?

Deny: Com certeza essa é a tendência sim. Nossos dois primeiros álbuns, "Eyes Of Infinite" e "Arena", foram oficialmente lançados pela Hellion Records. Foi uma boa experiência e rendeu bons frutos. Este novo trabalho está sendo lançado independentemente, com distribuição da Hellion Records, da Freemind Records e da Face The Abyss Records.

Deny: É do conhecimento de todos que a indústria fonográfica está em crise por conta do downloads, pirataria, etc, e isso atinge principalmente o formato físico dos lançamentos. Ninguém sabe ao certo quais serão as consequencias disto a longo prazo, mas essa é uma nova realidade à qual todos terão que se adaptar.

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Whiplash!: E como seria essa adaptação?

Deny: Em minha opinião, a tendência é que as gravadoras passem a atuar com distribuidoras, enquanto toda a parte de produção e promoção ficará por conta dos próprios artistas. Para nós esta nova fase está sendo uma experiência bastante interessante e, por mais que possa parecer estranho, está valendo muito a pena!

Deny: Hoje podemos fazer as coisas do nosso jeito, no nosso tempo e de acordo com aquilo que achamos correto e conveniente. É lógico que isso dá um bom trabalho, mas a gente percebe e recebe os resultados quase que imediatamente. Os direitos executivos do álbum são exclusivamente da banda, e isso por si só já é uma grande vantagem. Além disso, financeiramente é melhor para a banda, pois o lucro final é nosso.

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Deny: Por outro lado, o desafio é fazer o CD chegar às lojas e conseguir uma boa divulgação. Enfim, acho que as bandas que quiserem ter um trabalho sério terão que ficar atentas a estes aspectos e procurar uma forma de atuação eficaz nesta parte.

Whiplash!: "Hotter Than Fire", "Devil Woman" e "Shine Your Pride 02" são ótimos pesos pesados! Mas "Hold On" foge do óbvio, é uma balada interessantíssima para uma banda de Heavy Metal. Como rolou sua composição?

Deny: A "Hotter Than Fire" é uma música direta e forte que serve de abertura do álbum e também dos shows da banda. Evoca a fúria e a força das pessoas! Já "Devil Woman" fizemos como homenagem ao tradicional ‘Concurso Garota Metal’ que rola todos os anos no Natal Metálico em Balneário Camboriú. É um Hard Rock mais ‘safado’ mesmo, com slide, e tal... Mais festa... rrsrrs... O pessoal tem gostado bastante desta música. "Shine Your Pride" é mais pesada e técnica. Fala sobre reencarnação e valores que podemos levar conosco quando partirmos.

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Deny: "Hold On" é realmente uma música inesperada, feita para surpreender mesmo! Por isso optamos por um formato diferente para ela. É uma balada com mais groove e um trabalho de bateria mais intenso em cima de um instrumental totalmente acústico. A composição dela é do Edu D’Ávila, e os arranjos da banda. Ficou bem diferente das outras músicas, e por isso até ficamos em dúvida sobre incluí-la no álbum. Mas no fim resolvemos incluí-la, pois daria um contraste interessante dentro do álbum. Acho que fizemos a coisa certa, pois ela está recebendo ótimos comentários.

Whiplash!: A temática do álbum aborda a busca pela força interior e autoconhecimento, e com mensagens espíritas. Porque escolheram essa temática? O homem sempre precisará acreditar em um ‘além’?

Deny: Na verdade tivemos um cuidado grande no direcionamento da sonoridade do álbum, mas não escolhemos uma temática específica para ele. É apenas a temática das músicas que fazem parte do álbum, e consequentemente se torna a temática do álbum. Mas isso não foi premeditado. Às vezes as composições iniciam pela letra, às vezes pelo instrumental, e o restante vai se desenvolvendo naturalmente.

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Deny: Com relação à crença no ‘além’, acho que todos são livres para acreditarem no que acharem certo. Eu particularmente acredito em Deus e apesar de ter os meus defeitos, procuro evoluir como pessoa. Mas cada um tem sua própria fé e seus valores. É algo difícil para se discutir. Não estamos pregando nada e respeitamos todos e suas respectivas crenças. Apenas aproveitamos algumas letras e sugerimos a reflexão. Essa é uma das funções da ‘Arte’: estimular a reflexão.

Whiplash!: Pode ser meio cedo para perguntar, mas, com "The Eternal Riddle", já está dando para sacar a recepção por parte do público?

Deny: A recepção de quem ouve o disco está sendo realmente ótima! Temos recebido muitos comentários bastante positivos que colocam este como nosso melhor álbum. E isso nos deixa muito contentes. Muitos comentam sobre a sonoridade diferenciada do disco, outros sobre músicas especificamente, mas no geral a recepção tem sido muito legal!

