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Por Karina Detrigiachi
Fonte: Blistering.com
Postado em 21 de novembro de 2009
O tecladista do DREAM THEATER, Jordan Rudess, concedeu uma entrevista ao site Blistering.com na qual falou sobre o processo de composição da banda e sua opinião sobre a atual situação da indústria musical. Abaixo seguem alguns trechos da conversa.
Sobre o novo álbum da banda "Black Clouds & Silver Linings":
Rudess: "A reação da maioria das pessoas sobre o 'Black Clouds & Silver Linings' tem sido bem interessante. Acho que o álbum possui um equilíbrio legal sobre todos os elementos que formam o som do DREAM THEATER. Algumas pessoas reclamaram que os nossos álbuns estão ficando muito pesados, e há outras dizendo que precisamos um pouco mais disso e um pouco menos daquilo.
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Naturalmente, as pessoas ainda estão dizendo as mesmas coisas sobre este álbum, mas acho que este é apenas mais equilibrado no que diz respeito a ter um pouco de todas as coisas pelas quais nós somos conhecidos por colocar em nossa música, e as pessoas têm respondido positivamente a isso".
Sobre o processo de composição:
Rudess: "Algumas vezes no passado, os caras podiam entrar com um conceito particular com o qual eles queriam prosseguir. Não tanto como uma espécie de álbum conceitual, algo mais como um conceito global em termos de como eles querem que o álbum seja e soe. Muitas dessas ideias podem vir do [Mike] Portnoy [bateria], ou John Petrucci [guitarra]. Eles sempre estão preparando algo. Se há de haver uma direção, são eles que geralmente propõem algo. Porém nestes últimos álbuns isso não aconteceu. O Portnoy é definitivamente a força interior da banda. Ele faz coisas como elaborar os setlists de cada show quando nós saímos e tocamos e ele aparece com essas idéias, como nas turnês 'Progressive Nation' que fizemos nos últimos anos. Ele descobria quais eram as banda que iam excursionar conosco e se encarregava de tudo em torno disso.
O resto de nós não tem muito que fazer sobre essas coisas. Mas por outro lado, quando se trata de compor, aí realmente é comigo, Portnoy e Petrucci. E somos realmente nós três que escrevemos as músicas do DREAM THEATER, especialmente no 'Systematic Chaos' e no 'Black Clouds & Silver Linings'. Fomos realmente só nós três. Ninguém mais tem nada a ver com isso. O Portnoy meio que as tira de lá, e assegura que todas as outras fases virão, e como produtores do álbum, todos começamos a trabalhar nas faixas. É quando todos começam a fazer suas coisas. O John Myung [baixo] aparecerá e estabelecerá as suas partes, e então o [James] LaBrie [vocal] colocará os toques finais em tudo."
Sobre a indústria musical:
Rudess: "A indústria musical realmente está em um estado estranho agora, e já faz algum tempo. Fica cada vez mais e mais difícil para as novas bandas fazerem algo, porque as gravadoras não estão apenas pegando novas bandas como antigamente. E não há lugar para essas novas bandas tocarem, com locais de música fechando suas portas ou restringindo o acesso às novas bandas. Você meio que escuta falar sobre essas coisas, e, inicialmente, meio que parece como sendo pessimista para a maior parte. Por outro lado, você trata como sendo simplesmente um ponto de vista, e racionaliza consigo mesmo que as coisas realmente podem não ser tão ruins.
Porém após um tempo, você percebe que as coisas realmente mudaram. Eu realmente acho que agora está confuso. Hoje, realmente existem mais bandas do que jamais existiu. Eu costumava pensar que a internet era algo ótimo, pois ela proporcionava vários caminhos para as bandas. Bandas iriam descobrir isso e começariam a expor sua música para um grupo potencial de novos fãs, e ao mesmo tempo encontrar formas novas e criativas de usar a internet para divulgar sua música.
Porém, conforme o tempo passa, acho que várias bandas estão descobrindo que isso é mais difícil do que costumava ser. Eles estão descobrindo que estão competindo contra um monte de outras bandas que estão tentando divulgar a sua música da mesma forma. Eu não sei.
Tenho certeza de que a indústria vai achar uma maneira de descobrir e endireitar as coisas, e tornar-se um pouco mais clara para as pessoas. Mas acho que pra nós no DREAM THEATER, temos o nosso próprio mundo. Talvez seja porque estamos nesta já há muito tempo, e temos esta forte e sólida base de fãs que estão aí para nos apoiar em tudo o que fazemos. Acho que de uma forma geral, o DREAM THEATER está no seu próprio planeta em termos de lado comercial das coisas, porque as coisas estão muito boas."
Para ler a entrevista completa (em inglês) acesse este link.
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