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Whiplash!: Além de ser o guitarrista do Perpetual Dreams, você também atua como produtor, e várias bandas já ficaram sob seus cuidados. O que o RVB Estúdios pode oferecer àqueles que estão procurando por este tipo de serviço?

Deny: Bom, já sou músico há uns 19 anos e estou trabalhando com produção há uns oito anos aproximadamente.

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Deny: Neste período já pude trabalhar com várias bandas e produtores de metal e de rock em geral. Ainda é pouco tempo comparado aos ‘dinossauros’ do áudio, mas já é um aprendizado bem forte!

Deny: Um trabalho de produção envolve muitos fatores e detalhes importantes e não é algo tão simples quanto pode parecer. São várias etapas importantes como ensaios, arranjos, pré-produção, produção, escolha de equipamentos, gravações, mixagem, masterização, e todas devem ser tratadas da forma correta.

Deny: Como produtor, minha mentalidade é sempre extrair o melhor resultado possível do artista. E isto significa um trabalho à parte em cada uma dessas etapas. Em cada trabalho existem limites físicos, financeiros e outros. Mas é fundamental ter em mente sempre fazer ‘o melhor possível’. Além disso, é importante respeitar a personalidade do artista, o objetivo do trabalho e a direção que ele pretende seguir.

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Deny: Nosso estúdio está equipado com bons equipamentos, pré-amps valvulados, bateria sob encomenda, amplificadores de guitarra valvulados, conversores digitais de ponta, bons microfones e periféricos bem interessantes. Mas o que realmente fará diferença na qualidade final de um trabalho é o fato de todas as pessoas envolvidas na produção, músicos, produtores, técnicos, etc, trabalharem da forma correta. Orientação e direcionamento na produção são fatores fundamentais.

Whiplash!: O áudio do novo disco do Rhestus, "Games Of Joy... Games Of War!" está bem legal, Deny! Mas, destas bandas todas, há alguma que você tenha realmente ficado orgulhoso de produzir? Por quê?

Deny: Legal Ben! Obrigado, o álbum da Rhestus foi um ótimo trabalho! Mas devo mencionar que boa parte desse mérito cabe ao meu amigo Alexei Leão, que fez um ótimo trabalho de mixagem e masterização! Mas os parabéns vão principalmente para a banda, que fez um ótimo disco!

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Deny: Com relação aos demais trabalhos, cada um tem suas peculiaridades e características, é difícil citar um especial, porque todos têm um valor especial. Além disso, se eu citar somente um, vou ficar na pior com os demais... Rsrsrsrs... É uma atividade muito envolvente em que você passa semanas, às vezes meses em contato direto com as bandas. É quase como se você fizesse parte da banda por aquele período. Existem trabalhos que a gente se envolve mais pela identificação com o som, outros mais pelo clima das gravações, outros pela amizade, outros pela pressão e até pelo stress... Rsrsrsrs...

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Deny: Quando os músicos são musicalmente "maduros", conscientes e decididos com relação ao que querem, toda a produção flui melhor e o resultando acaba ficando naturalmente muito bom. Fico orgulhoso, satisfeito e agradecido por ter tido a oportunidade de trabalhar com diversas bandas de rock e metal do Estado, como por exemplo Rhestus, Rytual, Pain of Soul, Mastervoid, Before Eden, Steel Warrior, Tranca Rua, Viribus, Mindborn, Liberty Expression, Symmetrya, Masterpiece, Luciferiano, Katarsick, Kromagnon, Flesh Grinder, Parachamas, Nafarra, Mazinho/Curumim Instrumental, The Zorden, Almarock, Gran Finale, Clavíceps Purpurea e diversas outras que não vou lembrar de cabeça.

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Deny: No momento estou trabalhando na produção de dois discos especiais para mim: um é o meu primeiro disco instrumental, que se chamará "The Midnight Star", e já está quase pronto, com previsão de lançamento no início do ano que vêm; o outro é o disco do meu amigo e antigo professor de guitarra, Marcos Annuseck. Além de conter músicas e músicos ótimos, está sendo uma forma de agradecer por tudo o que aprendi com ele!

Whiplash!: Temos bandas excelentes, mas o Brasil dificilmente revela nomes para o cenário internacional. A que você atribui esse fato?

Deny: Já diz o ditado: "Santo de casa não faz milagre"... Rsrsrsrs. Bom, isso envolve mais do que simplesmente a qualidade das bandas. Acho que é um pouco cultural também. No Brasil, acho que temos uma cultura mais receptiva. Temos a tendência de receber bandas de fora, elevando - muitas vezes excessivamente - o ‘status’ de bandas estrangeiras.

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Deny: Em outros países, como EUA, Inglaterra e Alemanha, por exemplo, a cultura é mais ‘formar e valorizar bandas de lá’, ou seja, menos receptiva com bandas de outros lugares, inclusive do Brasil. Mas acredito que esta espécie de ‘segregação’ cultural será atenuada com o tempo. Já percebo atualmente certa dificuldade de bandas estrangeiras novas se firmarem por aqui também...

Deny: Hoje em dia o mercado está muito aberto e democrático, e as coisas serão difíceis para qualquer banda, seja daqui, seja estrangeira. De qualquer forma, acho que as bandas brasileiras em geral têm muita qualidade, e isso é algo indiscutível. Conheço muitas bandas daqui que deixariam muitas outras bandas gringas ‘famosas’ no chinelo!

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Whiplash!: E o que poderia ser melhorado por aqui?

Deny: Além deste fator cultural, um pouco desta dificuldade também é culpa nossa. No fundo, acho que as bandas brasileiras em geral ainda estão em um estágio muito ‘romântico’ das coisas. Muitas são ótimas, mas ficam esperando algum ‘super empresário’ que as ‘descubra’, como era antigamente... Essa era uma idéia muito bacana, mas temos que ser realistas, hoje em dia as coisas não são mais assim...

Deny: As bandas precisam profissionalizar suas ações. Buscar selecionar um material forte, fazer uma boa produção, batalhar em cima de divulgação, de distribuição, de shows, estrutura da banda, equipamentos profissionais, enfim, praticamente tudo pode ser melhorado. É claro que, na prática, isso tudo é muito difícil de executar, mas é difícil para todas as bandas, inclusive para as bandas gringas. E essa mudança deve partir de dentro das bandas. Ninguém vai ‘apadrinhar’ as bandas. É preciso ser realista. A diferença pode ser a iniciativa.

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Deny: Já percebo algumas bandas no Brasil tendo esta consciência e tomando atitudes positivas nesse sentido. Ainda estamos começando a entender isso e, como frisei, a execução dessas mudanças são difíceis para qualquer banda. Mas esforço, persistência e iniciativa podem gerar ótimos frutos!

Whiplash!: Pois bem... 10 anos... E o que vocês têm em mente para a próxima década?

Deny: Olha Ben, é engraçado, pois apesar de já não sermos mais tão ‘jovens’ ....rsrsrs.... também não somos ‘velhos’, e temos muitos planos mesmo! Atualmente estamos em um ótimo momento. No próximo ano devo estar lançando meu primeiro álbum instrumental, que também conta com o Jan nos teclados. O Fabio também está com um projeto paralelo e finalizando as gravações de bateria do primeiro CD da banda Osfen, lançamento também em 2010.

Deny: Para a banda, nos próximos dois anos o foco será trabalhar em cima do "The Eternal Riddle". Em 2012 já pretendemos começar a trabalhar em cima do nosso próximo trabalho para lançá-lo em 2013. Em médio prazo também estamos programando shows fora do Brasil. Já temos algumas idéias para novas músicas, mas trabalharemos isso com calma e no momento certo. E no meio deste caminho de médio prazo a gente ainda pretende colocar algumas surpresas a disposição do público. Enfim, estamos na área, e ainda temos bastante lenha pra queimar!

Whiplash!: Ok, pessoal, o Whiplash! agradece pela entrevista, desejando boa sorte ao Perpetual Dreams. O espaço é de vocês para as considerações finais... Até!

Deny: Obrigado, Bem, pelo espaço e pela força! É sempre importante este apoio sincero e honesto que você e o Whiplash! dão ao underground! Em nome de todos, agradecemos! Aproveito ainda para convidar todos para conferir nosso novo álbum, "The Eternal Riddle", já a venda nas melhores lojas ou na distribuição com a Hellion Records (www.hellionrecords.com.br), com a Freemind Records (www.freemindrecords.com.br) ou com a Face The Abyss Records (www.facetheabyss.com.br). Se quiserem conferir uma prévia ou para maiores informações da banda convido todos para acessar nossos sites na net:

http://www.perpetualdreams.net
http://www.myspace.com/pdreams

Fotos: Makila Crowley

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Sobre Ben Ami Scopinho

Ben Ami é paulistano, porém reside em Florianópolis (SC) desde o início dos anos 1990, onde passou a trabalhar como técnico gráfico e ilustrador. Desde a década anterior, adolescente ainda, já vinha acompanhando o desenvolvimento do Heavy Metal e Hard Rock, e sua paixão pelos discos permitiu que passasse a colaborar com o Whiplash! a partir de 2004 com resenhas, entrevistas e na coluna "Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás".
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